Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

One Life 19

– Vai me contar ou não o que aconteceu? – falei de uma vez, inquieta com o silêncio que ele deixava desde que saímos da terapia pediatra.
Justin mantinha os olhos no chão, perdido em pensamentos.
– Se eu te contar, correrá perigo – brincou me olhando com os olhos semicerrados.
Ou talvez não fosse brincadeira. Eu não duvidava de mais nada.
– Estou disposta a correr o risco. Sei me cuidar.
Ele arqueou a sobrancelha, dando risada.
– Claro que sabe – ironizou, desviando o rosto.
Fiz uma careta por me subestimar, ferindo meu orgulho.
– Pra sua informação já fiz aulas de kung fu.
Ele deu um sorrisinho, achando graça.
– Quantas aulas?
Não era bem por esse lado que eu queria ir.
– Três – confessei. Foi péssimo porque ele riu de mim de novo, mas secretamente bom porque seu sorriso era maravilhoso – Ei, minha mãe que não permitiu. Ela queria que eu fosse uma princesinha delicada – completei com desdém.
– Funcionou – me provocou.
Dei-lhe um tapa estralado no braço e ele se encolheu por não prever o movimento.
– Diga isso quando vir a marca na frente do espelho. Agora pare de me distrair e me conte quem eram os MIB e o que queriam.
Ele quase gargalhou – me deixando meio desnorteada de encanto.
– MIB homens de preto? Você é meio absurda às vezes.
– E você é ótimo em fugir de assuntos – acusei – Me diz de uma vez!
Ele me julgou com os olhos, mas viu que eu estava decidida, então deu um suspiro e disse:
– Trabalhamos juntos. Vieram tratar sobre uma conciliação que está demorando mais do que o esperado.
Notei as ruguinhas em sua testa, embora ele demonstrasse confiança na frente de seus colegas de trabalho, o atraso também o incomodava.
– E te culpam? É por que está passando muito tempo comigo? – perguntei receosa.
Era horrível pensar que eu o colocava em encrenca, mas pior ainda seria diminuir a frequência com que nos víamos – que para mim já não era o suficiente. Eu era uma egoísta descarada.
Ele ponderou, demonstrando que essa pergunta não era tão simples como parecia.
– Nem sei se deveríamos ter aceitado esse serviço para início de conversa.
Minhas conclusões eram perturbadoras.
– É perigoso? – indaguei baixo.
Ele abriu um sorriso destemido, dando de ombros.
– Todo trabalho é, a questão é seu nível de aptidão para sair ileso. O nos leva de volta a você, o que está achando? Ainda quer viver disso? No meio de todo esse cheiro de doença e morte? – ele fez uma careta, abanando a mão na frente do nariz como se pudesse aliviar o odor.
– Acho que é como aquela reflexão do copo meio cheio e meio vazio. Você claramente está enxergando o vazio – discordei.
– Pode ser que sim. Ainda quer continuar a visita ou já viu o suficiente?
Pela sua expressão eu podia especular que seu nariz não aguentaria mais tempo em um hospital. De qualquer forma, sem Harris para explicar as coisas não seria uma visita tão produtiva.
– Acho que podemos ir.
Depois de falar, percebi que isso poderia implicar em não vê-lo pelo restante do dia, e se fosse assim, não estava nem perto de ser saciada. Então acrescentei rapidamente:
– Mas então o que faremos agora?
Ele deu um sorrisinho em segredo, talvez identificando meu apelo diluído na frase “ingênua”.
– Que tal aquele dueto que planejamos juntos? – sugeriu mordendo o lábio, divagando se era mesmo uma boa ideia.
Ele não deveria morder a boca. Não deveria mesmo. Não era saudável.
– Faith? – sua mão passou em frente ao meu rosto para me despertar. Eu não havia percebido que ele esperava uma resposta e minha bochecha corou de vergonha por isso.
– Claro. Se quiser tenho uns instrumentos em casa, poderíamos ir para lá – respondi rápido, esperando que não percebesse meu constrangimento. Claro que ele havia percebido.
– Eu adoraria.
Até por que não seria nada esquisito se meus pais ou Caleb chegassem e notassem Bieber em nossa residência. Já seria constrangedor demais apenas com a presença de Flê.
