Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

One Life 5

- Você é uma boa conselheira amorosa, parcialmente.
Fechei o netbook de uma vez quando Caleb se encostou no batente da porta com os braços cruzados e um sorriso presunçoso. Meu coração foi parar na minha goela, como se eu realmente estivesse fazendo algo errado, mas teoricamente não estava. Eu precisava me certificar que Justin Bieber não era um jornalista arrogante qualquer, então pesquisá-lo no google era um mal necessário. Boa notícia: ele não estava envolvido com nenhum canal de informação, ao menos diretamente; má notícia: eu não havia encontrado nada sobre sua pessoa.
- Ela caiu outra vez na sua lábia. - deduzi, tentando não parecer assustada.
Ele franziu a testa, aparentemente alheio ao meu pequeno ataque do coração.
- Eu não menti, quero que fiquemos juntos.
- Tanto faz. - dei de ombros cansada desse drama interminável e a fim de dispensá-lo do meu quarto antes que notasse algo errado.
- Insensível. - resmungou - Já estão te esperando lá embaixo para jantar. - avisou saindo do quarto.
Fiquei confusa por um momento. Não fazia muito tempo que Hanna havia ido embora para se encontrar com Wren na sorveteria à frente - sendo ela mesma a tomar controle da situação e enviar uma mensagem após ficarmos pelo menos uma hora na piscina após o almoço -, e desde esta hora eu estava dando uma de investigadora. Não, impossível que eu tenha ficado horas procurando alguma informaçãozinha para não achar nada. Sem levar em conta que Bieber não era digno de ocupar tanto do meu tempo.
Me levantei rígida para não tomar uma bronca, e meus músculos se alongaram aliviados. Desci as escadas aos pulos me maldizendo por perder a tarde toda em frente àquela telinha idiota.
- Boa noite. - saudei ao chegar na sala de jantar, beijando o topo da cabeça dos meus pais.
Sentei-me ao lado de Caleb que acabava de se acomodar. O bife com batatas já estava em um prato na minha frente e agradeci Flê por isso.
- E então, como foi o dia de vocês? - mamãe perguntou após mastigar uma batata.
- Eu fui ver a Cassie hoje, passei o dia com ela.
Meus pais sorriram satisfeitos, apesar das idas e vindas do relacionamento, aprovavam a escolhida de Caleb.
- E o seu, Faith?
Eu não fiquei procurando por Justin bieber na internet por quatro horas, juro.
Dei de ombros, indiferente.
- Foi um dia preguiçoso, Hanna veio aqui, ficamos na piscina e depois subi para meu quarto.
- Teve mais alguma visita? - papai questionou, interessado demais.
- Não. - respondi um pouco confusa.
- Eles querem saber do cara das batatas, aliás, eu também. - Caleb disse antes e engolir o que estava na sua boca, e recebeu um olhar repreensivo por isso.
- Cara das batatas? - era meu pai quem estava confuso agora.
- Ele quis dizer o comprador, e não, não o vi. - e nem encontrei nada sobre ele, mas acho que estamos fora de risco, acrescentei mentalmente.
- Melhor assim, Wren é a nossa primeira opção. - mamãe murmurou satisfeita.
Lógico que era nisso que queriam chegar.
- Essas coisas eu que devo decidir. - lembrei com irritação.
Eles fingiram não me ouvir e eu revirei os olhos.
Essa era minha vida, meus pais controlavam cada passo que dávamos, o que me sufocava quando eu me atentava a isso. Na maioria das vezes me conformava, era mais fácil deixar a maré levar do que lutar contra ela. Entretanto, em outras eu ficava cheia o suficiente para ter vontade de fazer alguma coisa espontânea, como fugir de casa só com a roupa do corpo.
Eu estava pensando em ir a pé até Nova Iorque quando eles me questionaram sobre algo que não ouvi.
- O que? - tive que perguntar, e recebi um olhar feio por não estar presente de corpo e alma no momento 'reunião de família'.
