Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

One Life 9

Quando vi que minhas batatas estavam no fim não contive minha careta, assim Bieber me empurrou as suas.
- A superação só acontece depois da aceitação. está na hora e seguir em frente. - empurrei de volta, me concentrando em comer o lanche.
Ele deu de ombros, por fim colocando na boca a batata já encharcada de catchup.
Senti um pouco de receio de fazer a bagunça com o lanche que eu geralmente fazia, o molho escorrendo todo em meus dedos, alface caindo, um show de desastre.
- Então você ainda está na faculdade?
Percebi sua intenção de puxar assunto, pontos para ele por não tentar ser desagradável.
- Estou terminando o terceiro ano, são quatro. Você fez ou faz alguma?
Tomei coragem, e mordi o lanche, lembrando-me que eu não devia nada a ele, então não era da sua conta que eu fosse descuidada. Apesar de que ele havia pagado.
Estava tão concentrada que só fui reparar que ele não havia respondido minha pergunta boba minutos mais tarde. Olhei pra ele e vi seus olhos indecisos, assim me recordei de nossa dança quando me negou o mesmo tipo de informação.
- Achei que já havíamos passado da fase de esconder coisas, você mesmo disse que quer ser meu amigo.
Ele achou graça, embora eu tenha usado suas palavras contra ele mesmo. Depois de um tempo pensando, relevou.
- Não fiz, estou num negócio de família.
Um pouco de molho com alface já começava a escorrer em meus dedos. Droga.
- E você gosta?
Eu não tinha escapatória, seria meleca na certa, a estratégia era comer o mais rápido possível.
Olhei pra ele quando não respondeu, percebendo que minha pergunta simples o afetava mais do que era minha intenção novamente.
- Acho que não é uma pergunta relevante. É como se eu te perguntasse se gosta de respirar.
- Não acho que é a mesma coisa, eu não posso parar de respirar se quiser - discordei de seu exagero - Eu morreria.
Seu sorriso era sem humor agora.
- É exatamente isso.
Então eu não era a única a ter problemas na família. Me compadeci dele, aliás estávamos na mesma situação.
Assim que Bieber viu meu olhar caridoso desviou o rosto, não gostando de mostrar uma brecha em seus enigmas.
- De qualquer forma, eu posso ter uma opinião sobre isso.
- É ótimo que você tenha uma opinião sobre tudo. Inclusive, o que acha desse massacre que está fazendo com seu lanche?
Ele estava tentando desviar o assunto, e foi bem sucedido, senti necessidade de defender minha honra.
- É tudo ponto de vista, mas você não pode dizer nada enquanto não toca no seu. - acusei.
E assim foi o restante da refeição, uma competição para ver quem era mais cuidadoso e elegante. Eu não gostava de seu olhar zombeteiro e atento em mim, então devolvia um violentamente. Era revoltante que ele não derrubasse um alface sequer.
- Me impressiona que seja mesmo uma Evans - debochou com um sorriso orgulhoso.
Revirei os olhos.
- Sinto em lhe informar, mas isso é mais um elogio para mim.
Juntei toda minha sujeira na bandeja após limpar o máximo de molho das minhas mãos que eu conseguia com o guardanapo.
- Então você realmente tem problemas com seus pais - deduziu, resolvendo a questão que eu deixara em abertona nossa primeira interação.
Se iríamos finalmente nos conhecer sem reservas, eu achava que devia ser um esforço mútuo. Talvez ele precisasse de um incentivo. Concluí que valia a pena arriscar.
Pigarreei antes de dizer, sem conseguir me librar de todo meu receio.
- Discordo de muitas de suas atitudes. Eles são fúteis, controladores e ao mesmo tempo ausentes. Tenho medo de algum dia me tornar como eles.
- Entendo como se sente.
Bieber não parecia tão surpreso com minhas declarações, o que tornava real meus temores. Era de conhecimento comum o mau caráter dos Evans. Senti-me triste e inspirada para proteger minha família:
- Mas eles não são de um todo ruim. São caridosos, amorosos, compassivos, e acima de tudo, humanos. Todos nós temos nossos defeitos.
Ele assentiu vagamente, minhas palavras não surtiam efeito.
- E quais são seus defeitos Faith? - Bieber se inclinou um pouco para a frente, interessado no que eu tinha a dizer. Me deu a sensação novamente de que era um jornalista.
- Não acho que posso te contar meus pontos fracos sem que me revele um pouco de sua vida também - escapei elegantemente da aparente armadilha.
