Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

One life 18

A claridade invadia meu quarto acertando diretamente em meu rosto. Pisquei algumas vezes para tentar abrir meus olhos definitivamente, completamente desnorteada. Uma vez acordada, fitei o chão enquanto esperava meu cérebro me situar, me informando pelo menos o dia. As informações vieram devagar, primeiro constatei que era sexta-feira, portanto deveria ir à faculdade. Tateei embaixo do travesseiro a procura do meu celular. Dez e meia da manhã. Mais uma falta. Parabéns Faith.
Depois entendi o porquê de não ter ouvido o despertador, eu havia dormido muito tarde por ficar conversando com Justin. Um sorriso crescia em meu rosto conforme eu recordava de tudo, do nosso casamento no orfanato, um furto no cartório, sua confiança em mim para que eu encontrasse informações sobre sua mãe, seu coração acelerado por minha causa. Justin exalava estabilidade em si mesmo, era insano pensar que eu poderia causar alguma confusão em suas emoções. Justo, já que ele quase estava me pirando completamente.
Eu só não me lembrava de ter me despedido dele e de como havia parado em minha cama se estávamos conversando no sofá.
Levantei animada por reviver estas memórias e saber que também sairíamos hoje para um lugar indeterminado. Na verdade, seria suficiente que ele apenas aparecesse, eu ainda não havia superado o trauma.
– Bom dia, Faith. O dia está bonito, não? – Flê reparou em minha expressão assim que desci saltitante pelas escadas.
– Por que não estaria? – dei um beijo em sua bochecha, indo diretamente à mesa de café.
Peguei o maior pedaço de bolo de chocolate que havia ali, só isto poderia me deixar feliz por no mínimo duas horas.
– Viu um passarinho verde? Ou isso teria ver com seu ânimo após tomar decisões? – ela me sondou, parando do outro lado da mesa para me olhar.
Escondi meus olhos no suco que eu servia, não tendo certeza do quanto Flê poderia ler em minha expressão. Provavelmente não seria adequado lhe contar que Bieber se esgueirara para meu quarto no meio da noite.
– Amo tomar decisões. Minha decisão dessa vez é não decidir nada, deixar de ser neurótica para as coisas desenrolarem naturalmente.
– Você sem neurose? Teria que nascer de novo! – ela me provocou.
Era verdade, então não discuti, apenas dei uma risadinha.
– Faltou à faculdade outra vez por que menina? Se seus pais souberem disso...
Ops.
– Não consegui acordar – respondi com a maior inocência que pude.
– Aposto que não conseguiu é dormir. Mas quer saber de uma coisa? – ela levantou a mão, sinalizando que escavaria o mais profundo de sua sabedoria – Macho nenhum vale mais que uma boa noite de sono.
Eu não esperava por essa, minha gargalhada foi incontrolável.
– Flê! – repreendi – Raul sabe disso?
Ela e o marido nunca aparentaram desarmonia para pensar numa coisa dessas. De fato, eles eram minha meta de relacionamento. Raul sempre foi muito respeitoso e amável com Flê.
Ela fez um muxoxo, abanando com a mão.
– Ele sabe que minha prioridade sou eu mesma depois dos meus filhos. Você não pode elevar ninguém acima de si mesma, fica mais fácil de ser destruída.
– Fique tranquila, não farei isso.
Ela não parecia ter acredita em mim, mas resolveu deixar para lá ou armazenar o assunto em sua caixinha para desenterrá-lo no momento mais apropriado.
– Tudo bem. Bom, gostaria de avisar que este domingo Nicole e Jean estarão aqui para uma visita.
– Que ótima notícia Fle! – me animei, eu não os via há muito tempo, e Flê merecia mais do que tudo de ver os filhos. Embora com Nicole as coisas fossem mais complicadas...
– Posso trazê-los um pouquinho aqui para uma visita no final da tarde.
– É uma ideia genial, ficaríamos muito felizes. Sentimos falta deles também.