- Não acha que Caleb deveria pedir Cassie em casamento? - mamãe sorriu, me manipulando a dizer o que ela queria ouvi.
Olhei para Caleb com solidariedade, esse seria o novo propósito da vida de nossos pais, fazer com que ele aceitasse a ideia. Seus olhos estavam indecisos, o sentimento perfeito para que minha mãe agisse.
- Acho que ele deveria fazer o que quiser. - dei um sorriso duro, finalizando a refeição depressa - E Hanna está namorando com Wren - acrescentei de boca cheia, me levantando da mesa.
Este era um dos dias em que eu tentava lutar contra a maré.



Rolei na cama e desliguei o despertador um pouco mais mal humorada do que o costume. Eu estava com um sono absurdo, fazendo o trabalho que deveria entregar hoje até altas horas da madrugada. Esse era meu problema, muitas vezes deixava as coisas para última hora - principalmente as que eu não gostaria nada de fazer. Acrescentando ainda o sonho que tive com o estranho não-jornalista Justin Bieber, em que o mesmo andava de costas para mim e por algum motivo imbecil eu insistia em ir atrás.
Tomei um banho para ver se me ajudava acordar de uma vez, funcionou, mas eu continuava cansada. Vesti qualquer coisa que achei no closet e desci me arrastando pelas escadas, com a bolsa pendurada no ombro.
- Está animada, querida? - Flê disse quando me viu, terminando de recolher algumas coisas da mesa, provavelmente o que meus pais usaram em seu café.
Respirei fundo, e aquele parecia ser meu último suspiro. Flê riu.
- Bom dia. - murmurei com um sorrisinho.
Peguei um pouco de danone e um pedaço de bolo de chocolate, não me sentindo muito disposta para comidas pesadas.
Não sei por quanto tempo encarei o vazio, vegetando naquela cadeira. Quando me dei conta, estava atrasada.
Levantei apressada, gritando um "tchau" para Flê e corri até meu carro. Eu havia ganhado em meu aniversário do ano passado. O Toyota Camry em geral era bem vendido por aqui, mas eu particularmente achava o aquecimento de bancos um exagero, meu modelo era preto, uma das minhas cores favoritas. Além do mais, era um grande alívio não ter que andar mais sempre por aí com um motorista particular. Era um extremo exagero ter um, eu gostava de dirigir, pelo menos, mas nunca protestaria sobre o assunto de modo que prejudicasse Etienne. Não queria que fosse demitido.
A primeira coisa que fiz foi ligar o rádio em uma estação alternativa, então acelerei e disparei pela cidade. Estava tocando Nirvana e eu me lembrei do comprador esquisito e, infelizmente tinha que confessar, charmoso. Eu não sabia como me sentia sabendo que nunca mais o veria na vida, mas devia estar muito aliviada.
Quando dei por mim, já estava estacionando em uma vaga da faculdade com cinco minutos de antecedência. Minha direção louca conseguira me tirar do atraso. Entrei no campus e parei quando vi Hanna em uma das mesas mexendo em seu celular. Planejei dar um susto nela, mas assim que me aproximei ouviu minha aproximação e levantou os olhos.
- Bom dia, Faith! - disse com um sorriso radiante. Estar apaixonada a deixava desse jeito, e ela sempre estava apaixonada.
- Bom dia, Hanna. - sorri e me sentei na sua frente.
Meio segundo depois Carmen sentou-se o meu lado e começamos a conversar as três sobre as aulas de hoje, inclusive sobre o trabalho que eu fizera de última horas, e ao que parece as duas também.
Foi então que Hanna deu um grito histérico e tomamos um susto. Ela encarava o celular com os olhos arregalados e a mão na boca.
- O que foi sua louca?
Eu não me deixava mais levar as reações de Hanna tão a serio, ela era extremamente exagerada.
Um sorriso animado rasgou seu rosto e ela começou a dar pulinhos sentada no banco, me olhando. Imaginei o que Wren teria feito para deixá-la tão feliz.
- Como foi que você disse que chamava o comprador?