Ele recostou na cadeira com a expressão pitoresca.
- Como é a sua família? - tentei.
Ele pensou, abriu a boca, fechou, pensou de novo, desviou os olhos e simplesmente decidiu ficar calado, o que me frustrou instantaneamente.
- Você fala algumas verdades, eu falo outras. Como um jogo - barganhei.
-Seu silêncio era inquietante, até que ele concordou com a cabeça.
- Como você propôs o jogo você começa.
Meus ombros arriaram, mas fiquei contente que concordasse.
- Ok, minha cor preferida é azul - comecei com algo leve para que ele não se espantasse logo de cara.
- Boa escolha. Preto e roxo.
- Gosto muito de batata frita.
Ele riu, balançando a cabeça.
- Isso eu já sei, não é válido.
Expirei.
- Estudo em Harvard.
- Claro. - seu sorrisinho era satisfeito o que me fez interrompê-lo antes que pudesse continuar.
- Ei, e o que isso quer dizer?
- O tipo de garota que tem tudo, a família perfeita, a faculdade dos sonhos...
Era sua intenção que eu notasse o sarcasmo na voz?
Fiz careta.
- E você é o típico cara que acha que sabe de tudo, mesquinho, manipulador e aproveitador dos próprios dotes físicos.
Sua testa de franziu numa curiosidade falsa.
- Este último foi mesmo um elogio à minha aparência ou estou delirando?
Claro Faith, você tinha que se afundar pela própria língua.
Me recompus, tentando consertar.
- Não é por que uma pessoa é bonita que é agradável, muito menos alguém que tem tudo é necessariamente completo.
Seu humor se elevou por eu ter admitido em voz alta sua beleza, mas como esperava, deixou a oportunidade de se gabar passar.
- E o que falta na sua vidinha perfeita, Faith Evans?
E lá estávamos nós de volta aos nossos costumes de atacar um ao outro.
- Me responda você, percebo que tem muito em comum comigo. Você é inteiramente feçiz, Justin Bieber?
Concentrei minha atenção em meu corpo, tomando os últimos goles de coca já aguada. Eu sabia que ele ficaria me encarando com desafio, num dilema que não seria resolvido porque ambos tínhamos o orgulho inflado demais.
- Acho que nós dois temos dias de infelicidade. - ele finalmente quebrou o silêncio não silencioso de um estabelecimento de fast-food.
- Certamente. Aliás, não deve ter muito menos dinheiro que eu. Quatro mil dólares num quadro de inciante? Um jogo um tanto arriscado.
- Chamo de excesso de confiança.
Olhei para ele assim que finalizei a bebida, sentindo pena por apostar em uma pessoa que não sabia ao certo o que queria da vida.
- Boa sorte com isso.
Ele avaliou minha expressão, lendo em meu rosto o que eu não havia dito em palavras, acrescentando em sua lista mental sobre mim o adjetivo insegura.
- Podemos continuar com o jogo?
Considerei o pedido, mas qual era a graça de jogar se apenas um era honesto?
- Acho que você não está pronto para isso.
Olhei em volta, o local enchia e nós ocupávamos uma mesa sem necessidade. Levantei-me com a bandeja em mãos e despejei o conteúdo na lixeira mais próxima.
- Tenho facilidade de entrar em lugares.
Quase me choquei contra Bieber quando virei para trás. Eu era assim tão surda ou seus passos eram extremamente silenciosos?
- Isso eu já sei, não é válido - repeti sua resposta de alguns minutos atrás e abri espaço para que ele pudesse limpar sua bandeja. Já aproveitei para lavar minha mão na torneira ao lado.
- Se eu tivesse um dia livre, pegaria minha moto e andaria sem rumo por qualquer estrada.
Ouvi sua nova tentativa enquanto abria a porta para sair e dei um sorrisinho escondido por isso.
- Por que? Onde isso te levaria? - olhei para ele curiosa, imaginando Bieber descuidado, solto, impulsivo. Tudo nele parecia ser exatamente calculado, até os fios de cabelo eram meticulosamente organizados.
Seus olhos estavam vagos no horizonte, e eu via a essência de um sorriso genuíno ali.
- Essa é a questão. Cada mísero dia de minha vida foi planejado, eu só gostaria e experimentar a liberdade.
A ideia distorcia toda sua expressão, pintando cada traço esperançoso como se a liberdade estivesse batendo leve em seu rosto, ele podia sentir o gosto, o cheiro, o toque. Me vi refletida nele por alguns instantes. Era uma fisionomia encantadora.