Sempre vivemos como irmãos, correndo por toda a casa e deixando nossos pais loucos. E mesmo nas brincadeiras Nick parecia ter uma rixa comigo, não percebia que era por maldade até Caleb começar a me alertar sobre. Nick colocava a culpa em mim quando alguma coisa dava errado, quando ela arrumava encrencas, e como uma boa mártir eu aceitava levar tudo sobre meus ombros, seria bem pior para ela se fosse a responsável por quebrar os cristais de Eleonor. Um dia vi que fazia de propósito e tivemos uma briga que estragou todo o fim de semana. Como costume, ela fez com que eu parecesse a intolerante.
As coisas não mudaram muito conforme crescíamos, mas agora ela se escondia através de olhares rancorosos, palavras irônicas e algumas provocações baratas. Eu só podia torcer para essa antipatia injustificada ter sumido desde a última vez que nos vimos,  em que ela tentou pintar uma péssima imagem minha para Wren enquanto dava em cima dele.
– Percebo que você e Nick se estranham muitas vezes, mas... – Flê começou a dizer, com receio. Até mesmo ela não percebia que era Nicole que me odiava.
– Está tudo bem Flê, são apenas hormônios femininos, vamos nos comportar – garanti, desejando do fundo do coração que eu estivesse certa. 
Esse final de semana seria um daqueles...
Subi para meu quarto assim que terminei o café, pegando o livro de registros em cima do sofá e indo ao trabalho. Abri o notebook e comecei a pesquisar alguns códigos na internet, testando com os nomes criptografados. Não estava funcionando. Eu pensava que simplesmente conseguiria descobrir o que estava neste livro com meu computadorzinho? Seria um fracasso. 
Após muito tempo de frustrações, com um suspiro deixei o livro de lado, procurando uma inspiração combinada com uma ideia genial, assim acabei abrindo minha serie preferida, CSI. Tentei deixar as expectativas negativas de sábado e domingo não me pegarem, nem a ansiedade para ver Justin me destruir. Quanto a ultima parte era quase impossível, eu conseguia enxergá-lo em todos os personagens e suas manias, o cabelo, os olhos, a forma de falar, andar, se vestir. Eu estava obcecada.
– O que você acha dessa roupa? – parei em frente Flê no corredor e sua testa se franziu.
– Você preocupada com roupa?
– Eu fiz a pergunta primeiro – protestei com uma careta.
Ela deu uma analisada rápida, ainda desconfiada. 
– Está maravilhosa, Faith, como sempre.
Meus ombros relaxaram de desânimo por sua resposta.
Se eu não sabia aonde iria, como saberia se era mais adequado usar uma saia, vestido, shorts ou calça jeans? Sempre fui fissurada em calças jeans, então foi minha escolha primordial. Essa era skinny grafite rasgada no joelho, coloquei uma bota preta e blusa branca de linha com mangas longas. E pela primeira vez eu não estava certa sobre o que estava vestindo a ponto de me deixar nervosa.
– Você vai encontrar ele, não é? – Flê adivinhou, contendo um sorrisinho.
– Vou – admiti – Mas como ter certeza de que é a roupa certa se ele não me diz a onde vamos?!
Ela deu uma risadinha com o teor de minhas preocupações. Era idiota, eu sabia, mas não conseguia parar.
– Essa roupa dá para qualquer coisa, não se preocupe. Tenho certeza que ele te avisará se não estiver de acordo.
Expirei ainda indecisa. Seria igualmente péssimo se Justin tivesse que me pedir para trocar de roupa. De qualquer forma, a culpa seria dele por não me avisar aonde me levaria.
Embora tivesse essas conclusões em minha mente, ainda estava tensa quando vi as horas e saí na frente de casa, ouvindo um "boa sorte" de Flê. Justin já estava na calçada, as mãos nos bolsos da frente da calça social preta. Quase dei meia volta, me perguntando se deveria ter vestido alguma coisa social – eu odiava usar social. Seu sorriso a me ver conseguiu desviar qualquer pensamento que não fosse ele. Caminhei em sua direção sem ter certeza que conseguiria completar o trajeto.
