Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

One Life 16

Nem a aversão masculina para a brincadeira pôde conter a empolgação do poder feminino mirim. Yasmin amarrou sua blusa branca em minha cabeça como se fosse um véu; Emily colheu algumas flores do jardim e me deu com terra e tudo representando um buquê; transformaram pedaços de mato em alianças; Dan se autodenominou o padre e não havia quem conseguisse impedi-lo, o mesmo com Yasmin para ser a florista e Maxon para levar as ‘alianças’.
Justin foi obrigado a ficar de costas para não ver a “noiva” antes que o casamento começasse.
– E que comece o casamento! – Dan exclamou com empolgação.
Todos eles começaram a cantarolar a marcha nupcial, cada um em um tom diferente e dando risadinhas por isso. Camile – como se fosse uma cerimonialista – desvirou Bieber e o conduziu ao corredor que as crianças faziam enquanto me escondiam atrás deles.
– E que entre a noiva!
– Você não precisa ficar dizendo isso e primeiro é a florista! – Yasmin correu para o corredor, jogando pétalas que ela arrancara, desfilando graciosamente e cantando ela mesma a clássica música de Whitney “Always Love you”.
Justin estava bem ao lado de Dan, a testa minimamente franzida e um sorriso engraçado no rosto. Ele estava um pouco desconfortável, era visível, mas eu não sabia dizer se era por estar a mercê de crianças, pela ideia de se casar ou por eu ser a noiva.
Yasmin terminou sua exibição, parando ao lado direito de Dan.
– E que entre a noiva! – ele anunciou já segurando o riso, prevendo a careta que Yas lhe daria.
Saí de trás de Kai, adentrando o corredor de crianças enquanto eles cantarolavam a marcha nupcial outra vez. Por mais que fosse uma brincadeira idiota tive vontade de sair correndo dali, eu esperava que não fosse uma predeterminação do tipo de noiva que eu seria.
Justin me viu parada e olhou o véu improvisado em minha cabeça, dando uma risadinha em seguida. Ver seus olhos humorados dissolveu o sentimento que me plantara no chão, dei de ombros e comecei a caminhar até ele. Era estúpido, mas meu coração estava acelerando a cada passada.
Não tem importância, não tem importância. Repeti insistentemente em minha cabeça.
Não era como se ele realmente estivesse ali por desejar que eu fosse sua, como um símbolo de que me esperaria sempre, como se entre todos os rostos existentes o meu fosse o escolhido para que visse todos os dias ao acordar. E não era como se aquilo significasse algo para mim.
Pelo menos não deveria.
Parei em sua frente respirando fundo, ele pareceu confuso ao ver minha expressão.
– Dá as mãos vocês dois – Dan instruiu, exigente.
Justin deu uma risadinha e pegou minhas mãos com tranquilidade, como se de fato não se importasse, nos deixando frente a frente.
Surpreendi-me quando o ar entalou em minha garganta assim que os olhos calmos dele fitaram os meus, fazendo com que eu me perdesse ali, sem esperanças de um retorno, beirando a insanidade. Por que ele fazia com que eu me sentisse assim? Mergulhando cada vez mais fundo no oceano sem oxigênio, entrando numa casa incendiada sem proteção ou água para apagar o fogo, adentrando uma floresta sem trilha visível. Ele era a perdição em pessoa.
– Faith... – escutei sua voz vagar no ar e voltei para o momento presente, reparando que ele repetia as palavras de Dan – Eu vou te amar... – sua testa se franziu de novo com essa frase, dando um aperto no meu coração – Mesmo se você comer meus doces... Mesmo se quebrar meus brinquedos... Mesmo que corte o cabelo e faça birra.
Demos risada pelo teor do discurso. A verdade era que embora fosse infantil conseguira me afetar. Era o máximo que eu conseguiria que saísse de seus lábios um dia. Mas isso não importava.
– Sua vez Faith.
– Justin... Eu vou te amar... Mesmo se você comer meus doces... Mesmo se tirar a cabeça das minhas bonecas... e tirar meleca do nariz.
A risada foi geral, combinada com murmurinhos.
– Tudo bem, entre as alianças.
Justin olhou sorridente para o corredor enquanto eu tentava sobreviver diante a tempestade dentro de mim. Eu estava afundando, algum babaca jogara a âncora no oceano e ela me arrastava cada vez mais para baixo, se eu não queria mergulhar, iria forçada. O desespero tomou conta do meu peito gradualmente, o ar ficando cada vez mais escasso.
Os olhos castanhos procuraram os meus para compartilhar a piada que estávamos vivendo. Aquilo só podia mesmo ser piada. Ele era a maldita âncora me tirando da superfície fácil e leve, me levando para toda aquela incerteza sufocante e paralisante.
A percepção veio antes que eu pudesse impedir. Eu estava apaixonada.
