Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

One Life 17

– Não acho que seja o melhor momento para contar a eles – expus quando ele perguntou sobre meus planos de mudar de curso.
– Faith, se você esperar muito vai ser prejudicada. Sei que consegue dizer a eles.
Ele deveria parar de ser amável para facilitar meu processo de “despaixonalização”.
– Claro. Mas será que não seria bom esperar pelo menos o fim do semestre? Eu posso contar no final do ano, a época em que podemos fazer as mudanças na faculdade.
– Você deve prepara-los para que sua decisão não seja um choque e te faça perder a oportunidade. Tem certeza que quer mudar de curso?
Considerei o argumento, concluindo que ele estava certo.
– Tenho. Eu gosto de pintar, mas como um hobby. Não me vejo sobrevivendo disso.
– Entendo.
Parei o carro no meio fio em frente minha casa, sentindo o desânimo dominar meu estado de espírito. Esse vício me deixaria louca.
Ele respirou fundo e me deu um sorrisinho.
– Quero te levar a um lugar amanhã.
Essas palavras saciaram parte do meu frenesi, não o bastante para que eu o deixasse partir.
– O que você tem em mente?
– Uma surpresa. Na mesma hora de hoje.
Eu já estava ansiosa o suficiente para que ele fizesse isso comigo. Não era justo. De qualquer forma, seus olhos bem humorados me avisavam que eu não conseguiria lhe arrancar nenhuma informação.
– Tudo bem.
Não pude resistir ao impulso de ficar o admirando em meu silêncio interior bagunçado. Justin era a prova viva da existência de Deus. Só um deus poderia criar uma beleza assim.
Estava tão absorta em meus delírios que não percebi que ele reparava em meus olhares de fascinação.
– O que foi? – perguntou curioso.
Isso Faith, pareça uma maluca e o deixe descobrir que seu coração bate agora com um propósito humano impulsivo.
O sangue subiu ao meu rosto num jato e desviei a cabeça.
– Nada.
Será que ele sabia o quanto seu silêncio falava? Muito mais do que quando sua boca proferia palavras planejadas e vazias. No momento, por exemplo, ele se perguntava qual problema eu tinha na cabeça. E se chegasse à conclusão certa, estaria rindo da minha estupidez.
– Já que é assim, lamento ter que ir. Obrigado por seu tempo precioso, Evans. Foi um prazer acompanha-la.
E lá estava toda a formalidade distante e fria que ia e voltava sem aviso prévio. Seria diferente se ele soubesse a verdade? Olhei para seu rosto com insatisfação, tentando adivinhar o motivo de sempre senti-lo escapar entre meus dedos.
Ele não percebeu minha expressão e pegou minha mão, no intuito de beijá-la como uma despedida. Só consegui pensar no sorriso da loira oxigenada do cartório, então rapidamente retirei a mão da sua. Pelo amor de Deus, já havíamos nos beijado, não deveria haver um pouco mais de intimidade entre nós?
– Não quero mais que faça isso – as palavras escapuliram da minha boca rápido demais para que eu as contivesse.
– E qual seria o motivo? – se sobressaltou.
Xinguei-me mentalmente, formulando uma resposta plausível. Nunca apareceu uma, portanto ficamos nos encarando.
Eu queria chorar. Ele não sentia mesmo necessidade de ter um contato maior comigo? Baixei meu olhar para a aliança fajuta em meu dedo, a qual eu havia tomado o maior cuidado para não desfazer, a sua já havia desaparecido. Senti-me uma idiota por ter esperanças que realmente se interessasse por mim. Suas palavras sobre mim não passavam de mera educação.
Meu coração apertou de uma forma estranha e quis ficar longe dele. Pigarreei para que pudesse falar.
– Eu tenho que entrar – desci do carro, planejando deixa-lo ali mesmo.
Escutei quando Justin desceu, mas não olhei, incapaz de encará-lo.
- Boa noite.
Ativei o alarme do carro assim que ouvi a porta se fechar e me apressei para entrar em casa.
– Faith? – Flê me chamou casa a dentro.
Reuni toda a minha tristeza no fundo do estomago e segui o som de sua voz.
– Aqui.
Ela estava na cozinha, já preparando o jantar.
– Como foi no orfanato, menina? – perguntou empolgada, ainda sem me olhar.
Tirei o matinho verde do meu dedo, colocando dentro de minha bolsa, meio nostálgica.
