Little Did I Know That You Were My Romeo II Cap. 33 - Ultimo Capítulo

    Ele se sentou ao meu lado.

    - Você pode, eu estou aqui com você. Vamos tocar juntos?

    Respirei fundo.

    - Jus, eu nem sei...eu...

    - Você se lembra alguma música, eu sei que sim. Vamos princesa, você consegue.

    - E como você vai tocar?

    - Eu faço uma ideia de qual você se lembra, e já aprendi a tocá-la quando descobri que você gostava dela. Vamos?

    Suspirei.

    - Eu não consigo.

    Ele beijou minha bochecha.

    - Consegue.

    Justin fez a primeira nota, a musica preferida da minha mãe, tocada a alguns segundos atrás.

    Engoli em seco, e coloquei os dedos nas teclas macias, enquanto era tomada por uma sensação de prazer ao sentir a textura delas sobre os meus dedos. Mas ao mesmo tempo, medo.

    Ele fez a segunda nota e me olhou, pra eu continuar, me transmitindo segurança.

    Fiz a terceira nota e olhei pra ele sorrindo. Eu havia conseguido.

    Bom, pelo menos a uma nota.

    Mamãe queria isso, mamãe estava comigo.

    - Essa é pra você mamãe. – sussurrei de olhos fechados e depois olhei novamente para Justin.

    Ele assentiu, me incentivando a começar e eu comecei.

    Ele fazia os arranjos que quando pequena eu arriscava, mas não dava muito certo, e eu fazia a base. Era incrível como eu me lembrava da musica, como meu subconsciente me fazia mover os dedos pelas teclas mesmo sem eu pensar em coloca-las la.

    Toquei a ultima nota da musica, e escorreram lágrimas dos meus olhos

    Lágrimas de saudades.

    Lágrimas de emoção.

    E lágrimas por sentir minha mãe tão perto de mim ao tocar.

    Eles bateram palmas e Justin sorriu orgulhoso.

    - Sabia que você conseguiria. - e pegando o microfone novamente - Esse piano é seu.

    Coloquei a mão na boca, pasma, e depois o abracei forte, enquanto ouvia palmas.

    Justin saiu do banquinho e me puxou com ele, me sentando novamente na poltrona no meio do salão.

    Jhullia trouxe uma caixa, e ele abriu a tampa, se ajoelhando aos meus pés.

    - Você é uma princesa, uma princesa bailarina. - ele colocou uma sapatilha nos meus pés, após retirar o salto - E vai voltar a realizar seus sonhos, vai voltar a dançar. E essa sapatilha significa o começo da sua volta. Eu também comprei a de ponta. - ele apontou para uma nas mãos da Meg, onde tinha uma linda sapatilha de ponta. - Mas agora você não conseguiria andar com ela.

    Jazzy veio para a minha frente, ela usava uma coroa pequena, e segurava uma caixa nas mãos.

    Justin abriu e se levantou, tirando uma coroa de lá. Mas era uma coroa muito coroa mesmo. Ele tirou a pequena que estava na minha cabeça, para substituir por essa.

    - Toda princesa, precisa usar uma coroa digna. - ele disse sorrindo e a colocou na minha cabeça.

    Houveram palmas e eu sorri.

   Depois disso, comecei a cumprimentar as pessoas que estavam ali, surtando ao cumprimentar Rob, Avril... Justin manteve um sorriso educado no rosto e o braço em volta da minha cintura ao me conduzir. E na hora do cumprimento com Robert, sua mão ficou mais firme.

    Eu ia comendo algumas coisas enquanto passava pelas pessoas, e tirava fotos, e quando acabei de cumprimentar todos, fomos para a mesa do parabéns. 

    Velas faiscantes ficaram acesas acima do bolo e eu meio que fiquei com medo das faíscas me acertarem.

    Eu os sentia ali comigo. Meus pais estavam comigo. Essa era nossa festa, e eles não perderiam. Eles estavam comigo.

    O bolo...de chocolate. Meu preferido. Seu recheio era de mousse de chocolate com pedaços de chocolate.

    Muito doce? Nada melhor.

    Comi uns dois pedaços.