Droga, droga, droga, droga, droga.
Admitir o sentimento me levou para mais fundo. Não havia luz, ar, nada, só ele com seu rosto desnorteante. Eu não lembrava de como era estar apaixonada, mas não parecia ser muito bom. Pior para ser com uma pessoa como ele.
Suas sobrancelhas se uniram para expressar sua confusão por conta do meu semblante provavelmente perturbado, forjei um sorriso e virei o rosto a tempo de ver Maxon concluir o caminho com alegria. As alianças estavam no meio da concha que fazia com as mãos.
–  O noivo pega a aliança e coloca na noiva.
Justin pegou um dos círculos verdes, segurando cuidadosamente entre seus dedos e passando em meu dedo anelar da mão esquerda.
Engoli em seco para dissolver o aperto em minha garganta. Não estava funcionando. De alguma forma estranha, aquele gesto parecia certo, e mesmo que aquele pedaço de mato fosse extremamente frágil, aparentava ter uma força tamanha invisível, um elo entre minha recente descoberta e minha sanidade.
–  Agora é a noiva.
Não vi se Justin me olhava, concentrada em deixar os olhos em qualquer lugar que ele não pudesse ver, temendo que descobrisse meu mais novo segredo. Tomei das mãos de Maxon a aliança com uma força desnecessária, tinha medo de deixa-la escorregar por meus dedos suados.
Repeti o movimento que ele fizera, sem conseguir deixar de imaginar o que aquilo era pra ele. Provavelmente nada mais do que uma brincadeira estúpida que fora coagido a participar.
–  E estão casados! – nossa miniatura de padre deu um pulo de empolgação, celebrando o fim da cerimônia mais rápida do mundo.
Por infortúnio perdi o controle, permitindo que meus olhos levantassem para meu ilusório marido. Justin achava graça de toda a situação, embora ainda indagasse o que meus traços revelavam. Se fosse por mim, ele nunca descobriria, não importava o clamor que meu corpo fizesse pelo seu, e não era pouco. O grito estava estampado em cada parte de mim, no meu estômago turbulento, na pulsação acelerada, na pele corada, nas mãos pegajosas e em meus olhos aflitos. Eu só podia torcer para que ele não ouvisse.
–  Agora o noivo beija a noiva! – Camile gritou, escutando muitas reclamações dos nossos convidados.
Embora o hipotético beijo não fosse na boca – provavelmente – aderi a massa contra, e quando investiguei qual era a posição de Justin sua atenção estava em alguma coisa por cima do meu ombro. Sua fisionomia se fechou.
–  Merda – ele mal abriu a boca para dizer, mesmo assim a palavra era feroz.
–  Justin – repreendi, olhando para os lados me certificando de que as crianças não ouviram.
Quis me virar para ver o que ele estava olhando, mas sua fala me chamou a atenção:
–  Agora que o casamento aconteceu, eu e minha esposa precisamos ir para a lua e mel.
–  ECA! – eles fizeram cara de nojo, murmurando em uníssono.
Franzi a testa. Vamos onde?
Abafei a sensação agradável por ouvi-lo me chamar de “minha esposa”. Era uma sentença bonita, poderia ser titulo de livro.
Seu braço enlaçou o meu rapidamente e ele fez uma reverência.
–  Apreciamos a companhia de vocês, mas temos que partir.
Fingi um sorriso e me aproximei disfarçadamente de seu ouvido. Não foi boa estratégia, ele tinha um cheiro impossível de ignorar.
–  O que está fazendo? – sussurrei entredentes.
–  Precisamos ir embora agora – sussurrou de volta com pressa.
–  Por quê? – me espantei com a notícia repentina e fiz menção de olhar para trás.
Ele segurou meu rosto, dando um beijo em minha bochecha, para prosseguir com a encenação. Desejei que tudo aquilo dentro de mim também fosse fictício.
–  Confie em mim, Faith, e vamos agora.
Alguma coisa em sua voz me indicava que eu não tinha escolha, ele estava inflexível e eu não duvidava que me carregasse para fora se fosse necessário.
Suspirei de insatisfação, cedendo.
–  Outro dia volto para visitar vocês, tudo bem? Deem um abraço aqui – me soltei de Justin e abri os braços, escutando reclamações de como estava cedo para partir.
De qualquer forma eles vieram para um abraço em grupo, e para nossa surpresa, Justin foi incluído.
–  Você vai vim também Justin? – Maxon olhou esperançoso.
Ele não esperava por essa, um jorro de emoções passou por seu rosto, experimentando qual seria a reação adequada. Por fim, esboçou um sorrisinho e bateu duas vezes na cabeça de Maxon sem jeito.
