Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

One life 12

Agradeci aos Céus que as pessoas estivessem distraídas demais para prestar atenção no meu pequeno drama, apenas as mais próximas olharam para ver o que acontecia.
Tudo havia ocorrido rápido demais, então comecei a entender aos poucos. As emoções vieram em seguida, um jorro em minha cabeça, apenas com a prevalência da raiva. Qual direito aquele babaca de terno que desapareceu por duas semanas sem explicação tinha para afastar Charles de mim?
Senti um possível escândalo subir para minha cabeça e o reprimi com todas as forças. Fuzilei Bieber com os olhos, mas ele não parecia nada arrependido de seus atos. Os pensamentos homicidas já pintavam minhas ideias, então agi rápido. Fui até ele e lhe dei um empurrão, virando as costas em seguida com todo controle que eu tinha. Eu sabia que Charles podia se defender, o maior risco quem corria era eu de pagar o maior mico para a sociedade universitária. 
Marchei para longe dos dois, deixando o pub pela saída de emergência para evitar os fotógrafos da entrada.
- Faith! - claro que ele tinha que vir atrás de mim.
Ignorei o chamado e atravessei a rua, zelando pelo meu amor próprio.
- Faith! - e ele já havia me alcançado, segurando meu braço com determinação.
Virei para ele com toda a fúria emanando de mim, soltando meu braço de sua mão.
- O que você quer, babaca? Qual o seu problema? Por que não some de uma vez? - as palavras quase tropeçaram umas nas outras, saindo como um jato de minha boca.
- Faith...
- Você me deixou plantada por uma hora, nem se esforçou para me procurar e pedir desculpa, e agora agride Charles sem motivo algum? - tudo o que eu havia planejado dizer em todos esses dias vinha rápido em minha mente, numa desordem desnorteante.
- Eu achei que ele estava te agarrando contra sua vontade, só queria ajudar - ele se defendeu com ingenuidade, deixando de fora a explicação mais importante.
Arfei, descrente de sua falta de ética.
- Você é só um idiota mesmo, não?
- Não é isso.
Cruzei os braços, esperando uma desculpa melhor.
- Aham, então o que é, Justin?
Ele ficou quieto. Não havia ao menos uma inclinação de que me diria a verdade, mas não aparentava querer inventar uma mentira também.
- Tudo bem, eu não preciso de uma amizade dessas. Não se intrometa mais na minha vida.
Olhei uma ultima vez para seu rosto malditamente encantador e continuei meu caminho.
- Faith onde você vai?
Por que ele ainda estava atrás de mim?!
- Para casa, me deixa!
- Andando sozinha a noite, vestida assim? - se indignou.
- Era só o que me faltava, além de tudo é machista! - reclamei apertando o passo.
- Não sou machista, sou realista, é perigoso.
- Enfia essa preocupação no nariz.
No fundo eu sabia que ele tinha razão, então peguei meu celular, mandando uma mensagem para Etienne com minha localização. Eu tinha que parar de pegar carona com meu irmão.
- Deixa que eu te levo então  - sugeriu.
- Justin Bieber, some de vez!
Foi o suficiente para que ele ficasse quieto, mas ainda podia ouvir que me seguia. Eu não sabia se estava atrás de perdão ou apenas zelando pela minha segurança, só que isso não seria capaz de conter toda a frustração que me consumia. Duas semanas. Ele que não viesse agora querer demonstrar que se importava.
Etienne chegou em questão de minutos, eu só estava um pouco mais distante do que lhe avisara. Entrei no carro agradecida, sem olhar ao menos uma vez para trás, embora de relance podia ver que Bieber ainda estava ali. Eu não agradeceria, ele era, para início de conversa, o responsável por minha saída precipitada da festa que supostamente me divertiria, tirando-me do poço de frustração que ele havia me deixado.
- Tudo bem, Faith? Aquele não era o comprador do seu quadro? - então Etienne percebera a tensão.
Forcei um sorrisinho.
- Claro, era sim, obrigada por vir me buscar. Mas me conte, como está sua netinha? - eu sabia que esse assunto lhe distrairia e fui bem sucedida. Rosie nascera semana passada, inclusive fomos lhe fazer uma visita, ela era encantadora.
Nada me deixava mais feliz do que ouvir as histórias de Etienne, sua voz grave era como um calmante para mim. Contudo, ainda assim não foi capaz de calar a guerra em minha mente. Aproveitei o tempo no carro também para mandar uma mensagem à Hanna e Caleb antes que surtassem. "Vim para casa. Explico depois." Eu sabia que assim que sentissem a minha falta a primeira coisa que fariam seria pegar o celular.