    Após isso, foi soltada a musica para uma mini balada, e Meg me levou para trocar de vestido, mesmo que eu quisesse ficar com ele. Ela me convenceu que seria meio complicado para dançar. Eu fiquei dançando com todos, embora só estivesse o resto, de tão cansada. A sapatilha foi uma grande ideia, de salto eu não duraria muito.

    Já eram três da manhã e ainda dançávamos ao som de I Found You.

    Mas decidi me sentar, ou cairia de tão cansada.

    Justin veio comigo e se sentou do meu lado.

    - Gostou? - ele perguntou com um sorriso.

    - Você é a pessoa mais perfeita na face dessa terra. - disse pegando o queixo dele.

    Ele sorriu e eu puxei seu queixo, lhe dando um beijo.

    - Eu... não queria invadir seu espaço (Seu nome), me perdoe se fiz algo que.... – ele começou a falar todo preocupado.

    Eu só balancei a cabeça sorrindo.

    - Você só me fez feliz. – e o beijei de novo, tentando manter meus ânimos, pois estávamos em publico e tinha que ser um beijo mais comportado.

    Me afastei e comecei a acariciar seu rosto. E então notei seus olhos.

    - Jus...- passei o dedo embaixo deles - Você está com muitas olheiras.

    - Não são nada.

    - Por que?

    - Nada paixão. - ele me deu um selinho.

    - O que foi Jus? - eu insisti.

    Ele suspirou.

    - Só dormi uma hora e meia essa noite.

    - O que?! - eu surtei e ele deu um sorrisinho de quem foi pego.

    - Tinha que arrumar as coisas pra sua festa.

    - Aai menino! E a promessa de se cuidar?

    - Tava cuidando de você.

    - Poxa, você é mais importante Justin.

   Ele deu de ombros com a cara sapeca e eu ri.

   - Você não existe mesmo. - puxei seu rosto para beijá-lo outra vez.

    Ficamos nos curtindo até que já eram quatro horas e as pessoas começaram a se despedir. Jhullia, Jaxon e Jazzy dormiam lá em cima, Bruce e Diane já tinham ido com Pattie, Jeremy e Erin, que deixariam as crianças aqui com a gente, e todos os outros começavam a ir.

    Me despedi deles e a ultima a sair foi Meg, me entregando meu celular e me abraçando com um bocejo.

    - Feliz aniversário Cinderela. - ela disse ao sair.

    Justin se sentou na cadeira da realeza, como eu a chamava, e eu desabei em seu colo.

    - Preciso dormir. - deitei em seu ombro.

    Ele riu e me abraçou.

    - Eu também. - apoiou a cabeça na minha.

    - Será que antes poderiam nos dar um pouco da sua atenção?- disse uma voz de mulher.

    Ouvi tia Susan derrubar os pratos e abri os olhos. Primeiro olhei pra tia Susan, e ela parecia estar vendo um fantasma.

    Olhei pra trás então, e vi uma mulher e um homem.

    Eles...

    Me levantei rapidamente e fiquei olhando cada traço. Os olhos de esmeralda da mulher, seu cabelo ondulado caindo sobre os ombros, algumas rugas em sua testa, mas de preocupação, e os olhos lacrimejados. Seu rosto só um pouco mais desgastado.

    E o homem da mesma forma, mas com suas características.

    Justin se levantou e ficou ao meu lado, a boca aberta, olhando de mim pra eles. Seus dedos seguraram os meus, para me dar força.

    Cambaleei para frente, segurando firme a mão de Justin.

    - Vocês...? Vocês... - respirei fundo - Se parecem... muito com... algumas pessoas que conheço. - murmurei.

    A mulher assentiu, deixando cair uma lágrima de seus olhos.

    - Nos desculpe pelo atraso. - o homem disse com a voz trêmula e olhou em volta. Depois olhou pra mim - Oito anos de atraso.

    Minhas pernas ficaram bambas, não tive mais forças e desabei. Justin me segurou.

    A mulher e o homem estenderam a mão, querendo me ajudar, mas com medo. Tia Susan veio para o meu lado e ajudou a me segurar.

    Minha cabeça rodou e eu comecei a tremer, os olhos embaçados.