– Foi legal. As crianças ficaram bem felizes.
– Hmm, só elas?
Claro que Fleur já havia reparado em minha depressão momentânea.
Resolvi ajuda-la com o jantar, desabafando finalmente sobre os últimos acontecimentos da minha vida, os quais ocupavam boa parte da minha mente ultimamente. Flê ouviu tudo calada, só opinando quando teve certeza que eu terminara e pedi que me concedesse um pouco de sua sabedoria.
– Ele parece ser uma pessoa indecisa, então se você está disposta a entrar nessa, deve ter consciência de que vai sozinha.
– Como?
– Você pode muito bem mergulhar de cabeça nesse sentimento e bater a cara no concreto ao descobrir que era uma piscina rasa.
Se houvesse uma piscina dentro do que ele sentia por mim, com certeza era rasa. Só que havia um problema...
– Eu não acho que tenha escolhas mais – admiti frustrada.
– Escolha do que, minha querida? – a voz do meu pai entrou na cozinha primeiro que ele.
Esse não era um assunto que eu gostaria de compartilhar com meus pais. Foi difícil fazer com que parassem de perguntar sobre Bieber nas duas semanas que desaparecera, e eu não estava a fim de destruir todo o meu trabalho.
– De ouvir Hanna falando sobre Wren – menti, me esticando para abraça-lo.
E assim acabou o meu momento de terapia com Flê, era muito arriscar dizer alguma coisa que pudessem ouvir. Inicialmente achei que era sorte Eleonor estar bem falante, empolgada com o brunch que faria com suas amigas do ensino médio. As ideias ferviam em sua cabeça e ela tinha que colocar pra fora. Meu sábado então já estava comprometido, seria o dia de encenar a família perfeita influente que ‘éramos’.
–... Quem você vai trazer, Faith? – seu sorriso de expectativa se direcionou a mim.
Refiz os últimos segundos em minha cabeça, buscando qual era a pergunta que eu perdera.
– Claro, Caleb traz a Cassie, eu sugeriria que você trouxesse Wren, mas como ele está namorando Hanna seria péssimo para sua imagem.
Minha imagem apenas? E quanto a minha amizade com Hanna?
– Os Peters já estão convidados de qualquer forma, provavelmente ele virá com Hanna. Precisamos de alguém para você. Não tem mesmo mais contato com o bonitinho que comprou o quadro? Vocês ficariam ótimos nas fotos.
Eu engasguei com o frango, a ideia entalando em minha garganta.
Todos os olhares caíram sobre mim e minha reação idiota. Eu havia batalhado tanto para enterrar esse assunto!
Caleb já começava a abrir um sorriso malicioso, eu quase podia ver as ideias nada inocentes pintando o quadro em sua mente.
– Bieber? – até meu pai passou a se interessar na conversa.
Consegui desengasgar e tomei um gole de água antes de responder.
– É. Eu não o vejo faz um tempo – no máximo uma hora, acrescentei mentalmente.
Meu irmão era o único a não se deixar convencer, me encarando acusador do outro lado da mesa.
– Que pena, mas pense em alguém, precisamos de um bom partido.
Revirei os olhos com tédio. Quando se tratava de reuniões com os antigos colegas, a competição era grande para ver quem vencera na vida. Por algum motivo desconhecido, para o sucesso, os filhos deveriam ter alguém promissor como parceiro. Era imaginável a decepção se soubessem que nem uma carreira bem resolvida eu tinha.
Retirei-me da mesa logo que terminei, fugindo de toda aquela futilidade sem fim. Antes que eu pudesse me refugiar em meu quarto, Caleb me parou no meio do corredor.
– Pode começar a falar, maninha – exigiu, cruzando os braços, esbanjando confiança.
Fiz careta para sua carinha convencida. Não conseguíamos nos enganar, tínhamos apenas um ao outro como refugio desde sempre, portanto isso nos dava alguns privilégios.
– Falar o que?
– Desde quando está vendo ele de novo? Seria do aniversário da Clarissa?
Entreguei-me quando deixei transparecer a perplexidade pelo chute certeiro.
– Você esqueceu que Clarissa era a dona da festa e não saía do meu pé? Claro que ela ficou sabendo o que aconteceu e consequentemente me contou. Liguei sua cara amarrada de duas semanas à raiva de quando encontrou o cara das batatas te impedindo de beijar Charles. Sei que era ele pela descrição. Aliás, já acho que está na hora de conhecê-lo, o negócio parece estar ficando serio.