Cheguei em casa um pouco mais calma e fui direto para a cozinha, Flê terminava de arrumar as louças do jantar.
- Oi Faith, chegou cedo! - ela disse surpresa ao me ver.
- Estava com dor de cabeça - menti, vasculhando o armário atrás de alguma comida.
- Hm, quer remédio? - sua voz indicava que ela não tinha se deixado enganar. Mentir para Flê nunca funcionava.
- Não, já vai passar. Quero comida mesmo.
- Não comeu na festa? - mais uma nota para sua lista - Tem carne com batatas na geladeira e um musse de morango.
Meu sorriso foi espontâneo, comida sempre me deixava feliz.
- Flê você é uma salva vidas! - dei um beijo estralado em sua bochecha e abri a geladeira.
- Não acha que essa dor de cabeça está cada vez mais frequente?
Ela tinha razão, eu deveria inventar uma desculpa melhor e parar de sair das festas por causa de idiotas.
Dei de ombros e montei meu prato, sentando ali mesmo na mesa redonda da cozinha.
- Sabe o que eu acho? Essa dor de cabeça tem nome - seu incentivo para eu contar foi bem recebido, mas permaneci quieta, feliz ao colocar a primeira garfada na boca. A comida de Flê era sensacional.
Ela me deixou terminar a refeição e partir para a sobremesa para que se sentasse ao meu lado.
- Não quer me contar? - o tom materno atingiu bem em cheio meu peito, daquele jeito que dava a sensação de que colocar tudo para fora amenizaria, mas era muita informação, eu só poderia explicar quando eu mesma entendesse.
- Posso te contar amanhã ? Eu só quero ficar um pouco sozinha.
Flê assentiu, sempre compreensiva demais.
- Fique tranquila, só saiba que estou aqui por você - ela estendeu a mão, afagando a minha - E antes de entrar em seu quarto, seu pai pediu para dar uma passada no escritório.
Sorri para ela e concordei.
- Até amanhã Flê, pode deixar que limpo isso aqui.
Ela deu um beijo na minha cabeça antes de sair.
Terminei de comer e lavei o que usei como o prometido. Em seguida arrastei meus pés para o escritório de Bryan. Ele pareceu surpreso, mas aliviado, que eu voltasse cedo. Lhe dei um beijo de boa noite e outro em Eleonor, usando minha desculpa de indisposição que eles não aparentaram ter dificuldade em acreditar.
Entrei em meu quarto respirando fundo, tirei os saltos e joguei para qualquer canto, só querendo deitar na cama e poder apagar esse mês inteiro da minha vida. Meu corpo relaxou em contato com o colchão macio, era o paraíso depois de uma tensão dessas.
Encarei o teto tentando assimilar os últimos acontecimentos. Eu realmente estava prestes a dar um beijo de verdade em Charles? Jogando fora quase todos os meus princípios românticos? E isso era culpa de quem? Justin. Justo ser ele me tirar da situação, mas não deixava de ser irritante.
Os pelos do meu braço se arrepiaram feio quando uma brisa bateu no quarto, me mostrando a porta da sacada aberta. Rolei de lado preguiçosamente e me levantei para fechá-la, eu só não esperava ver a sombra esguia logo a frente.
Dei um pulo de susto quase vendo meu coração parar no teto. Meu grito entalou na garganta. O sentimento de pânico me sufocou por alguns segundos antes de que me desse conta de quem era.
- Eu parei esses dias para olhar as estrelas, imaginando quais você teria nomeado e quais os nomes escolhidos – Justin estava de costas para mim, os olhos no céu, os braços apoiados na grade.
Qual era o problema desse garoto para sempre me matar de susto?!
Respirei fundo, relaxando. Há quanto tempo estava ali? Por que? Como?
Eu ainda não conseguia falar, tentando acalmar meu coração.
Me aproximei dele, tendo a ideia de jogá-lo pela grade.
- Talvez você pudesse me contar – ele estava tranquilo, como se não tivesse brotado em meu quarto ilegalmente.
Meu silêncio não o incomodou por algum tempo, mas não demorou para que sua atenção se focasse em meu rosto.
- Você não me deu a chande de falar – comentou com um sorrisinho.
Cruzei os braços, esperando. Se ele estava decidindo a contar o que acontecera nas duas últimas semanas, eu não deixaria questões secundárias – como simplesmente invadir minha casa – impedirem o milagre.