    Me coloquei em pé de novo, mas Justin e tia Susan mantiveram suas mãos a volta da minha cintura

     - Vocês...- sussurrei.

    - Filha. - ela disse sem mais aguentar e colocou as mãos na boca, deixando mais lágrimas caírem de seus olhos.

    - Mamãe? Papai? - falei com a voz trêmula.

    Eles assentiram.

    Fantasmas? Fantasmas dos meus pais? Meus pais estavam mortos. O que esses dois seres estavam fazendo aqui?

    Poderia ser pegadinha. Poderiam ser fantasmas.

    Poderiam ser o que fossem, mas eu só queria abraçá-los e imaginar que era real.

    Talvez eu estivesse dormindo já, ou delirando de sono.

    Mas não importava.

    Caminhei na direção deles, me livrando dos braços que me apoiavam, mas que vinham ao meu lado caso eu falhasse.

    Os dois vieram ao meu encontro e me abraçaram juntos.

    - Mamãe! - eu chorei - Papai! Vocês...! Como estão aqui? Vocês estão mortos! Eu não estou entendendo! Só sei que vocês estão aqui! Ou não estão? Meu Deus! - eu sorri, mais do que já havia sorrido na vida.

    Se eram assombrações, eram as melhores assombrações de sempre.

    Eu não conseguia raciocinar direito, meu cérebro trabalhava devagar.

    Mas minhas pernas bambearam de novo e dessa vez, meus olhos se fecharam.

    Me remexi inquieta na cama e abri os olhos, piscando algumas vezes para acordar.

    Me virei para o lado e vi Justin ali, deitado comigo. Sorri e me aconcheguei em seu peito, deitando na base de seu pescoço e abraçando-o.

    Ele respirou fundo e abriu os olhos, olhando pra mim.

    - Bom dia paixão. - falou com um sorriso.

    - Bom dia bebê. Já volto. - me levantei e fui para o banheiro.

    Ali tinha minha necessaire com minha escova. Escovei os dentes e me analisei no espelho do grande banheiro.

    Eu estava de pijama.

    E um pouco confusa.

    Não me lembro da hora que eu fui dormir, depois da maravilhosa festa que eu estava me lembrando. Mas me lembrava do sonho. O sonho maravilhoso em que meus pais estavam vivos e vieram me abraçar.

    Respirei fundo.

    Saí do banheiro e Justin estava entrando no quarto com o rosto lavado, ele estava com uma bermuda e uma camiseta.

    - Dormimos aqui sozinhos? - perguntei curiosa.

    - Não. - ele disse com cuidado.

    - Que hora eu dormi? Não me lembro.

    - Antes disso, não quer descer e falar com algumas pessoas?

    - Que pessoas?

    - Eles chegaram atrasados para o seu aniversário.

    - Que horas são?

    - Dez horas. Eles estão tomando café, vem. - ele me deu a mão.

    - Mais Jus, eu estou de pijama! Que não me lembro de ter colocado...

    - Eles não se importam, vem.

    - Espera. - peguei seu rosto entre minhas mãos e o beijei - Eu te amo, e obrigada, muito mesmo, pela festa de ontem, e os presentes. Eu amei muito muito.

    Ele sorriu.

    - Eu te amo, e não foi nada. Agora vem. - ele me deu um selinho e pegou minha mão.

    Ele foi me puxando escada abaixo, onde as coisas da festa já estavam arrumada, e me levou para a cozinha.

    Lá estava tia Susan e uma mulher e um homem de costas, Jhullia estava no colo da mulher e Jazzy e Jaxon estavam comendo e rindo das coisas que o homem falava.

    - Bom dia, aqui está a princesa. - Justin disse e me olhou cauteloso.

    Todos se viraram para me olhar e os dois de costas também.

    Parei de respirar. Fiquei paralisada. 

    Eu estava...

    Cocei meus olhos para enxergar direito. Devo estar com defeito de fábrica.

    Olhei a frente e eles ainda estavam lá.

    Oh merda de cérebro que não funciona.

    Comecei a bater na minha cabeça pra voltar os miolos no lugar, mas Justin segurou minhas mãos e olhou em meus olhos.