Contive-me em todo o percurso para não pedir que entrasse daquela forma secreta que fazia. A tentação aumentou quando chegamos à porta.
– E aqui estamos – anunciei com um sorrisinho, distraindo-o para que não percebesse meu desconforto.
Não foi uma boa tática, ele ficou desconfiado. Girei o trinco de uma vez, entregando nas mãos de Deus e fazendo uma prece para que nenhum evento extraordinário trouxesse meus consanguíneos mais cedo.
– Sou eu Flê! – adiantei para não assustá-la e evitar que viesse verificar a porta, se deparando com o deus grego atrás de mim.
– Já voltou, menina? – seu grito em resposta vinha da sala – E como foi? Ele aprovou sua escolha de roupa?
Merda.
Justin arqueou a sobrancelha pra mim.
– Eu não sabia aonde iríamos então fiquei um pouco indecisa com a roupa – expliquei depressa querendo cavar um buraco para me esconder dentro – Ele está aqui Flê! – avisei para que ela tomasse cuidado.
Quase que imediatamente ela apareceu na abertura da sala com a expressão petrificada.
– Boa tarde, senhorita – Justin cumprimentou com um sorriso educado, curvando a cabeça respeitosamente.
Eu sabia que ele estava achando graça de tudo, não era nem um pouco reconfortante.
Flê saiu da paralisia, apressando-se para oferecer-lhe a mão após limpá-la algumas vezes em seu avental.
– Boa tarde, senhor. Senhorita? Já passei dessa idade – entretanto, um sorriso discreto aparecia em seu rosto. Ele já havia conquistado o coração de minha segunda mãe.
Ela me deu uma olhada rápida em uma mistura de pedido de desculpa e aprovação.
– Não estou de acordo – ele insistiu, faturando mais alguns pontos – Aproveito para acrescentar que é um prazer conhece-la, ouvi falar muito bem da sua pessoa.
O sorriso de Flê ficava mais evidente a cada segundo, como uma mãe orgulhosa da escolha da filha. Ele era maravilhoso, não havia como negar.
– Idem!
Justin me deu uma olhadinha, adorando o fato de Flê estar jogando todas as cartas na mesa, me expondo sem perceber.
– Tudo bem, vamos praticar um pouco de música lá em cima – cortei os assuntos e saí na frente, esperando que ele me seguisse.
Foi um alívio ouvir seus passos atrás de mim, mas desagradável o fato de palavras tão inadequadas saíram de sua boca:
– Gostei dela. Bem transparente.
Joguei um olhar feio para sua expressão engraçadinha.
– O que? Estão brigadas? – se fez de desentendido.
Revirei os olhos e continuei subindo as escadas, deixando-o refletir em meu silêncio – por falta de palavras – o quanto estava sendo grosseiro.
– Ual – exclamou adentrando a sala de estar que armazenava nossos instrumentos.
Havia uma bateria, piano, violão, guitarra e meu violino, além de dois sofás beges. Eleonor gostava de ficar aqui enquanto Caleb e eu ensaiávamos alguma música juntos. A geladeira pequenina havia sido ideia minha para quando estivéssemos com fome ou sede – evitando descer os dois andares.
– Não deveria ter ficado impressionado, não é segredo a variedade dos bens dos Evans – completou.
– Então você não tem instrumentos?
– Tenho os que eu toco, mas particularmente invejo este piano de calda – sua mão passeou pelo instrumento preto, os olhos cintilando de admiração.
– Minha mãe gosta de tocar.
Ele se sentou no banquinho, levantando o tampão para tocar as teclas brancas levemente.
– Então, pensou em alguma música?
Virei todo o corpo de costas para ele, como se precisasse para pegar o violino.
Eu deveria contar?
– Hm... Chama Enchated. Você sabe ler partitura?
– Sei sim. Onde está?
Não é grande coisa, Faith.
Abri a capa do violino e tirei a folha com receio, me voltei a ele e depositei em sua mão estendida. Eu havia encontrado a música na semana anterior, antes de saber que eu estava apaixonada, então não havia como ser uma denuncia do grau altíssimo de minha queimadura, havia?
Observei temerosa sua fisionomia enquanto ele dava uma olhada no papel, sua testa franzida de concentração não transpareceu nada do que pensava muito menos o suspiro quando terminou de ler.