– Faith – ele levantou a mão até meu rosto, acariciando levemente minha bochecha.
– Justin – devolvi um sorriso sem graça.
Sem aviso prévio, seu rosto se aproximou do meu e nossos lábios se tocaram rapidamente. Foi o suficiente para me fazer ter uma simulação de ataque cardíaco.
– Assim está melhor?
Sua menção à nossa conversa do dia anterior fez com que eu reluzisse, explodindo e satisfação.
Assenti devagar, e assim ele me soltou, abrindo a porta do carro para mim. Entrei e o observei dar a volta com uma expressão leve e agradável, disposto a ser nada mais do que ele para mim, enchendo meu peito de esperanças.
– Que horas você foi embora ontem? – perguntei curiosa quando ele deu a partida.
– Hm, logo após você capotar – ele me olhou com zombaria.
Eu dormi falando com ele?!
– Estávamos conversando e eu simplesmente dormi? O assunto estava tão chato assim?
Ele riu.
– Não é nossa culpa que minha voz seja uma canção de ninar – gabou-se, mas estava mais do que certo – Estávamos falando sobre os países que gostaríamos de conhecer, e em um intervalo para o próximo assunto você dormiu – seu sorrisinho para mim foi terno, relembrando o momento.
Gemi de vergonha, balançando a cabeça.
– Desculpe por isso. Como conseguiu ir embora? E sabe como fui parar na minha cama? Pelo que me lembro estávamos conversando no sofá.
Sua testa se enrugou um pouco enquanto ele pensava.
– Consegui ir do mesmo jeito que entrei. E eu te coloquei na sua cama.
A fascinação por este detalhe quase fez sumir minha intriga pela forma que ele conseguia invadir minha propriedade.
– Obrigada – agradeci com sinceridade, fechando minhas mãos em meu colo para reprimir o impulso de tocá-lo – E pra que todo esse segredo quanto a forma que entra em minha casa?
Ele abriu um sorriso desafiador.
– Um especialista nunca conta seus métodos.
Revirei os olhos para sua besteira. Na realidade, eu não me incomodava que entrasse em minha casa a hora que quisesse. Me perturbava mais a hora que ele se fosse. Apenas não seria apropriado que ele soubesse disso, ou eu seria internada por ser tão possessiva.
Pensei que ele havia entendido as entrelinhas quando parou o carro na frente do Massachussetts General Hospital, provavelmente no intuito de fazer exames em minha cabeça para saber qual problema eu tinha.
– Chegamos? – perguntei confusa, vendo-o descer do carro.
Ele assentiu com presunção. Desci atrás, em busca de explicações.
– Você disse que quer fazer medicina, pensei em te apresentar a realidade para que tenha certeza que está disposta a fazer isso. Então, vamos? – sua mão se estendeu para mim.
Droga Justin, pare de ser maravilhoso.
Aceitei de bom grado que me guiasse, sem palavras para dizer o quanto aquilo que ele estava fazendo significava para mim.
– É bom que tenha uma boa lista de contatos, você consegue alguns privilégios. Não desperdice as festas do seu pai – aconselhou, nos levando diretamente à recepção.
Se meus pais o conhecessem, com certeza estaria mais do que aprovado para entrar na família. A ideia me lembrou do pedido de Eleonor no dia anterior, e de repente não parecia uma ideia tão terrível assim.
Justin me entregou um crachá e colocou o seu, sem perceber que eu me encontrava em uma batalha para saber se deveria chamá-lo ou não.
– Vamos começar falando com o diretor Harris.
– Tudo bem.
Ele percebeu alguma coisa em minha voz, então me olhou indeciso.
– Quer mesmo fazer isso?
– Claro – afirmei e tomei sua mão, como uma confirmação.
Ele sorriu, talvez sentindo as mesmas coisas que eu com nosso pequeno contato.
Por que era tão difícil convidá-lo para um simples brunch com minha família?
Espantei os pensamentos para me atentar à visita que faríamos assim que entramos na sala do homem grisalho dos olhos azuis. Ele abriu um sorriso enorme quando viu Justin passar pela porta.