    - Não, amor.  Para. - ele pediu cuidadoso.

    - Mas Jus, eu to com problema. Preciso que você me leve no médico. - olhei os dois de novo na cadeira e me virei pra ele, cochichando em seu ouvido - Eu estou vendo os mortos.

    Ele mordeu os lábios, quando eu jurava que ia rir da minha cara.

    - Jus, o que foi? O que ta acontecendo?

    - Fica calma está bem?

    Assenti, assustada.

    Eu queria que eles parassem de me olhar, estava ficando com medo.

    - Esses são seus pais. - falou devagar, como que não querendo me assustar.

    Tarde demais meu filho, to quase cagando nas calças de tão assustada.

    - Justin! - repreendi-o - Eles estão mortos, não brinca com isso!

    Mas o que eu não daria para que fosse verdade...

    - Eu estou falando serio, olha pra conferir. - ele me disse  e percebi que tinha dado as costas ao casal ou sei lá o que fossem, ficando só de frente para o Justin.

    - Não quero. - falei com medo.

    - Por que? - ele acariciou minha bochecha - Eles tem muito que conversar com você.

    - Eles estão mesmo vivos?

    Isso parecia uma invenção maluca da minha cabeça e eu nem sabia o que pensar.

    Ele assentiu e me virou para eles de novo, que me olhavam preocupados.

    Eu estava sonhando de novo, só podia.

    - Vocês...? Hm... Eu....Quero dizer... Vocês estão vivos? - pigarreei na ultima parte.

    Eles assentiram e ficaram recuados, com medo da minha reação.

    Claro (Seu nome), duas pessoas aparecem do nada, igual aos seus pais, e dizem que são seus pais e dizem que estão vivos, e você age assim, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

    MAS A REALIDADE É QUE EU ESTOU CRIANDO ILUSÕES NA MINHA CABEÇA!

    - O que aconteceu? - segurei firme na mão de Justin, com os olhos arregalados.  Vamos ver até aonde essa loucura vai.

    Mas meu corpo todo, rejeitava a idéia de ser loucura.

    Eu não queria que fosse loucura, queria que fosse meus pais, aqueles que eu tanto amava e que agora apodreciam na terra.

    Cada célula minha vibrava desejando que afinal eu não estivesse louca, mas não tinha um jeito de isso não ser loucura.

    COMO ELES ESTARIAM VIVOS???!

    Eu estou ficando mais do que louca.

   Estava tremendo mais do que bambu, minha barriga se revirava, minha boca estava seca, e meu cérebro em alerta.

    - Desculpe, a gente vai te explicar... - o homem disse.

    - Fica calma. - a mulher pediu.

    Assenti e tentei prestar atenção na história.

    Eu estava em choque, o que mais poderia fazer? Ver mortos não é pra qualquer um, ainda mais quando os mortos são seus pais e todos na sala podem vê-los também.

    Segundo eles, para formar o circo, eles tinham feito um empréstimo para com um cara chamado Mender, um cara muito rico. As coisas não iam bem, o dinheiro que o circo dava, não era o suficiente para pagar o empréstimo, o sujeito pinta suja, triplicou o valor.

    Eles não conseguiam o dinheiro de nenhuma forma, e Mender já os estava ameaçando de morte. Mas ele não iria matar só eles, mataria eu e Jhullia junto. Eles vinham recebendo ameaças frequentemente e não sabiam mais o que fazer.

      Eles então fizeram um plano, fingiriam uma morte, a morte dos dois, e assim, Mender os deixariam em paz. Mas ele suspeitou e passou a vigiar eu e Jullia, caso eles tentassem fazer alguma aproximação. Eles ficavam por perto, mesmo que fosse arriscado, caso Mender tentasse alguma coisa contra mim e Jhullia.

    Mender morreu há dois anos. Mas eles ficaram com medo de voltar, medo de eu não aceitá-los, medo de que eu os odiasse, mas estavam sempre por perto, nos observando.

    Ao terminar de falar, todos ficaram me esperando reagir.

    Qual é. Isso é coisa de filme!!!
    Sentido? Pra que sentido nessa vida!!