- Eu sinto muito, foi imperdoável sumir desta forma. Tive que tratar de alguns assuntos importantíssimos em meu trabalho, não tive tempo para nada. Seria bem mais útil se tivesse seu número de telefone.
Então era mesmo por conta do trabalho? Mas não conseguira ao menos um segundo para me avisar?
- Eu não esperava que ficasse tão chateada assim, aliás, pensei que não gostasse de mim – ele brincou, tentando amenizar o clima.
Desviei o rosto, me lembrando do poder de influência que tinha. Seus atributos físicos eram de fato extraordinários.
- Eu ainda quero ser seu amigo. Pode me perdoar, Faith?
Eu podia acreditar na sinceridade em sua voz?
 Finalmente as palavras encontraram o caminho para minha boca:
- Amigos não deixam os outros plantados – pontuei, cruzando os braços emburrada.
Ele apertou os lábios, segurando a risadinha por minha marra.
- Eu sei, mas amigos pisam na bola uma vez ou outra. Estou aqui agora, podemos nos atualizar nas novidades? Você está namorando?
Semicerrei os olhos.
- Se eu estivesse não te perdoaria.
Bieber conteve o sorrisinho.
- Então estou perdoado?
Dei de ombros, fazendo pouco caso. 
- Como entrou aqui? Alguém te deixou subir? Você precisava invadir meu quarto?
- Eu te disse que tinha facilidade de entrar em lugares.
O encarei seria e ele deu uma risadinha.
- Não posso te revelar meus truques. E só vim porque você não me ouviria de outra forma.
- Justin, como foi? – perguntei firme.
Foi sua vez de desviar o rosto, pensando em uma resposta.
- Que tal substituir essas perguntas por qualquer uma que esteja curiosa?
Era uma grande oferta, mas injusta. 
- Só se for por três outras.
Ele sorriu, pensando no caso.
- Tudo bem – cedeu.
Eu estava emocionada, não era possível que após semanas descobriria coisas reais dele apenas abrindo mão de saber como quebrou minha privacidade. E se eu estivesse despida quando ele entrasse?!
Me concentrei nas perguntas que faria, guardando mais essa bronca para mais tarde enquanto tinha oportunidade de vê-lo com a guarda baixa. Pensei nas coisas excepcionais que ele não me diria em situações ordinárias.
- Como é sua família?
Sua careta não era surpresa, ele já esperava por isso, mas não lhe agradava ter que responder.
- Você disse qualquer uma – lembrei caso estivesse pensando em me deixar sem respostas.
- Eu sei... Bom... – eu podia ver a luta em seus olhos, então suspirou e jogou a toalha – Eu praticamente não conheço minha mãe e meu pai morreu, então não tem muito o que falar. E até onde sei sou filho único.
Por essa eu não esperava. Procurei palavras para confortá-lo, mas ele prosseguiu, indiferente:
- Eu sei o primeiro nome dela e o ano em que nasceu, por isso a tatuagem. Meu pai morreu numa viagem a trabalho, deixando como herança a responsabilidade de seguir seu legado. Tenho contato com a família dele, mas eles não são lá o tipo de família normal. Basicamente isso.
Ele não olhava para mim, então coloquei a mão em seu braço.
- Sinto muito, Justin.
- Não faz diferença. Por isso digo que não muda nada eu gostar ou não do que faço. É o que eu sou. Você gosta de quem você é? – seus olhos reflexivos fitaram os meus.
Esperei que ele prosseguisse, mas ele esperava uma resposta minha.
- Acho que te entendo. Você mora sozinho?
- Sim, e agora a última pergunta.
Tirei a mão de seu braço, sentindo que aquilo estava ficando um pouco estranho.
- Me conta a história de suas tatuagens?
Ele deu risada.
- Isso são muitas perguntas em uma só, não me trapaceei, Faith.
Fiz careta. Escolher uma delas poderia ser jogar minha chance fora, poderia ser simplesmente uma coisa que ele escolheu no ‘cardápio’ do tatuador. Então tive uma ideia melhor:
- O que te deixa mais feliz?
Com essa pergunta consegui surpreendê-lo.
- Hm... Acho que andar de moto. Por um momento sinto que ninguém pode me alcançar, que sou livre, dono de mim.
Sorri, aprovando a resposta.
- E agora acabam suas perguntas, isso nos leva exatamente onde começam as minhas.
Nossos encontros eram sempre sobre mim, portanto não consegui imaginar uma coisa que ele pudesse querer saber.
- Vá em frente, diferente de algumas pessoas não tenho medo de contar sobre minha vida – uma alfinetada sempre ia bem.