Fiquei confusa com o rumo da conversa, mas respondi:
- Justin Bieber.
- Que comprador? - Carmen perguntou.
Hanna bateu palmas, empolgada.
- A foto que tiramos ontem, ele curtiu no instagram!
- O que? - eu arfei e tomei o celular das mãos dela.
Enquanto explicava para Carmen 'minha história de amor de Cinderela', eu olhava as notificações. Mas eu havia pesquisado sobre ele ontem, impossível surgir algo de repente! Era possível existir mais de um Justin Bieber na terra, mas seu ícone era uma foto do Dark Inside. Eu tinha certeza que era, sabia reconhecer de longe meus quadros.
Fiquei pasma e lisonjeada. Por que ele faria isso? Quando cliquei em seu perfil para melhor investigar, a suspeita cresceu. Ele não tinha nenhuma foto publicada, e a única pessoa que seguia era Hanna. Se ele tinha curtido nossa foto, viu que ela me marcou, então por que não me seguiu também? Aliás era um quadro meu em seu ícone.
Então aparentemente, de ontem para hoje, ele havia criado um instagram apenas para seguir Hanna? Por que?
Respirei fundo e devolvi o celular. Só havia uma conclusão.
- Parece que ele está interessado em você.
 Ela franziu a testa, quase ofendida com a minha suposição.
- Para e ser burra Faith, eu sou só um canal para o verdadeiro interesse dele.
- Se eu fosse o interesse, ele teria me seguido. Vai saber como achou sua conta, teve empenho o bastante para te procurar. O ícone com meu quadro é apenas uma forma para você reconhecê-lo.
- Ou ele é daqueles caras que não vai direto ao ponto. Qual é, eu postei uma foto minha ontem a noite e ele não curtiu, apenas essa em que estamos juntas.
- Ele teria me seguido. - repeti discordando.
- Cala a boca e segue ele agora, você podem trocar mensagens diretas. - ela se animou outra vez.
Levantei do banco sem vontade de explicar que ela se enquadrava bem melhor na beleza exigida pela sociedade, além de que...
- Ele não me interessa, agora vamos, estamos atrasadas para a aula.
As duas me acompanharam, Hanna desfiava argumentos e teorias para me convencer que Bieber estava atrás de mim, Carmen permaneceu calada, acho que concordava comigo, mas não ousaria dizer isso em voz alta.
- Eu tenho mais experiências com garotos do que você! Sei o que estou dizendo. - Hanna deu seu ultimato, emburrada por eu não ter concordado, e sentando-se ao meu lado na mesa para dois.
Eu me sentia mais disposta a sentar ao lado de Carmen. Não deveria ter sido novidade para mim Bieber preferir Hanna, e eu deveria saber que era só uma ponte para chegar a ela. Claro que quando me chamou para dançar ele só queria ficar mais próximo a ela. Eu só acho que ele deveria ter sido sincero comigo quanto suas intenções. Todo o mistérios podia ser ligado a Hanna, ele deve ter ido a festa apenas para ir atrás dela, quem sabe não era estudante daqui? Um admirador secreto doente.
A ideia não saía da minha cabeça, e eu posso ter ficado um pouco deprimida nos dias seguintes, mas era exclusivamente por pensar em ter sido tratada como um meio. Afinal, e minha dignidade, onde ficava?
- Eu já não te disse pra parar de ser idiota? Você deveria me ouvir às vezes. - Hanna exclamou quando me viu na sexta-feita.
Levantei a cabeça do caderno que eu rabiscava e olhei um pouco irritada na sua direção.
- Bom dia pra você também Hanna.
Ela revirou os olhos e eu voltei a atenção para o meu desenho.
- Para de ficar me olhando com os olhos acusadores, já disse que não quero seu crush, eu e Wten estamos bem, obrigada.
Antes que eu pudesse protestar, ela estava falando de novo:
- Comprovei minha teoria, ele visualizou minhas mensagens e não respondeu. - eu nunca a vi tão animada por um garoto ignorá-la.