    Eu queria muito que meus pais estivessem vivos, mas isso tudo não parecia verdade.

    Não dava pra acreditar.

    Mas eu os conhecia, todos os traços estavam lá.

    Mas...

    Não, não, não eram eles. Isso é impossível!!!

    Em meio ao choque e desespero, eu comecei a chorar.

    A chorar muito.

    Justin me abraçou, e todos ficaram sem saber o que fazer.

    Nem eu sabia o que fazer.

    - Filha, somos nós. – a mulher disse rouca e eu tapei meus ouvidos.

    - (Seu nome), (Seu nome) por favor. – Justin sussurrou no meu ouvido, tentando fazer  que eu o escutasse, mas eu so me debati – Um segundo. – ele pediu e nos arrastou da cozinha, indo para fora do salão, deixei a cabeça escondia em seu peito enquanto ele me arrastava.

    Então ele parou e me afastou devagar pelos ombros, para olhar em meus olhos.

    - (Seu nome)...

    - Não Justin, não!- eu solucei e limpei meu rosto.

    - (Seu nome), você não quer que eles falem com você Não sente a falta deles? (Seu nome), são...

    - Não Justin! Não são meus pais! Eu fui no enterro deles, eu estava lá! Você faz idéia do quanto chorei? Não, eu sei que não. E sabe como eu chamava mamãe todos os dias a noite, esperando que ela voltasse de um jeito ou de outro? Não sabe! Justin, eles morreram, esses dois não podem entrar aqui e dizer que são eles, não podem! – eu o abraceii de novo com força.

    Por mais que eu quisesse que fosse verdade, não fazia sentido, e depois, se você mentira...

    - (Seu nome), me ouve, são eles.

    - Não são! E eu não vou me iludir pra isso depois ser mentira! Eu não vou suportar Justin! – eu chorei como nunca, encostada em seu peito, e ele só me reconfortou.

    Ficamos ali, ouvindo meu choro por alguns minutos, até que me acalmei um pouco.

    - (Seu nome), me ouça. Lembra que o corpo dos dois nunca foi achado? Você lembra disso?

    - Lembro Justin, mas o corpo do papai foi carbonizado. E o da mamãe, ele podia estar levando com ele.

    - (Seu nome). – ele me afastou de novo, olhando em meus olhos – Lembra o quanto você queria que eles estivessem vivos?

    - E eu quero. – minha voz falhou.

    - Então, eu estou te falando (Seu nome). Eles estão! Por que você não os da uma chance? Por que não vai conferir?

    - Porque tenho medo! – gritei e me escondi de novo.

    - (Seu nome), por favor. – me implorou.

    - E se não for eles? – questionei chorando.

   - Você não perder nada. (Seu nome), sua tia já verificou tudo, ela viveu mais tempo com eles e isse que são eles de verdade, então acredite. Eu também fiquei em choque, mas são eles (Seu nome).

    Fui engolindo suas palavras, engolindo tudo. Pensando no meu sonho, pensando em como eles eram, e pensando na história.

    Afinal, poderia ser real?

    Olhei para Justin, parando de chorar, e ele me olhou esperançoso.

    - Vamos lá? Você pode só dar uma olhada.

    Eu assenti, me sentindo mais frágil do que uma taça de vidro.

    Ele foi me conduzindo para dentro de novo e paramos na cozinha, a cena estava igual antes, mas todos se olhavam com preocupação.

    Tia Susan falava com a mulher e parou quando me viu.

    Eu olhei os dois de novo e eles olharam para mim.

    Seus olhos brilhavam, e eram de lágrimas também.

    - Minha princesinha roxa... –  ela sussurrou com a voz falhando, com medo, e Jhullia colocou a mão em sua bochecha, para acalma-la.

    - (Seu nome)... – o homem disse com os olhos implorando.

    Olhei para Justin e ele assentiu.

    Eram eles.

    Então larguei o pescoço de Justin e corri para os braços dos...meus pais.

    - Mamãe! Papai! Senti tanto a falta de vocês! – os senti em meus braços, tomando conta em todo meu corpo, eles estão vivos.

    São eles.

    As características, tudo...

    EU NÃO ACREDITO NISSO.