– Parece simples. Sabe cantar?
– Hmm...
Ele tocou a primeira nota, me esperando guia-lo na melodia. Era uma péssima ideia, eu deveria saber.
Respirei fundo, tomando como incentivo o fato de seus olhos estarem fissurados na folha. Deixei as notas fluírem sob meus dedos, acompanhando com minha voz e repetindo a mim mesma que eu estava sozinha.
Era constrangedor, era muito constrangedor. Meu rosto ardia de tal forma que pensei ser capaz de incendiar o instrumento.
– Por favor, não tenha ninguém esperando por você – concluí com alívio.
– Gostei – Justin deu um sorrisinho, ainda evitando contato visual. Se seu intuito era me deixar o menos desconfortável possível, estava funcionando – Vamos lá, acho que entendi.
Fiquei impressionada com a habilidade dele quando começamos novamente, foram poucas as notas que errou, como se fosse uma canção que costumava tocar e apenas enferrujara pela mudança de repertório.
Tentamos repetidas vezes, imediatamente fui transportada para o paraíso assim que ele começou a cantar junto e assim ficamos até chegar o mais perto da perfeição possível, pelo menos sem errar nota alguma, harmonizados. Meu coração se enchia de tal forma com a simplicidade, mas plenitude do momento, que era capaz de explodir. Aproveitei para contemplá-lo agraciada por sua extrema dedicação ao que tocava.
Será que ele percebia que eu estava praticamente me declarando?
– O que acha? Estamos prontos para fazer um show? – ele deu um sorriso, me estendendo a mão para um cumprimento de camaradagem.
Fizemos um toque e ele olhou o relógio no pulso em seguida. Sua careta foi perceptível.
– A hora está avançando um pouco rápido, não acha?
Seria inapropriado admitir que todas as vezes que estava ao seu lado o tempo passava indistinto, então apenas concordei com a cabeça, temendo que suas próximas palavras fossem de despedida. Quanto mais eu passava ao seu lado, mais eu queria. Parecia um ciclo sem fim, e o pior era não saber com toda certeza que ele sentia o mesmo. Um coração acelerado poderia muito bem significar apenas uma atração moderada. Seria errado querer mais do que isso dele?
Justin viu as oscilações de humor em meu rosto, deixando um rastro desalinhado em seu próprio. Ele sabiamente resolveu ignorar, desviando a cabeça pra o piano novamente. Desejei me transformar no instrumento por um instante, já que desde que entrara na sala era alvo exclusivo dos olhos cor de mel. Por um tempo que pareceu eterno, ele encarou o monte de madeira e cordas sem me dirigir uma palavra. Minhas paranoias entraram em ação por isto.
Será que ele vira em meu rosto o quão doente eu estava por ele e não sabia o que dizer? Será que não sabia como me dizer que não sentia o mesmo? Talvez estivesse formulando uma maneira de dizer que nunca mais nos veríamos por achar que seria melhor para meu estado mental. Ou que eu estava atrapalhando sua vida e por isso não me queria mais nela.
Meus ombros não relaxaram quando ele respirou fundo, eliminando a hipótese de que havia dormido em pé ou morrido instantaneamente.
O impulso foi mais forte do que eu:
– Você gostaria de me acompanhar no brunch de amanhã? – as palavras se atropelaram em minha boca, despejando tudo antes que meu superego intervisse.
Finalmente seus olhos caíram sobre mim, mas desnorteados.
– O que?
Não acreditei que seria obrigada a repetir aquilo de novo, era um desastre. Comecei a guardar o violino na capa de novo, mantendo meus olhos distantes dele para que pudesse aparentar indiferença no convite. Caso ele dissesse não eu não seria moralmente destruída.
– Bom, amanhã terá esse brunch da minha mãe com as amigas dela e ela pediu que... Convidássemos amigos. Hanna e Wren estarão aqui e ela disse para abrir o convite para você também – não era totalmente mentira, eu só me daria muito mal se começassem a fazer perguntas de como começamos nosso relacionamento.
De qualquer forma, optei por omitir a informação completa. Isso poderia muito bem influencia-lo na decisão.
Ele levou alguns segundos.
– Hmm.... Acho que sim. Que horas devo estar aqui?