Meio segundos depois ele descia da nuvem, a mudança era brusca, e só assim percebi o quanto seu semblante era vazio e superficial. O sorriso que abriu para mim não chegava perto do jorro de emoção de antes.
- Acho que te entendo.
- Portanto começaremos com nossa fuga da realidade agora? - ele olhou à nossa volta.
 Notei que já saíamos do estacionamento onde o carro estava, indo para lugar nenhum.
- Bom, acho que agora você tem que trabalhar. Seu horário de almoço não deve ser tão longo assim.
Minha voz era deprimente até para mim. Era mesmo uma pena pensar em deixar a realidade alternativa para voltar ao mundinho pretensamente perfeito.
- Você duvida que seu gênio possa ser trabalhoso?
Arqueei a sobrancelha para ele, indignada.
- O que quer dizer?
Ele deu de ombros, olhando para frente com um sorrisinho.
- Você pode ser meu trabalho por hora.
Reprovei com o olhar, mas ele não viu.
- Não te darei estabilidade.
- Eu não teria certeza disso. Aceito dar um tempo se você também. - voltei a ter sua atenção.
Embora ainda estivéssemos decidindo ser responsáveis ou não, nossos pés seguiam firmes e lentos para longe do estabelecimento.
Dei de ombros, afastando o fardo de ser responsável por sua demissão.
- Eu estou libre.
Ficamos em um silêncio agradável, observando nossa trilha desorientada pelo início da tarde de outono. As folhas se amarelavam nas árvores, tornando a realidade mais distante.
- Gosto do outono - comentei, observando uma folha cair a árvore a frente.
- Eu também.
Seu tom de voz me pareceu profundo e espiei seu rosto para ver o que contemplava, surpreendentemente suas íris claras se concentravam meu rosto como se assim estivessem há muito tempo.
- Você tem cara de outono.
Meu sangue ardeu em minha pele, mas não consegui desviar o rosto. Resolvi fazer piada.
- Quer dizer que pareço estar caindo aos pedaços? - semicerrei os olhos.
Ele riu e colocou as mãos no bolso da calça social, repentinamente entretido com seus pés.
- Não.
Esmoreci por não haver outra explicação, me perguntando se ter cara de outono era bom ou ruim. Da forma que me olhava não podia ser ruim. Podia?
Entramos em um parque e o farfalhar das folhas sob meus pés me incomodava, significava mais perguntas sem resposta em minha mente.
- Eu costumava passear nestes parques com muita frequência quando era criança. Eu e Caleb disputávamos quem conseguia subir mais rápido nas árvores. Mamãe ficava louca. - disse tentando me distrair de meus pensamentos paranoicos.
- E o que aconteceu? Caiu e bateu a cabeça, danificando sua capacidade cognitiva para sempre e nunca mais quis subir? Explicaria muita coisa.
Sua implicância me fez rir.
- Não. Eles pararam de nos trazer já que não conseguíamos nos comportar como pessoas civilizadas. Me culpei por muito tempo até descobrir que na verdade eles estavam ocupados demais para isso. Flê nos trouxe algumas vezes, mas não era a mesma coisa sem os gritos de Eleonor.
- Você sente saudades?
 Dei de ombros sem parar para pensar.
- Um pouco, mas não faz diferença, parei de pensar nisso faz bastante tempo.
- Se quiser, podemos competir agora.
Eu não sabia se ele estava falando serio, mas a ideia me fez gargalhar.
- Seria ótimo Justin, muito benéfico para sua camisa branca.
O desafio ficou estampado em seu rosto e ele sorriu enquanto dobrava as mangas até o cotovelo.
- Este não é nosso tempo de liberdade? Parece uma atividade adequada para a ocasião.
Desacreditei que faria mesmo isso.
- A não ser que esteja com medo de perder. - seu ataque à minha hesitação foi bem sucedido.
Agradeci por ter escolhido ir de calça e tênis para a igreja, e mesmo sabendo estar fora de forma há anos, me preparei.
- Eu sou uma especialista, querido.
Minha resposta ampliou seu sorriso.
- No três Faith. Um....
Miramos nosso alvo à direita, duas árvores próximas e fora do caminho de qualquer um.
- Dois...
 Percebi o sorriso surgindo em meu rosto, analisando quais movimentos seriam necessários para me levar ao topo antes dele.