    Jhullia desceu do colo da nossa mãe, para me deixar viver esse momento e fiquei grudada a eles só chorando.

     -Sentimos sua falta também. Nos desculpe. Nos desculpe. Nunca queríamos ficar longe de você filha, nos perdoe. - meu pai murmurava com a voz embargada enquanto eu soluçava agarrada ao pescoço dos dois.

    E cada vez, eu confirmava mais a idéia de que eram eles.

     Passamos uns cinco minutos de só choro, e todos a nossa volta choravam também com o momento, até minha mãe tomar as rédias, como fazia antigamente, e isso me deixou maravilhada.

    Ela como sempre, começou a contar algo para amenizar o clima, ela falou das crises de ciúmes do meu pai quando comecei a ter um caso com Jacob, como ele quase deu uma surra em Jacob quando o viu me traindo, e como gostou do Justin espancando-o. E depois como ficou com ciúmes e reclamão quando comecei a namorar com o Justin. E quando quis bater no Justin até ele morrer quando ele me traiu. Isso fez todo mundo rir, apesar do Justin estar meio sem graça, ele riu um pouco e pediu desculpas.

    Isso me deixou mais do que feliz, eles estavam lá. Estavam lá em todos os momentos da minha vida. Eles não me abandonaram.

    E quando Justin tinha ido la em casa pedir desculpas e eu quase vi meu pai, ele estava lá mesmo.

    Meu coração acelerou de novo ao saber que estive tão perto dele, e eu tentei não pensar no quanto me desfiz por ele "não" estar lá.

    Então chegou ontem, e eles já não aguentava mais, ficaram assistindo meu aniversário, mas tinham medo de estragar o restante.

    - Vocês são meus pais que voltaram pra mim, como poderiam estragar? E eu não odiava nem odeio vocês, nem acredito que estão aqui! - os abracei mais uma vez, chorando.

    Meus pais estavam aqui. Eles estão aqui. Isso soa como mentira. Mas ah, se for um sonho, não me acorde. Eu preciso acreditar.

    Tinha medo de que se os soltasse ou desviasse os olhos deers, eles sumissem, com o uma simples ilusão.

    - Eu estou tão feliz Jus. - disse nos seus braços.

    Eu estava na casa dele, meus pais tinham ido buscar suas coisas. Fiquei totalmente aliviada que eles tivessem se acertado com a justiça há dois anos atrás com o caso do fingimento da morte. Mas o túmulo deles não foi retirado. Bando de preguiçosos.

     Ele me deixaram na casa do Justin enquanto pegariam as coisas, mesmo que eu quisesse ir com eles, eles disseram que seria rápido e que voltavam logo. Mas eu fiquei preocupada do mesmo jeito, agora eu morria de medo que eles morressem de verdade, e ainda tinha medo de que desaparecessem num toque de magica. Só que fiquei na casa do Justin. Jhullia e tia Susan estavam em casa, e faziam três semanas depois do dia que descobri que não estava sonhando, que meus pais estavam vivos. Eu não os deixei de jeito e maneira irem buscar o resto das coisas antes, nem queria deixar agora, mas fizeram meio que um complô contra mim.

    Ficamos lá na casa de festas aquele dia, brincando na piscina, e eu não tirava os olhos dos meus pais. Foi legal ver a cara da Meg, quando ela apareceu por lá e viu eles vivos.

    Ele me afagou.

    - Eu sei meu amor, e eu também estou feliz por você, muito feliz.

    - Foi o melhor aniversário da minha vida, ainda por dançar valsa com o meu pai na piscina. - eu ri e ele também.

    - Agora você vai dançar e tocar sempre não é?

    Assenti.

    - Foi mesmo muito bom eles aprovarem você.

    - É, a hora que falaram que eu tinha te traído, jurava que seu pai ia me matar.

    - É, mas eles viram que você é um fofo, perfeito para sempre.

    Ele sorriu.

    - Uhum. - puxou meu queixo e me beijou.

    - Sabe, agora eu sinto que estou no caminho certo, que estou vivendo de verdade.