Caleb podia ser bem inteligente quando queria. Isso não era necessariamente vantajoso para mim no momento.
Não havia escapatórias, deixei os ombros relaxarem, derrotada.
– Saímos ontem e hoje – confessei de uma vez.
Ele sorriu com presunção.
– Claro que saíram. Se beijaram? – sua tranquilidade para a pergunta era quase ofensiva para mim. Por que para todos parecia uma coisa tão banal, menos para mim?
– Você pergunta uma coisa dessas no meio do corredor?!
Caleb se mostrou entediado, menosprezando minhas preocupações.
– Eles estão lá embaixo, não vão ouvir. Mas sua reação já me dá uma resposta afirmativa...
Revirei os olhos para sua fisionomia sugestiva, prosseguindo para meu destino. Escutei sua risada atrás de mim.
– Sabia! Como se sente quanto a isso? A boca dele tem gosto de batatas? – debochou.
– Por que, Caleb? Estaria interessado? – contra-ataquei.
– Você já está com ciúmes? Então o negócio é serio mesmo.
Dei-lhe um tapa no braço por tamanha ousadia enquanto ele ria.
– Se quer que eu te conte como me sinto sobre isso, vai ter que me contar sobre Cassie. E aí? Você escolhe – abri a porta do meu quarto, indicando que entrasse para compartilharmos nossos segredos nada secretos.
Seu dedão e o indicador apertaram minha bochecha esquerda.
– Suas atitudes já me disseram coisas que nem mesmo perguntei, Faith. Só peço que me deixe conhecer meu cunhado.
Estapeei sua mão, então ele correu para seu quarto, rindo da minha cara.
– Não brinque com fogo, Caleb!
– Você é quem está mais perto de se queimar, irmãzinha! – ele disse rápido antes de fechar a porta do seu quarto, me deixando sem chance de revidar.
Que absurdo!
Estaria tão claro assim que eu estava na fossa?
Mesmo que fosse como um déjà vu, o sentimento de pânico me deixou paralisada quando vi um ser humano sentado em meu sofá. Isso não poderia significar uma coisa boa, quando eu de fato estivesse em perigo deveria ser capaz de uma reação para minha sobrevivência, enraizar no chão me levaria à morte certa.
Certifiquei-me de fechar a porta e trancar antes de desfiar broncas para o modelo de beleza entalhado em meu quarto. Ele parecia tranquilo, olhando e brincando com o livro de registro furtado em suas mãos.
– O que raios você está fazendo no meu quarto? De novo? – fiz o máximo parecido com um grito que eu poderia fazer num sussurro.
Infelizmente eu não era tão burra assim para confundir o que meu corpo expressou com pânico contínuo quando seus olhos se levantaram para mim. Se assim fosse possível dizer, seu olhar estava quente.
A relação fez com que eu me lembrasse da conversa de poucos segundos atrás. Outro sentimento de medo me tomou, e se ele houvesse escutado? O que pensaria disso? E se Caleb tivesse aceitado meu trato?
Justin deixou o livro ao seu lado no sofá e levantou, vindo até mim.
– Você tem medo de se queimar, Faith? – perguntou baixo, atento à minha expressão.
Droga. Ele havia escutado.
Engoli em seco, esperando um insight salvador da pátria.
Não conte a ele, Faith, não conte...
- Já me queimei – revelei quase sem deixar escapar algum som, temendo que pudesse ser capturado e armazenado naquele momento.
Merda de sinceridade inconveniente!
Desejei pegar as palavras de volta conforme sua expressão mudava, compreendendo nossa metáfora. Ele não podia entender realmente que eu estava apaixonada, podia?
Justin suspirou, decidindo o que fazer com a informação, e eu nunca me sentira tanto como uma barata na vida, como se ele tivesse o poder de pisar em mim dependendo do seu veredito.
Sua mão levantou até minha bochecha e minha pele queimou em contato com a sua, consumindo todo o calor que eu poderia receber dele.
– Sei o que você quer – me contou despreocupado, a outra mão se fixando em minha cintura, me puxando devagar para o encaixe do seu corpo?
Fiquei um pouco mais nervosa.
– Sabe?
Como ele poderia saber algo que nem eu sabia?