Não sorria Faith, não sorria.
– Umas dez horas está bom.
–Tudo bem.
Fechei o zíper da capa e olhei pra ele.
– Virá mesmo?
E por aí se ia todo o meu disfarce de desapego.
Ele pensou um pouco e se levantou com uma expressão seria, caminhando até mim. Não recuei, embora fosse o impulso do meu corpo, relacionando os movimentos com uma possível fratura emocional. Quando estávamos perto o suficiente para misturar nossas respirações, seus olhos caíram para minha boca, a mão erguendo-se para meu queixo, o dedão passando levemente sobre meu lábio. Senti seu toque também no meu braço, os dedos dedilhando ali como outrora fizeram com o piano.
– Faith, gostaria que entendesse uma coisa – sua voz baixa batia em meu rosto, terminando de pisotear todas as minhas estruturas – minha palavra não é algo que eu possa descartar – seu tom de seriedade arrepiou todos os fios existentes em meu corpo.
Meu cérebro enviou o comando para que minha cabeça acenasse levemente, mas não pude perceber se o movimento se concretizara entorpecida por seu toque.
– Você entende isso? – ele insistiu. Desta forma, entendi que a desordem estava pior do que eu pensava.
Para não arriscar, resolvi responder em palavras, esforçando-me para serem audíveis.
– Sim – minha voz trêmula denunciava minha situação, mas ele não fez graça disso, nem ao menos esboçou um sorriso.
– Assim sendo, eu gostaria de avisá-la que não estou mais conseguindo conter. Não há distrações o suficiente para que nos salve deste erro – a dor em sua voz chicoteou seu rosto, expressando todo o esforço que ele fazia para dominar o que quer que fosse.
Não entendi ao que se referia, e não tive oportunidade de perguntar, sua boca desesperadamente se pressionou contra a minha, numa urgência inconfundível e incontestável. Toda a delicadeza dos primeiros beijos havia desaparecido, dando liberdade para que seu corpo buscasse o que queria. Seu braço apertou forte minha cintura contra a sua, florescendo seu inverno em meu estômago, me fazendo entender pela primeira vez o que era ser outono. O calor de seu corpo queimava o meu exterior enquanto o gelo do seu âmago consumia minhas veias. E ah, como eu adorava ser outono.
Ele mordeu minha boca antes de descer seus beijos até meu pescoço, mordiscando minha pele entre um intervalo e outro, me levando ao ápice da perdição. Agarrei-me em suas costas, temendo que desfalecesse, e isto intensificou seu anseio, fazendo-o firmar mais a mão em minha cintura enquanto a outra se emaranhava em meu cabelo. Como se a proximidade não fosse suficiente, Justin me conduziu, cambaleante, até a parede, pressionando-se contra mim e me puxando para seu colo.
Eu não conseguia respirar.
Ofegante, tomei seus lábios novamente nos meus, concentrando as duas mãos em seu cabelo, representando o caos que eu sentia dentro de mim. Ele apertou minhas coxas com propriedade, longe de satisfazer seus desejos.
– Faith? – as batidas na porta nos sobressaltaram, fazendo com que ele me soltasse imediatamente.
Era Caleb. Eu não conseguiria falar, o que ele iria pensar?!
Respirei fundo, acumulando o máximo de controle que eu podia enquanto Justin organizava seu cabelo comprimindo os lábios.
– Oi? – não ficara tão feio.
Controlei mais a respiração, me certificando que estava apresentável.
– Posso entrar?
NÃO!
Olhei para Justin com pavor, ele claramente já estava estável, a expressão nada denunciava, mas sua respiração um pouco mais descompassada que o normal bastaria para brotar a suspeita em meu irmão. Ele me passou um sorrisinho confiante e foi se sentar no piano de novo.
– Claro.
Tomei ar, preparando-me.
A porta se abriu lentamente, como se ele estivesse com receio, infelizmente não o suficiente para impedi-lo de entrar. A expectativa estava clara em seu rosto, afinal conheceria o responsável por minhas noites de insônia. Sua primeira reação foi analisar a distancia entre nós dois, depois minha expressão. Vi a confusão na sua, depois que continha uma risada.