–  Verei o que posso fazer. Agora com licença, crianças. Se cuidem – sua mão agarrou a minha e quase perdi o equilíbrio quando ele me puxou rápido demais, deixando para trás rostos insatisfeitos e chorosos.
Cambaleei atrás dele, tentando acompanha-lo. Sua postura estava ereta e o rosto aparentemente tranquilo, mas eu conseguia ver sua rigidez.
–  O que está acontecendo? – tentei de novo.
Ele não disse nada, apenas arrancou a blusa de Yasmin da minha cabeça e colocou na mesa de Melissa.
–  É da Yasmin, agradecemos a sua hospitalidade. Foi um prazer conhecê-la.
Melissa mal notava que nos aproximávamos, então antes que pudesse pensar em dizer alguma coisa já passávamos pela porta.
–  Ei, eu tinha que fazer a doação! – protestei.
Ele só parou quando chegamos em frente ao meu carro, soltando minha mão e me estendendo a sua.
–  A chave.
–  É o que? –  arregalei meus olhos para sua audácia, esperando que ele entendesse o quanto aquilo estava sendo um absurdo.
–  Faith, eu preciso da chave – ele se esforçou para deixar a voz suave, ainda assim eu podia ouvir a ameaça indireta nela.
Cruzei os braços, indignada. Eu não gostava de ser obrigada a fazer coisas.
Justin respirou fundo, invocando toda a paciência que tinha em seu corpo.
–  Você dirigiu na vinda, eu dirijo na volta. Vou te levar para um lugar – explicou persuasivo, a impaciência transbordando em seus olhos.
–  Eu ainda não fiz a doação, não me despedi direito das crianças e você pede a chave? Isso tudo sem me dizer o que está acontecendo?
Ele fechou os olhos com uma força que enrugou sua testa, em seguida esfregou os dedos nas têmporas.
–  Faith. Você pode, por favor, deixar as perguntas para depois? Eu só preciso sair daqui agora.
Eu nunca o vira tão perturbado. Isso atiçou minha desconfiança.
Dobrei meu orgulho apenas por ele ter pedido por favor, então peguei a chave em minha bolsa transversal e estendi em sua direção. Assim que ouviu barulho, seus olhos se abriram e sua mão apanhou o objeto com agilidade.
Dei a volta no carro sem olhá-lo, ainda emburrada. Antes que pudesse colocar o cinto ele já cantava pneus.
- Aonde vamos? – exigi saber ao menos meu destino.
Ele olhou no retrovisor antes de responder.
- No cartório.
- Cartório? Está com pressa para ir ao cartório?
O velocímetro subia rapidamente, me deixando em alerta. Se ele ultrapasse 110 eu faria com que freasse.
- Tenho hora marcada.
Isso não fazia o menor sentido. A menos que ele quisesse oficializar nosso casamento. Essa fantasia me distraiu por segundos.
Observei seu rosto, procurando indícios de que mentia ou escondia alguma coisa de mim. O maxilar estava travado – que Deus me ajude –, os olhos atentos ao trânsito como se fosse a primeira vez que dirigia. Parabéns Faith Evans, você se apaixonou por um completo louco, bipolar, inconstante.
Desviei os olhos dele, aquilo não estava me fazendo nada bem.
–  Vai me contar? – incentivei, desprovida de outros meios para que me explicasse.
–  Quando chegarmos você vai entender.
Afundei no banco com a frustração me corroendo. Os últimos momentos foram completamente emocionantes para uma cabeça só não ficar atordoada. Ele era desprovido de coerência, e minha atração por uma coisa dessas não podia ser um bom sinal.
Desci do carro assim que estacionamos, feliz por chegar viva já que ele dirigia de acordo com sua reputação.
Justin abriu a porta do cartório pra mim, e eu apenas entrei sem olhar. O lugar estava lotado, o visor marcava a senha 113 e todos os bancos de espera estavam ocupados. O distribuidor de senhas mostrava que a próxima disponível era 210.
Minha inquietude para esperas estava prestes a me fazer dar outro ataque com o louco ao meu lado quando o vi se dirigir diretamente à mulher da recepção. Ele se inclinou e eu me aproximei para entender o que acontecia. Por um acaso estava tendo um affair logo após casar comigo?
–  ... Um prazer, senhor Bieber – ela lhe entregou uma chave, o rosto todo iluminado por um sorriso de expectativa.
Como se não bastasse, ele tinha que pegar a mão dela para dar um beijo, com aquela mesma expressão simpática de conceder desejos. Em seguida, se virou para mim e me chamou com a mão para que o acompanhasse.
O segui, mas sem deixar de perceber o olhar de deboche da mulher sobre mim, centrado em meu cabelo. Devolvi um olhar rude, saindo de seu campo de visão ao descer as escadas do lado esquerdo, passando por um segurança. Mesmo sabendo que era idiota, desfiz o penteado. Cerrei os lábios para não dizer coisas que eu não gostaria enquanto não chegávamos de uma vez seja lá onde fosse, eu não poderia me entregar assim.