    - Pode não parecer, mas eu estou me sentindo exatamente da mesma maneira. Antes eu estava perdido, mas então te encontrei, e você estava se sentindo mal, se sentia mal por eles. E por isso eu também ficava mal, porque parte minha ficou com você. E agora que você está totalmente bem, eu também estou. Entende? Ou me embolei muito?

    Eu ri.

    - Entendi certinho.

    Ele virou meu rosto para ele, para eu olhar em seus olhos.

    - Minha Julieta, sou seu Romeu. Minha Bella, sou seu Edward. Minha princesa, sou seu príncipe.

    Eu ri e sorri. 

    - Eu sei que já falei isso umas quinhentas vezes mais ou menos, mas ainda não acredito que eu não sabia que você era meu Romeu.

    - Mas agora sabe, então me beije. - ele fez um biquinho manhoso.

   Nós rimos.

    - Sempre que você quiser bebê. - puxei seu rosto e encostei os lábios nos seus, enquanto sua mão me causava um arrepio, passeando pela minha perna.

    Agora tudo estava em seu lugar. Mas, se papai e mamãe não voltassem?

    Afastei meus lábios do Justin com medo de novo e ele olhou em meus olhos.

    Isso já tinha se repetido umas trezentas vezes desde que eles me deixaram aqui.

    - Está tudo bem (Seu nome). Está tudo bem. – seu olhar foi me acalmando devagar e eu respirei fundo.

    E estava mesmo, porque ele fazia tudo ficar bem. E ele me acalmava. E eu sei, que vamos fazer tudo dar certo.

    Sorri e encostei os lábios nos seus.

                                              FIM

      

* Dedicado a floneisas <3 Escrito por Isabelle Oliveira que vai chorar um pouquinho pere..
Dirigido pelo destino ;)



N- Aaia aina aina ina ain 
    To xorandu :(((((((( não de verdade, mas internamente.
    Cara, é tão estranho v terminar uma ib, é meio que horrivel heheh serio, qd vc ta escrevendo vc n ve a hr de acabar logo pra ver. Mas kd acaba eh meio q como se tivesse faltando uma parte :( ou sei lá. ain só sei que é horrevel :( hehehe
    To com o coração partido, serio. Antes de ontem ja chorei pq o bloond, meu beija-flor ( ele nao era meu, só entrou em casa e nao consgeuia sair, ai chamei ele de loiro -blond- pq ele era burro hehe) foi embora :((
    Mas quantas emoções em um capítulo não! A história estranha da morte dos pais dela esta resolvida e pá >< e foi big esse capitulo em mano, demorei um seculo pra passar sa merda
   Mas vamos aos coments *-*
    Gabyyyyyyyyyyy aawwwwwn clinda sos <3333  kkk Jhullia sofredora hahaha. sabe que eu tbm? <3 haha  sim sim :( e o seu tt muie?  eu vou <333333 sos awwwwn convence ele cara, vc precisa convecer *----------*  tem problema nao gaby >< obg *-* eu amoooo ler amo feat sou hahah. e nao se preocupe com isso mina hahaha bj bj. Tendi hahah aw obg >< e obg por me falar o que achou sua linda *-*

    Lineeeeeeeeee scrrrrr clinda modeuso, awwwn mt mt mt obg msm line *------* hahah me fez sorrir que nem idiota cara obg hahah obg obvg obg de vddd <333333 postei! e acabei com ela hehehehe masok amo oce, bjooo *----------*


    É isso, foi mt bom escrever Little Did pra vcs, msm que a maioria das floneisas fez vupt nela heheheh, mas eu sei que algumas ainda estão aqui e que tem novas, pq tem a visualização de postagem e pá.
    Masentão, me desculpem por qualquer coisa na história. Amanhã não vou postar nada, pra vcs me falarem aqui embaixo nos comentarios o que acharam de little did, até vcs que nunca falaram comigo, podem me xingar, podem falar com sinceridade o que acharam da história e bla bla
    Me apeguei tanto a ela :(
    Mas ok.
    Na quinta posto uma hirsótia nova. Isso, sme sinopse nem nada he :b
    Bjão, amo vcs ><
    RIP Little Did I Know That U Were My Romeo -ufa heheh- #missu      
#43MillionBeliebers #Proud