- Três ! - e disparamos.
Minha mão agarrou um galho um pouco acima da minha cabeça e testei sua sustentabilidade. Assim que constatei a firmeza, o utilizei como impulso, levantando meu corpo para cima e apoiando meus pés na árvore, na esperança de que o atrito fosse suficiente. Tive sorte, assim já estava acima do chão, mais próxima ao sucesso. Foquei minha total atenção no objetivo, desinteressada no progresso do meu adversário.
- Tente me alcançar Faith! - Bieber provocou risonho, mas eu não deixaria que me intimidasse.
Dei risada e aumentei o ritmo, faltava mais dois galhos para o topo.
Meus braços e pernas já doíam com o esforço de carregar minha gordura acrescida de fast-food. Eu com certeza estava um desastre.
Foi então que ouvi o pigarrear ao lado.
= Acho que o jogo terminou.
Quando vi, Bieber estava no último galho, mal agarrando-se ao tronco e emanando orgulho.
Suspirei com cansaço e derrota.
- Ok. Você ganhou - constatei o óbvio, e não pude conter a felicidade do meu corpo por não ter mais trabalho.
Bieber deu uma risadinha e começou a descer com uma facilidade que me enganou por alguns instantes antes que eu olhasse para baixo. Eu não fazia ideia de como descer desse troço sem me esborrachar no chão que parecia contente em destruir meus ossos.
- Vamos lá Faith, você subiu, você desce. - incentivei-me.
Não fez muita diferença. Os galhos pareciam longe demais uns dos outros para que uma mera mortal como eu conseguisse. Mentalizei o homem elástico e comecei minha descida. Não fui muito longe.
- Venha Evans, já é hora de descer.
Claro que ele já estava seguro no chão, observando meu fracasso.
- Quer saber? Acho que vou ficar por aqui mesmo - abracei o tronco, me acovardando.
Bieber riu eme estendeu a mão.
- Vem, eu te ajudo.
Ele não parecia notar que isso não ajudava, mas meu orgulho já estava ferido o suficiente.
Recomecei o processo e consegui descer um pouco.
- Muito bem, está quase lá.
O incentivo teve um efeito maior do que o esperado, porém se tratava de mera ilusão. Meu pé escorregou e meu corpo foi ao ar livre. Meu grito foi instantâneo.
Adeus mamãe, desculpe não ter te ouvido.
O impacto foi mais macio do que eu esperava e ouvi um arfar. Assim que tomei coragem para abrir os olhos e ver o estrago, vi o rosto aliviado de Bieber próximo ao meu.
- Você pesa um pouco mais do que eu esperava - ele brincou.
Meu coração martelava nos meus ouvidos e minha respiração estava mais rápida do que o normal pelo perigo enfrentado a pouco.
Tentei agradecer, mas meu corpo ainda não parecia pronto, então transparecia  gratidão no olhar. E foi assim que tomei consciência verdadeira e nossa proximidade. Pude sentir seus braços firmes ao redor do meu corpo e meu braço apoiado em seus ombros; pude sentir sua respiração em meu rosto e até mesmo a distância mínima de sua face da minha. E de alguma forma, isso era mais perturbador do que cair de uma árvore.
Ele devolveu meu olhar - que eu nem sabia mais se era agradecido -, e com um sorrisinho de canto analisou meu rosto. Eu perdi o ar de novo, dessa vez sem saber o motivo, as batidas o meu coração que já deviam estar se aquietando, aceleraram mais um pouco. E com tudo isso eu estava paralisada. Só me restava admirar mais um vez a raridade que era seu rosto, um esplendor que nenhuma pintura de tela poderia reproduzir.
- Você está bem? - sua voz por pouco passava de um sussurro e seu hálito em meu rosto conseguiu agitar minhas células.
Busquei mover a cabeça com um sinal afirmativo e me surpreendeu ter conseguido.
Ele ampliou o sorriso e me desceu de seu colo, o que me fez duvidar da minha afirmação de alguns segundos atrás.
- Tudo bem, foi uma ótima experiência - disse bem humorado.
Eu ainda estava muda, o evento da árvore me afetara mais do que o esperado.
- Acho que tem razão, eu deveria ir trabalhar. Vou acabar seno demitido.
Pigarreei, esperando voltar ao normal. Para isto, desviei o olhar para longe do seu tosto.
- É, você precisa ir - foi o melhor que pude fazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que achou do capítulo? Conte pra mim, eu não mordo ><