– Justin Bieber, é um prazer finalmente conhece-lo. – ele se aproximou, estendendo a mão – Espero não estar atrapalhando – descarado.
– Caleb Evans, igualmente – Justin se levantou, aceitando o cumprimento – Imagina, estávamos apenas tocando algumas musicas. Fiquei sabendo que você também toca, quem sabe poderíamos trabalhar em uma canção nós três.
– Claro. Seria um prazer.
– Infelizmente agora devo realizar algumas tarefas que meu trabalho exige, mas espero que possamos nos reencontrar.
Xinguei Caleb com todas as minhas forças em minha mente por expulsá-lo de casa, fitei o chão para não transmitir toda minha insatisfação.
– Que pena. Imagino que Faith te informou do brunch amanhã, sua presença seria inestimável.
– Fico lisonjeado.
Os dois sorriram com cordialidade. Intrometi-me antes que Caleb abrisse o bico para estragar mais alguma coisa:
– Vou levar Justin até a porta, por que não ensaia aquela musica que ficamos de apresentar para nossa mãe? – inventei a ultima parte, como um claro ‘desconvite’ da presença de meu irmãozinho.
Ele assentiu dramaticamente, com um sorriso prestes a se transformar numa risada.
– Tudo bem. Volte sempre, cara.
Justin curvou a cabeça rapidamente, se retirando atrás de mim. Descemos as escadas em silÊncio, suspeitando que Caleb espiasse por nossas costas. Agradeci por Flê não estar à vista quando chegamos ao primeiro andar. Encostei a porta atrás de mim assim que saímos de casa e escutei a risadinha ecoar pelo começo da noite.
Eu estava constrangida demais para achar graça da situação, mas ao ver que Justin quase gargalhava não pude me conter.
– Seu irmão é bem conveniente, não?
– Acho que tenho que pedir desculpas por isso – reconheci com a testa franzida – E agradecer por tudo mais.
Ele balançou a cabeça, descartando minhas preocupações.
– Não se incomode. Bom, espero que tenha uma boa noite.
– Você sabe que não precisa ir agora, certo?
Eu estava oficialmente desistindo das travas na língua.
Seu sorrisinho era de satisfação, mas em seguida alguma coisa mudou, tornando-o mais serio. Eu podia sonhar que era com o abatimento de ter que ir.
– Agradeço por me deixar desfrutar tanto da sua presença Faith, eu espero que saiba o quanto é valiosa – sua mão se estendeu para meu rosto, acariciando minha bochecha quase sem tocar.
Como uma boa inútil, não soube como responder.
Ele se demorou ali, enxergando minhas reações em meus olhos.
– Acho que é até amanhã.
Animei-me com a ideia, lembrando-me que não era uma despedida tão longa. Permiti um sorriso de esperança, refletindo um pequeno em seu rosto.
Mais depressa do que eu teria imaginado, ele virou as costas, se distanciando. Vi suas costas se erigirem, restaurando sua capa superficial para o mundo, que aos poucos eu retirava. Ele entrou em seu carro, não antes de me lançar um olhar que tanto dizia, mas que eu não conseguia ler, talvez se visse por mais tempo...
Observei o carro sumir no horizonte, novamente insatisfeita. Era sexta feira à noite, ele tinha mesmo que partir agora?
– Meu Deus do Céu não é que ela realmente está apaixonada? – levei um susto quando a voz escandalosa de Caleb surgiu de trás de mim e ele segurou em meus ombros.
Virei-me imediatamente para ele, estapeando seu peito.
– Seu inútil!!!
Sua gargalhada tão contida explodiu, aumentando minha fúria.
– Desculpa... Irmãzinha... Como... Eu iria saber... Que vocês estavam... Se pegando? – as palavras saíram entrecortadas, ele mal conseguia se manter em pé do tanto que ria.
Soquei seu braço, grunhindo, mas ele não parava de rir. Acabei me deixando contagiar, e ficamos rindo por algum tempo como dois malucos em frente nossa casa.
– Mas serio... Agora eu entendi toda sua fixação. Bem bonito seu homem – ele disse depois de conseguir se controlar um pouco.
Revirei os olhos para sua cara e lhe dei mais um tapa. Para que inimigo quando se tem um irmão estraga prazeres?


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A musica é da Taylor Swift, mt os dois <3

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