Fitei o celular que ela apontava pra mim, vendo a frase "Oi, tudo vem?" e depois " Não era você lá na festa da Faith?", ambas as mensagens enviadas ontem a tarde e visualizadas à noite.
Fechei a cara para ela.
- Eu te disse para não mandar mensagem pra ele.
- Eu não falei nada demais. Agora que ele me ignorou sabemos que não é atrás de mim que está.
- Talvez ele só seja tímido demais.
Mas não era uma alternativa plausível. Era quase impossível que fosse tímido. Hanna me olhaba com a sobrancelha arqueada, pensando a mesma coisa que eu.
- Ou está fazendo um joguinho.
Era a cara dele.
Ela bufou.
- Eu te mataria se não fosse minha amiga.
Forcei um sorriso e corremos para a aula de fotografia. Ela não estava tão falante como sempre, e isso significava problemas. Eu esperava que não estivesse que estava aprontando alguma.
- A gente podia sair hoje. - Han disse enquanto saíamos para o intervalo.
Fiquei desconfiada de imediato, então minha resposta foi receosa.
- Hm, onde?
- Não sei, alguma baladinha.
Fiz careta e el riu. Eu não queria ter que explicar todas as vezes que odiava ver pessoas bêbadas e fumando e se jogando umas em cima das outras.
- É sexta feita Faith, o que quer fazer?
- Se Wren for conosco, cinema não.
Ela deu uma risadinha.
- Podíamos sair em casa.
- Você e Wren, eu e o poste?
- Postes não tem instagram que você pode seguir e mandar mensagem.
Fechei a cara e ela levantou a mão em rendição.
- Se não quer ir ao cinema, vamos em uma balada, você arruma um carinha lá.
Minha expressão de tédio fez com que ela gargalhasse.
- Você fica só dançando então, vamos Faith, eu sei que de dançar você gosta.
- Esses ambientes são horríveis Hanna, Wren também não vai gostar.
- Por mim? - ela fez um biquinho persuasivo.
Revirei os olhos mas concordei. Eu sabia que Wren não concordaria e ela cancelaria.

Mas eu deveria saber que contar com as pessoas era uma verdadeira cilada.
- Wren, você não quer fazer isso! - protestei quando ele aceitou.
Estávamos na minha sala de estar, Wren correra para cá assim que saiu do seu estágio após receber uma mensagem de Hanna.
- Cala a boca! - ela me empurrou com uma mão e eu quase tombei do sofá.
- Eu só estou dizendo a verdade, Wren e eu detestamos esse tipo de lugar.
Hanna fez uma cara estranha, provavelmente por eu ter dito "Wren e eu" na frase, depois decidiu que não importava, empenhada em seu mais novo propósito de vida: nos arrastas para a balada mais próxima.
- Podemos fazer uma força. - Wren eu de ombros, e pelo jeito que olhava Hanna me restava poucas dúvidas de que ele concordaria com qualquer coisa que ela sugerisse e pedisse.
- Olha, se não gostarem vamos embora imediatamente, só vamos tentar.
Assenti de mal gosto e ela despejou uma lista de lugares que poderíamos ir. Para mim não fazia diferença, era tudo a mesma coisa. Como Wren e eu não fazíamos ideia de qual era a melhor, ela mesma escolheu uma, e eu esqueci o nome assim que foi pronunciado, como sempre.
- A gente podia jantar primeiro. Chegar cedo demais não é leal. - ela sugeriu animada, talvez uma estratégia para me deixar mais feliz. E funcionou.
- Enfim alguma coisa que concordamos, comer.
Os dois riram. Wren olhou no relógio em seu pulso.
- Então busco vocês à oito?
- Pode ser. - Hanna parecia radiante por ele assumir essa responsabilidade de livre e espontânea vontade.
- Dez pras oito pra você. - ele me disse, já que me buscaria primeiro.
Concordei. Hanna me deu um abraço repentino quando ele fez menção de ir embora, ela também já aproveitaria para ir se trocar, mas claro que queria se despedir dele de forma digna, o que eu não gostaria de ver.