– E não é que ele veio mesmo? Grande Bieber! – ele se levantou a cadeira, abraçando Justin com tapinhas nas costas.
– Harris, como vão as coisas?
Eles trocaram um olhar de camaradagem antes que Harris me notasse desajeitada perto da porta.
– Tudo ótimo, melhor agora que vejo com meus próprios olhos Faith Evans, ter ícones assim em meu hospital me faz sentir o homem mais sortudo do mundo – ele me ofereceu a mão, parecendo honrado.
Eu não sabia se sua felicidade era de fato por minha pessoa ou pelo dinheiro que eu poderia oferecer. Esses dois se confundiam bastante com quase todas as pessoas que eu conhecia. Entretanto, aceitei o cumprimento com um sorriso genuíno.
– Estou honrada pela recepção, nada me faria mais feliz do que contribuir para esse trabalho maravilhoso que fazem.
Um pouco de puxação de saco fazia parte desse meio, o máximo que eu podia fazer era seguir nos trilhos para não matar meus pais de desgosto.
– Ficaríamos imensamente gratos! O senhor Bieber me contou que gostaria de conhecer o hospital, fiquei lisonjeado com a atenção.
– Sabemos que aqui é o terceiro melhor hospital da América.
Seu peito quase estourava de tantos elogios, concluí ser o suficiente.
– Claro. Podem me acompanhar, faremos um tour completo, mas estarei presente apenas no princípio, depois tenho alguns assuntos para tratar, mas fiquem a vontade.
Seguimos Harris por aquela imensidão de corredores brancos enquanto ele palestrava sobre a história e os atributos do hospital. Visitamos alguns quartos, o centro cirúrgico geral, ambulatório e de emergência que estavam vazios, a unidade de terapia intensiva para adultos, de transplante e coronariana.
–... Num geral é um lugar bom de estar. Embora seja tão incolor, é cheio de esperança. É doloroso perder uma vida, mas são ossos do ofício. Centramos-nos mais nos momentos de recuperação de pessoas desenganadas.
Justin olhava para o meu rosto, esperando ver alguma reação que indicasse desconforto. Deveria mesmo ser desoladora a sensação de perder uma pessoa que estava em suas mãos, mas o segredo estava em fazer o possível para vencer. Não se começa uma guerra já com o pensamento na derrota.
– E aqui temos a terapia pediatra. Bom, vocês podem seguir sozinhos? Creio que Bieber já conhece o suficiente para não se perder.
– Claro – Justin respondeu, olhando Harris com gratidão.
– Muito obrigada por sua companhia e tudo mais – acrescentei.
Ele nos fez uma reverência, aparentando alívio e satisfação por ter nos agradado.
– De onde você o conhece? – perguntei assim que Harris estava longe.
– Um velho amigo da minha família. Estive algumas vezes por aqui, consequentemente.
– Hmm...
– E não precisa fazer nenhuma doação se não quiser, não te trouxe aqui para que gastasse seu dinheiro.
– Eu quero – contestei.
Ele abriu a porta da terapia pediatra, completamente à vontade, me dando a impressão de que o hospital era sua segunda casa. Imaginei se algum dia poderia conhecer sua casa de verdade e sua família.
– Bieber! Bem vindo! – a mulher de jaleco nos notou entrando, respeitosamente curvando a cabeça como acontecia em toda sala que entrávamos, antes achei que era apenas por causa de Harris. Justin deveria ser um grande contribuinte então.
– Martha – ele respondeu o cumprimento, adentrando o cômodo – Essa é Faith.
Ela me deu um sorrisinho simpático, concentrada na criança que acompanhava. Havia em media umas dez crianças com um enfermeiro em um equipamento de terapia. A cena me fez sorrir e concluí:
– Quero ser pediatra.
Justin me olhou cético.
– Sabe que pra isso tem toda uma faculdade de cinco anos com teoria irritantes pra estudar, não?
Fiz cara de tédio para sua constatação óbvia.