Justin desceu a mão de minha bochecha para meu queixo, depois para meu pescoço, acompanhando sua trilha com os olhos, como se algo muito interessante acontecesse quando sua pele tocava a minha. Com efeito, acontecia, mas eu não sabia que ele podia ver. Toda minha essência acompanhava seu movimento; eu poderia facilmente ser destruída.
– Sei. Porque... – a palma de sua mão terminou na região do meu coração que foi a loucura com o contato. Constrangi-me que ele pudesse perceber toda sua influência sobre mim – eu também o sinto.
Ele soltou minha cintura, segurando minha mão e direcionando ao peito dele. Não soube identificar minha reação quando senti sua pulsação tão acelerada quanto a minha. Nossos corações batiam como se fossem um.
Não soube o que responder, não achei que existissem palavras a serem ditas no momento. Havia outro jeito de lidar com aquele tempo parcial.
Insegura, levei minha mão ao seu rosto, fazendo com que ele olhasse para mim. Senti-me mais confiante quando identifiquei um pouco de medo escapar de suas defesas, talvez até mesmo o que estava me enlouquecendo.
Esperei que ele reagisse, se afastasse, qualquer coisa. Como nada aconteceu, puxei seu rosto para mim e o beijei, desejando que sempre fosse especial assim quando nos tocássemos. A textura de seus lábios me atordoou, enevoando meu cérebro, mas deixando intacta a percepção de que eu estava tendo, enfim, tudo dele. Não consegui sentir meus membros, sem noção alguma do que estava fazendo, perdida no paraíso que ele próprio fazia para mim.
Justin afastou o rosto, me fitando com uma batalha de emoções em seus olhos. Eu o entendia. Tudo era muito confuso para mim também.
– Era assim que deveríamos ter nos despedido hoje, não é? – adivinhou.
Cerrei meus lábios para não me entregar, mas era tarde, ele sabia, seu sorriso falava.
– Também prefiro que seja assim.
Tentei não sorrir, não funcionou.
Ele acariciou minha bochecha como se eu fosse de porcelana, atônito com o que acontecia.
– Tenho que te contar – me lembrei.
Soltei-me dele de mal gosto, mas segurei em sua mão, incapaz de quebrar totalmente nosso contato. O puxei para a sacada, apontando para minha nova estrela preferida.
– Decidi um nome.
Seus olhos saíram rapidamente do meu rosto para ver o que eu apontava.
– E qual é?
Seria muito cedo para dizer? Não era grande coisa, era? Aliás, antes mesmo de eu admitir que estava apaixonada havia decidido o nome.
De qualquer forma, meus impulsos estavam aflorados demais para que eu pudesse conter alguma coisa.
– Faithin.
Ele não me olhou, com o maxilar travado e os olhos fissurados na estrela. Após um tempo, pensei que não havia entendido, ou pior, aprovado.
– Você tem as melhores ideias, não? Por isso quero te pedir uma coisa – seu sorriso mínimo me aliviou e ele me puxou para dentro.
Justin soltou minha mão e pegou o livro de registros, me estendendo com a testa franzida.
– Pode se encarregar de descobrir o que há aqui? Não vou ter tempo para fazer isso e acho realmente que o nome inteiro da minha mãe pode estar aí.
Fiquei perplexa com o pedido, emocionada que confiasse em mim para tal tarefa.
– Claro – peguei quase imediatamente o objeto de suas mãos, mal escutando a voz que me avisava o quanto me encrencaria se descobrissem que eu estava com o item desaparecido do cartório.
– Estarei eternamente em dívida com você.
Sorri para sua expressão preocupada, mostrando que estava tudo bem. Eu me esforçaria o máximo para descobrir o que havia por trás daqueles códigos idiotas.
– Você já jantou?
Eu não sabia há quanto tempo ele estava aqui dentro, já que demorei na cozinha. Fiquei inquieta por pensar que o deixei esperando.
– Sim, estou bem.
Assenti e me sentei no sofá, esperando que ele ficasse a vontade e não fosse embora tão cedo. Justin entendeu a deixa e sentou-se ao meu lado, pegando minha mão apoiada em meu colo e brincando com a mesma. Se ele soubesse o quanto aquele simples gesto me fazia bem...
– E então, criei muito caos na sua vida universitária? Como está aquele rapaz? – ele mal disfarçava seu ânimo.
Fuzilei seus olhos com os meus, brincando. Segui para um relato de como eu provavelmente seria assunto por pelo menos duas semanas. Ele pareceu orgulhoso de seus feitos. 

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