Estava subindo as escadas quando a porta se abriu, Caleb entrava com uma expressão revigorante, assoviando, quase dando pulinhos. Realmente era um alívio a chegada do fim de semana.
- Bem vindo de volta!
Ele fez uma reverência.
- Planos para esta noite, maninha?
- Vou sair  para jantar com Hanna e Wren, depois vamos à uma baladinha. - fiz careta.
Caleb riu de mim, então me toquei.
- Ai meu Deus, eu vou segurar uma vela enorme nesse jantar. Você deveria ir conosco.
Ele arqueou a sobrancelha,e eu sabia o que queria dizer, se Cassie fosse também, eu me tornaria uma tocha humana.
- Ela não vai querer ir. - pensei positivo. Cassie recusava alguns dos eventos e Caleb por ela mesma ter os seus. Eles sabiam viver a vida sem estar grudados um ao outro, isso era admirável em seu relacionamento inconstante.
- Sabe que voltamos firme, não é?
- Posso ter esperança. E assim tem diversidade, enquanto um casal se beija o outro fala comigo.
Caleb achou graça, mas concordou com meu argumento. Enquanto ele ligava para Cassie e para nossos pais, corri para me tomar um banho e me trocar. Eu odiava esses momentos de escolher roupa, sempre ficava indecisa.
Hanna dizia que algo brilhante era ótimo para a balada, te destacava na escuridão em meio a tantas pessoas, mas minha intenção sempre fora exatamente a contrária, não chamar atenção era bom.
Por fim, acabei pegando um vestido preto justo até o final da coxa que tinha uma abertura sutil nas costas. Para não decepcionar completamente minha melhor amiga coloquei um salto preto brilhante. Passei meu inseparável batom vermelho, lápis e deliniador.
Eu achava que tinha agido com rapidez, mas quando desci Caleb estava no sofá, pronto e com uma expressão entediada olhando a TV.
- São 20 para as oito.- já me defendi antes que ele me olhasse - Combinei com Wren dez para às oito.
- Bom. liga para ele e avisa que você vai comigo, passamos para pegar Cassie e nos encontramos lá. - ele deu um sorrisinho quando mencionou a namorada.
Tentei não fazer uma careta por ela ter aceitado dessa vez.
- E onde iremos jantar?
- Acho que naquele restaurante italiano no centro seria legal.
Concordei e mandei uma mensagem para os dois com a sugestão já acrescentando para Wren que Caleb me levaria.
- Vamos?
O segui até sua picape da Ford e seguimos para a casa de Cassie. No caminho, recebi a aprovação de Hanna e Wren para a escolha do restaurante, íamos algumas vezes, era um lugar agradável com uma ótima comida.
Cassie já estava pronta quando chegamos e se sentou ao lado de Caleb, lugar que eu havia deixado vago justamente por isso.
Respondi seu oi com um sorriso. Apesar de eu não concordar mais com esse relacionamento, eu gostava dela.
Calbe começou a nos contar sobre o seu dia no trabalho e o relato durou até que chegássemos em Italia. Escolhemos uma mesa de seis lugares no canto o local que exalava o país que lhe dava o nome, a música típica estava regulada em um som ambiente, e todas as cores, de toalhas, paredes, intercalavam-se entre vermelho, verde e branco.
Eu estava distraída com o cardápio enquanto Cassie e Caleb conversavam alguma coisa num tom que não permitia terceiros. Não sabia se ficava aliviada ou desesperançosa assim que Hanna pisou na porta grudada ao braço de Wren. Realmente não era muito inteligente sair com um casal, e o dobro não me tornava muito mais esperta.
Após os cumprimentos, eles se sentaram em frente ao casal já acomodado e eu fiquei isolada na ponta.
- Fico feliz por decidirem vir! - Han agitou as mãos com um sorriso sincero.
- Eu adoro baladas. - Cassie disse quase tão animada quanto.
Ótimo.
- Que maravilha! Alguém para me ajudar a convencê-los ficar mais um pouco.