– É lógico que sim. Estou achando que você está tentando me fazer desistir – investiguei seu rosto, desconfiada.
– Não. Só quero que tenha certeza. Por que não vamos para a reanimação cardiorrespiratória agora?
Concordei, dando apenas uma última olhada no lugar antes de ir.
– Eu sei que tem suas desvantagens, mas fico pensando em como deve ser maravilhoso salvar vidas, é tão nobre e... – parei de falar quando ele colocou o braço na minha frente, impedindo meu caminho.
Estava prestes a perguntar o que estava acontecendo quando notei seus olhos duros à frente, a expressão rígida nos dois homens de ternos pretos parados no meio do corredor nos encarando. Pensei ser seguranças, então a visita deveria ter acabado.
– Evans, por que não vai fazer algumas perguntas à Martha? – Justin me disse baixo, a voz impassível, os olhos ainda longe de mim.
Só então senti a tensão quase palpável no ar, o que me deixou inquieta. Ele estava com problemas? Por quê? Isso não me encorajava a deixá-lo sozinho com os dois armários.. Eu não seria de muita utilidade se entrassem numa luta, mas sabia muito bem gritar caso pensassem em ser agressivos.
– Por favor? – ele finalmente olhou para mim, usando todo seu poder de persuasão.
Contrariada, dei meia volta, e os olhos dos grandalhões voaram sobre mim. Eles não poderiam ser indelicados no meio de um hospital, poderiam?
Enquanto eu entrava na sala, ninguém se moveu, mas isso não me aliviou.
Martha ouviu minha aproximação.
– Precisa de ajuda? O senhor Bieber precisa de alguma coisa? – perguntou prestativa.
Precisávamos?
– Hm, na verdade não. Só estou curiosa quanto a esta ala.
Ela sorriu.
– Bom, veja o que estou fazendo com o pequeno Sam – Martha puxava e dobrava as pernas do menino da pele escura, o qual estava com um semblante receoso, esperando qualquer sinal de dor aparecer – Ele quebrou a perna e...
Senti-me culpada por não conseguir prestar atenção no que ela dizia, mas estava preocupada com o que poderia estar acontecendo. Vasculhei a sala com os olhos, inquieta, assim notei uma porta na parede que separava a terapia pediatra da adulta, o quarto mais próximo ao Justin.
– Obrigada Martha, eu vou dar uma olhada na sala ao lado também – não percebi se havia interrompido sua fala ao meio, saindo rapidamente para a porta branca e torcendo para estar aberta.
Para meu alívio, o trinco girou com facilidade, mas recebi alguma atenção por isso. Sorri para todos como se soubesse o que estava fazendo, passando entre os equipamentos e pessoas com o maior cuidado. Parei quando cheguei à minha melhor chance de entender o que estava acontecendo. Rezei para que ninguém prestasse atenção em mim e abri uma fresta devagar para que não fizesse barulho. Espiei pelo vão, vendo Justin na frente dos brutamontes com um ar superior, suas mãos estavam fechadas em punho, a expressão mortal. Eles realmente conseguiram irritá-lo. Ele tentava falar baixo, mas a autoridade e brutalidade das palavras fazia com que ficassem audíveis.
–... Não se metam. O que é meu permanece assim até que eu diga. Eu sei o que faço e não quero uma palavra sobre isso. Vocês esqueceram com quem estão lidando?
Surpreendi-me quando vi que os homens recuavam, quer fosse por temor ou respeito, Justin não seria questionado, mesmo que não concordassem.
– Só viemos lembrá-lo que são ordens e nós temos um prazo, eles tão ficando impacientes – o ruivo falou com cuidado.
Mesmo que tivesse utilizado educação, isso não foi bem recebido por Justin. Ele travou o maxilar e se aproximou mais deles, falando alguma coisa entredentes que não consegui ouvir. O impacto das palavras foi imediato, seus interlocutores abaixaram a cabeça rapidamente e Justin virou as costas.
Voltei correndo para a terapia pediatra sem entender o que eu havia acabado de presenciar, tendo apenas consciência de que não era nada bom.

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