Ele sorriu e deu meia volta, adentrando meu quarto. Fui atrás dele, agradecendo por eu não ter deixado nada fora de ordem, com exceção do meu calçado.
- Seu quarto é da forma que imaginei – seus dedos passaram sobre os títulos de meus livros – E imagino que seus ursos tenham um nome.
- Aquele é o Billy – apontei para o panda que ocupava o centro da cama.
Ele riu.
- Se eu te desse uma cobra, qual seria o nome?
Foi resposta rápida:
- Justin Bieber.
Suas mãos cobriram a boca enquanto ele gargalhava e eu posso ter me deixado contagiar.
- Eu deveria ter previsto essa.
Ele foi pegando os ursinhos um a um e eu disparava os nomes em seguida.
- E qual é sua estrela preferida? – agora ele mexia na penteadeira.
- Hmmm.. Acho que as que formam o Cinturão de Órion. Chamo de Joana D’arc, Anne Frank e Maria de Nazaré, as mulheres que mais admiro.
Sua investigação chegou ao fim e ele parou no meio do quarto.
- Como foram seus dias?
Ah não.
Peguei os saltos no meio do quarto para guardá-los no closet, fazendo uma retrospectiva perturbada e selecionando o que poderia lhe dizer. Ouvi seus passos atrás de mim.
- Bom... no mínimo interessantes. Meu pai anda muito estranho e eu não estou numa fase boa.
- O que te aconteceu?
Coloquei os saltos em seu compartimento e me virei para ele com as mãos na cintura, demostrando cansaço.
- Tudo começou no dia em que você me deixou plantada – fuzilei seus olhos – Eu li um livro que me deixou bem desanimada com o curso e depois tirei essa ideia de uma serie.
- Que ideia?
Passei por ele, saindo do closet, segurando as palavras em minha boca. Eu sabia que a partir do momento que as dissesse se tornariam mais reais.
Expirei.
- Acho que quero mudar para medicina.
Um peso saiu de meus ombros quando eu finalmente disse, mas tive percepção de isso resultaria em uma bagunça na minha vida.
- Você me acha louca? – perguntei, ansiosa por ele não dizer nada, com os olhos distantes.
- Não, louca não. Se é o que você quer, acho que deveria tentar. Medicina é legal.
Eu sabia que sua reação seria a mais tranquila que eu teria quanto a esse assunto, portanto aproveitei ao máximo seu incentivo.
- Gostei do closet – ele apontou para a porta atrás de nós – Você tem bom gosto.
- Obrigada. Talvez eu devesse fazer moda então – brinquei.
Ele deu um sorrisinho.
- Aliás, sua escolha de hoje foi espetacular – seus olhos passaram em mim distraidamente dos pés a cabeça.
Será que ele podia ver meu rosto se transformando em pimenta?
- Obras de Hanna – dei os creditos, esperando que ele acabasse logo sua análise demorada – E o que você estava fazendo na festa da Clarissa? Trabalhando?
- Não. Só precisava de um tempo para mim – ele finalmente me olhou nos olhos.
- Penetra outra vez?
Ele riu, mas não negou, preferiu ficar encarando meu rosto com uma fisionomia divinamente calma, diferente do modo que eu fiquei por causa disso. Eu deveria dizer alguma coisa? As teorias de Hanna de duas semanas atrás passaram em minha cabeça. Era um teste?
Pigarreei, mexendo as mãos desconfortavelmente.
Seu sorriso se ampliou diante de meu nervosismo.
- Eu deveria ir.
Assenti devagar, mas ele não fez menção de sair.
- Só queria frisar que você realmente está fascinante essa noite.
Ele queria falar de mim? Mesmo sendo essa magnificência que era? A cor azul de sua camisa social lhe caía bem, e por um acaso era minha cor preferida. Deixei meus olhos vagarem por seu rosto, procurando o que aqueles traços majestosos poderiam ver em mim.
Esbocei um sorriso, sem graça demais para demonstrar minha gratidão em palavras. Em contrapartida, meu corpo soube expressar muito bem seu nervosismo quando ele se aproximou de mim. Lentamente sua mão seguro a minha e ele a beijou sem tirar os olhos dos meus. A sensação de sua boca em minha pele era mais intensa do que eu me lembrava, eram coisas que eu não conseguia entender, e no momento nem fazia questão.
Meu coração parou quando ele soltou minha mão, mas não se moveu um centímetro, ainda fitando meu rosto.
- Acho que senti sua falta – admitiu em voz baixa.