Elas deram uma risadinha com olhares de camaradagem. Cogitei a ideia de ligar para Etienne me buscar cinco minutos depois que chegássemos. Era claro que Hanna convenceria Wren a ficar e Cassie influenciaria Caleb, ou seja, seria eu contra quatro pessoas.
- Vamos pedir. - interrompi o momento conspirador para não ter muito que pensar no que eu havia me metido.
Era um poco óbvio que eu pediria espaguete, apesar da diversidade de pratos italianos que geravam curiosidade. Os demais se deixaram levar pelo lado explorador, e Hanna tentava nos convencer a planejar uma viagem para a Itália. Já era muito ser "intrusa" num encontro de casais, uma viagem seria praticamente insuportável.
- Lembrem-se de não comer muito. Vão acabar passando mal na pista. - Han fez o favor de nos lembrar, mas eu sabia que era só uma garantia para não termos uma desculpa e ela acabar sozinha na pista.
Fomos então proibidos de pensar em sobremesa, mas na hora de pagar a conta, Caleb me passou um bombom sem que a controladora visse, e fez o favor de quitar meu prato também. Ter um salário e receber mesada dos pais eram coisas bem diferentes e ele sabia disso, por isso sempre estava me ajudando, apesar de agora eu ter quatro mil dólares a mais graças a criatura estranha que conheci há uma semana atrás.
Assim que coloquei o pé para fora do carro quis dar meia volta. Up all night era o nome do lugar conforme indicava a placa de neon vermelha em cima da porta preta e grande. Uma música eletrônica tocava tão alto que mesmo sem entrar eu já poderia ficar surda. Além de Hanna, os dois brutamontes perceberam minha careta.
- Um esforço. - ela me lembrou, e seus pés já pareciam estar inquietos para passos ritmizados.
Dei um suspirou e olhei para Wren, nesse momento ele me olhou também, tentava mantes a expressão neutra, mas no funo eu podia ver a repulsa. Ri e dei de ombros, pelo menos eu não sofreria sozinha.
Pagamos nossas entradas e adentramos o martírio. O espaço parecia grande, mas mesmo assim estava abarrotado, a iluminação partia das luzes das mais variadas cores que piscavam e passavam pela multidão sem nenhum controle. Todos se centravam para o palco onde um dj despojado parecia estar sendo eletrocutado. Havia um bar no canto esquerdo, os funcionários estavam vestidos com blusas agarradas que pareciam poder arrebentar a qualquer momento nos músculos um pouco exagerados. As funcionários com um decote profundo, e ambos com rostos sedutores e chamativos. Um dos caras pegou meu olhar curioso e me eu uma piscadela. Desviei o rosto rapidamente, observando a atitude das pessoas espremidas. Elas não pareciam pensar em nada, era como um mundo paralelo, a razão desligada e os instintos ativados.
Comecei a fazer uma analise psicológica dos motivos para estarem aqui, mas Hanna interrompeu o momento, agarrando meu braço e me arrastando da paralisia. Consegui ler apenas "privacidade" em seus lábios, e quando vi estávamos em uma espécie de camarote no andar de cima. As pessoas aqui pareciam um pouco mais conscientes, mas o modo como a maioria lançava seus olhos sobre a multidão me fazia pensar que eram o verdadeiro perigo.
De qualquer modo, era melhor, havia sofás vermelhos longos e sofisticados em cada canto e uma mesa de centro preenchia o vazio a cada três deles com baldes de bebida. A primeira coisa que fiz foi sentar, Wren se sentou no sofá ao lado, forçando para parecer confortável; Caleb estava com a mão na cintura de Cassie, que já movimentava um pouco o corpo, ele mantinha uma postura firme, deixando claro para qualquer um que ela não estava disponível para cantadas.
O sorriso de Hanna quase pulava para fora do rosto e ela se virou para compartilhar o momento comigo. Sem nem pensar duas vezes, puxou meu braço para fora do sofá, não resiste, era bom evitar crises em público, principalmente as que partia dela.