Seguimos por um imenso corredor branco com plaquinhas em ordem alfabética por cima das portas que o habitavam. Chegamos à letra B, a penúltima porta – já que a organização das letras começava do fundo para frente – , e Justin destrancou, estendo a mão para que eu fosse na frente. Ele percebeu meu cabelo solto.
–  Eu gostava do penteado – lamentou intensamente demais para que eu me deixasse enganar.
Fiz cara de tédio para ele e entrei no cômodo. Todo o espaço estava preenchido por prateleiras portando livros puídos, cada seção estava identificada por etiquetas. O cheiro de mofo incomodou meu nariz.
A porta se fechou atrás de mim e por um segundo não havia luz alguma. Eu odiava o escuro, então fiquei aliviada quando a lâmpada velha foi acesa.
–  E então?  – me virei para o garanhão atrás de mim.
Justin corria os olhos pelas prateleiras e se dirigiu para uma que lhe chamou atenção.
–  Soube que aqui está arquivado informações sobre minha família. Consegui com que me deixassem vir hoje, essa hora. Eu perdi a noção do tempo, desculpe tirá-la tão rapidamente de lá – ele falou enquanto selecionava o documento certo para avaliar.
Não era uma boa explicação, mas se justificaria se fosse o que eu estava pensando. Caminhei devagar até onde estava não tendo certeza se gostaria de compartilhar o momento comigo.
–  Está procurando sua mãe? – supus esperançosa.
Ele acenou uma vez, pegando um dos livros de registro em sua mão.
Fiquei feliz, embora culpada por quase fazê-lo perder o horário.
–  Desculpe por não ter colaborado imediatamente, se você tivesse me avisado...
–  Não se preocupe – descartou minhas desculpas, concentrado no que lia.
–  Posso te ajudar?
Houve um momento de silêncio. Após um tempo me perguntei se ele ainda sabia que eu estava ali.
–  Se você souber decifrar códigos – ele me passou o livro grosso e poeirento.
O nome Bieber ocupava pelo menos dez paginas, compartilhado por diversas famílias com o primeiro e segundo nomes escritos em sinais de pontuação e números. Por que haveria registros criptografados no cartório?
–  Isso não é proibido? Por que eles fariam códigos em informação publica?
–  Se vamos falar de ilegalidade, não deveríamos nem estar aqui.
Semicerrei os olhos para ele.
–  E como estamos?
Ele deu um sorriso presunçoso.
–  Tenho meus meios, mas não podemos abusar. Vamos?
Cretino.
–  Seus meios? Você diz os favores que consegue com as mulheres?
Justin arqueou a sobrancelha, entendendo minha acusação.
–  Se é o que está pensando, eu não seduzi aquela mulher. Pelo menos não fisicamente.
Fiz careta pra sua expressão ingênua.
–  Podemos ir?
–  E vai desistir assim? Todo seu trabalho ‘seducionista’ gasto por nada? – provoquei.
Ele conteve a risada.
–  Não. Vamos levar o livro – respondeu devagar, presumindo que aquilo era obvio.
–  Vamos?! Você ficou louco?! Isso é crime.
Ele revirou os olhos, entediado.
–  Pegar emprestado não é crime.
–  Você por um acaso sabe a definição de pegar emprestado? Nem sua marionete pode nos livrar de uma encrenca dessas.
–  Faith, primeiro, – ele deu um passo a frente, me intimidando – aquela mulher e eu não trocamos carícias – afirmou, serio – segundo, sua insistência em abordar a criminalidade a coloca em uma posição delicada – seus olhos devolveram o julgamento que eu fazia.
Uma pitada de alívio se dissolveu em meu sangue.
–  E por que eu colocaria?
Justin suspirou, dando outro passo em minha direção, me encarando para que eu não perdesse nem uma palavra das justificativas. Se ele queria que eu prestasse atenção, não era inteligente ficar assim tão próximo.
Ignorando minha instrução mental, ele testou meus limites, se aproximando de mim a ponto que eu sentisse sua respiração em meu rosto.
–  Sua existência é um atentado à minha integridade psíquica – ele falou baixo, levantando a mão para afastar o fio de cabelo perdido em meu rosto. Meu corpo entrou em alerta, latejante – Isso é um crime imperdoável, senhorita Evans.
Tentei respirar para que pudesse permanecer viva pelo menos pelos próximos segundos no paraíso. O sorriso singelo em seu rosto era minha sentença de morte. Eu tinha em mente outros meios de tortura, entretanto ele simplesmente pegou o livro de minhas mãos e me deu as costas.
–  Espero que tenha uma argumentação boa em sua defesa. Aliás, eu realmente aprecio aquele penteado.

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