A satisfação apareceu na ponta dos meus dedos, se espalhando pelo restante do meu corpo e me fazendo abrir um sorrisinho.
- No fim das contas eu também.
Seu sorriso em resposta me deixou tonta.
- Preciso que feche os olhos para que eu possa sair, não quero que descubra meus métodos.
Revirei os olhos para sua besteira.
- E vire de costas.
Dei meia volta, lembrando que com doido não se discute.
Eu podia ver a tristeza se arrastando para mim por ele ir embora, eu não sabia quando o veria novamente, e odiava a incerteza que me dava.
- Não se preocupe, logo te faço uma visita – ele adivinhou meus pensamentos, mas isso tão pouco me acalmou – Feche os olhos, Faith.
Obedeci, sendo leal a minha parte no trato. Era o mais justo depois de adquirir sua confiança para me contar uma parte significante de sua história, embora eu não quisesse deixar que ele se fosse mais uma vez, cada partícula do meu corpo implorava para que não fosse, não depois de ficar tanto tempo sem me deixar ver seu rosto que de alguma forma já tinha se tornado importante para mim.
Esperei pelo menos ouvi-lo se distanciando, só que podia jurar que ele estava era se aproximando. Confirmei o fato quando escutei sua voz baixinha que bateu em meu pescoço:
- Talvez fosse melhor virar para o outro lado.
Filho da mãe, cuidado com meus pontos sensíveis.
Inesperadamente senti suas mãos na lateral do meu corpo, em minha pele exposta. Eu nunca estaria preparada para a reação que meu ser teria, minha pulsação se acelerou em uma velocidade absurda e os arrepios vinham de todas as partes.
Ele me girou devagar, descendo as mãos vagarosamente pelo meu corpo, as pontas dos dedos traçando um caminho em minhas costas até minha cintura. Não ousei abrir os olhos, temendo que eles denunciassem o caos em que me encontrava.
- Droga, Faith – sussurrou quando me parou em sua frente.
Minha pele ardia de tal forma que imaginei ser capaz de queimá-lo com o calor que emanava de meu corpo. Não estava fácil respirar, e o agravo foi certo quando detectei que ele estava tendo o mesmo problema.
Corpo desregulado idiota.
Pude sentir sua respiração em meu rosto cada vez mais perto e tive dificuldade em me manter quieta, os impulsos vinham de todas as partes. Eu achava que estava doente, mas mal sabia que aquilo não era nada diante do que aconteceu quando seu nariz se encostou ao meu, me indicando que sua boca estava perto, muito perto.
Não tive muito tempo para processar a informação e entender o que significava, pois logo em seguida seus lábios estavam roçando os meus, transformando meus ossos em pó, vagarosamente encaixando nossa boca como se ali sempre fosse seu lugar. Sua delicadeza me deixou tonta, o chão desaparecia sob meus pés, não parecia haver ar o suficiente para meus pulmões, enquanto minhas células gritavam por uma proximidade maior. Fiz menção de me mexer, mas não pude chegar a tocá-lo.
- Shii, parada, Evans. – ele mal afastou a boca para dizer, tirando as mãos de mim para segurar as minhas e abaixá-las.
Eu estava passando mal, a qualquer momento meu coração sairia pela boca e eu me esparramaria no chão como uma amoeba, que era sensação que tinha de ser.
Tendo certeza que eu não me mexeria, suas mãos seguraram meu rosto como se eu fosse uma pedra preciosa, afagando minhas bochechas e trazendo novamente o encontro de nossos lábios, fazendo uma pressão um pouco maior, terminando de me destruir ali mesmo. Usei o máximo restante de meu auto controle para ficar imóvel, sabendo que depois não teria forças para mais nada.
Ele levou minha alma para si quando se afastou puxando meu lábio inferior junto, passando as costas das mãos em meu rosto antes que pudessem me deixar completamente. E assim de repente o calor de seu corpo se foi. Eu estava sozinha.
Não sei quanto tempo levei para conseguir cambalear até a cama, desabando ali como o saco vazio que me sentia. Abri os olhos e não havia sinal de que ele estivera ali, podia ser tudo coisa da minha cabeça, a não ser pelo fato de que todas as coisas pareciam sem graça. Minhas veias eram fios desencapados, despertando uma fome diferente e atordoante. Eu não sabia como lidar com todo aquele desejo novo completamente descontrolado que fazia cada órgão do meu corpo pulsar com um único pedido, então apenas me deixei estar naquele colchão como alguém totalmente irracional portando apenas uma certeza, Justin Bieber seria minha ruína.

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