Forcei um sorrisinho e comecei timidamente a arriscar alguns passos de dança, que envolva braços, mãos, quadril e pés. Num geral, eu não sabia exatamente o que estava fazendo, só me deixava levar pela batida. Em poucos minutos, eu estava mais a vontade com Hanna e Cassie que havia se libertado dos braços do meu irmão para se juntar ao clube da luluzinha.
Eu evitava de olhara para baixo e me lembrar de onde estava, por enquanto o som não se parecia com bagunça eletrônica sem sentido, então eu podia me concentrar no ritmo a vontade. Ou seja, estava tudo bem até Hanna gritar no meu ouvido.
- Vamos pegar uma bebida?
Fiz careta e apontei para o balde na mesa, não precisávamos ir lá embaixo se havia aqui.
- Não dessas.
- Pede para o garçom trazer à você! - argumentei, outro benefício da área VIP.
- Não confio, prefiro ver eles fazendo e saber que não vão me drogar.
Respirei fundo, eu não queria me juntar àquelas pessoas.
Cassie ficou com Caleb, e o restante de nós desceu, dessa vez Wren segurava a cintura de Hanna com as duas mãos atrás dela, estávamos passando pelo matadouro.
Era complicado atravessar entre as pessoas, mas fiz o máximo para não pisar ou esbarrar em alguém. Fiquei aliviada quando chegamos ao bar, sentando nos dois bancos vagos, Wren ficou em pé atrás. Logo um rapaz com o cabelo arrepiado, moreno e de olhos castanhos se aproximou, seus lábios carnudos esboçavam um sorriso antes que falasse.
- No que posso ser útil?
Eu sabia que aquela frase era de duplo sentido, e quando ele viu a mão de Wren no ombro de Hanna com propriedade, depositou seus olhos de águia em mim. Fiquei sem jeito obviamente.
- Você teria um suco de laranja? - perguntei esperançosa.
Ele fez uma cara de deboche e segurou uma risada.
- Temos muitas coisas e laranja, menos suco.
- Refrigerante?
Com os braços cruzados e apoiados no balcão, o cidadão se inclinou na minha direção com um olhar penetrante.
- De laranja?
Me afastei com a testa franzida.
- Pode ser uma coca. - respondi com tedio, querendo que ele entendesse que não estava flertando com a garota certa.
- De laranja? - ele deu um sorrisinho, tentando ser engraçadinho.
- Não. E você o que quer? - quando me virei para olhar Hanna ela já não estava mais lá.
Fiquei confusa e procurei com os olhos até encontrá-la no meio da multidão dançando/beijando Wren.
Que ótima amiga!
Revirei os olhos e encarei a criatura na minha frente. Ele me olhava como um predador enquanto pegava um copo e o enchia com coca.
- Você costuma dar em cima e todas as garotas assim? - perguntei irritada, louca para sair dali, ainda mais agora que estava sozinha.
Ele deu de ombros.
- Me chamo Jeremy, e faço isso apenas com as mais lindas. - seu olho direito piscou para mim.
Serio, ele ganhava garotas assim?
- Que bom Jeremy, porque acabou de chegar uma esperando para ser tendida. - apontei coma cabeça para a menina loira do lado.
Jeremy me passou o copo.
- Volte sempre. - e caminhou até a próxima vítima.
Revirei os olhos e examinei o líquido na minha mão, chacoalhando para averiguar se ele não havia batizado. Seria péssimo perder o controle, ainda mais num lugar desses onde parecia que cada um esperava sua inconsciência para se aproveitar.
Beberiquei o copo e o gosto estava normal, mas não dava para ter certeza, era melhor estar perto de Caleb caso algo acontecesse.
- Sozinha no bar? Hm, não é boa ideia.
O tom de voz masculino era grave e rouco, e eu tinha a sensação de ter ouvido em algum outro lugar.
Me virei rapidamente, o copo em minha mão seria usado como arma caso eu necessitasse, mas entrei em choque ao olhar o rosto do sujeito, até mesmo no escuro sua beleza era de tirar o fôlego.

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