Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

One Love 5

— Você nunca assistiu Encontro Explosivo? De verdade? Cameron Diaz? Tom Cruise? Uma junção épica dessas?
Maya balançou a cabeça em negação, um pouco lento demais para eu suspeitar que ainda estivesse sóbria. Ela era extremamente ingênua, um alvo fácil demais para carregar a responsabilidade de ser guardiã dos segredos de George.
— Tom é agente secreto e ao acaso Cameron entra em seu caminho. Então ela se vê inserida repentinamente em um mundo com muitos tiros e fugas. Esse é um resumo péssimo, mas o filme vale a pena. Gosto muito dessa coisa de adrenalina, ação. É empolgante.
Beberiquei meu copo, enfatizando minhas palavras com a expressão. Depois daquele primeiro copo de cerveja, tudo o que eu estava tomando era água, fazendo o pedido sem que Maya notasse. Não que ela tivesse muita capacidade de perceber o mundo ao seu redor, seu estado chegava perto do deplorável. Ela era fraca para bebidas. Outro ponto para mim. Eu já merecia o Oscar por conduzir toda a conversa para que ela me contasse de livre e espontânea vontade sua vida secreta.
Ela deu uma risadinha de empolgação.
— É emocionante essa coisa toda, não é? Tenho uma fissura com isso também — sua voz soou mais confusa em meio a conversa alta do pub. Já se passava da meia noite, praticamente todos ali não sabiam mais o que era uma linha reta.
— Sim, mas a única chance que temos é de namorar um policial e viver o básico dessa vida de filmes — ou simplesmente se apaixonar por um assassino que estava chantageando sua família com sua vida e virar tudo de cabeça para baixo.
Sua piscadela pra mim foi sugestiva.
— É mais fácil do que você pensa.
Fingi morder sua isca, a qual, na verdade, eu que havia lançado, arqueando a sobrancelha e me inclinando em sua direção.
— Quer dizer que você já se encontrou em um meio desses?
Ela riu sem abrir a boca, gostando do fato de manter aquilo em segredo.
— Pode ser que sim. Mas não é sempre tão bom assim, te garanto.
Com uma encenação impecável, abri a boca em um perfeito O.
— Você não vai compartilhar? Isso é egoísta da sua parte.
— Se quiser posso te apresentar algumas pessoas. Agora preciso ir no banheiro, vamos comigo?
Olhei ligeiramente para sua bolsa embaixo da banqueta, imaginando se sua agenda preta estaria ali dentro. Aquela podia ser minha oportunidade de finalmente colocar minhas mãos nela.
— Alguém tem que proteger nossos lugares — argumentei.
Ela concordou, saltando do banco desengonçada, os braços estendidos para que se equilibrasse.
— Estou em pé! — comemorou depois de dois segundos parecendo estar em cima de uma prancha de surfe.
Eu bati palminhas para sua performance, escondendo o desejo de empurrá-la de uma vez para longe para que eu pudesse usufruir de minhas habilidades investigativas.
Maya se escorou em todas as coisas possíveis até desaparecer na porta do banheiro. Me inclinei depressa e resgatei sua bolsa preta grande pela alça. Abri o zíper e comecei a procurar, sentindo um cheiro conhecido de hortelã. Ela tinha tanta coisa ali dentro que parecia estar pronta para uma viagem de última hora. Garrafa de água, nécessaire, escova de cabelo, sua carteira, um guarda-chuva, e ah! A agenda.
Dei uma espiada na porta para conferir se continuava fechada e abri o caderno pequeno, folheando as páginas com pressa até chegar no dia de hoje. Amanhã às duas horas da tarde havia uma reunião com Costra Nostra — Gambino em Union Bar & Grill. Isso não era italiano?
De qualquer forma, nada disso me ajudaria a descobrir o paradeiro de duas crianças. Tomei um novo rumo, procurando na agenda por palavras chaves que me dessem alguma dica. A frustração foi me engolindo enquanto os segundos passavam. Eu não descobriria nada se não soubesse por onde procurar. Lembrei de quando Justin citou alguma coisa sobre “ala infantil”, mas não havia nada sobre isso na agenda idiota, ou eu estava tão nervosa que não conseguia encontrar.
Qual era minha outra opção?
Precisava conseguir que Maya me introduzisse na Companhia. Mas como entraria sem George suspeitar de mim? Kathy podia não ter me reconhecido, mas não fora ela a me ameaçar na primeira vez em que nos vimos. Uma vez lá dentro eu poderia procurar por mim mesma a ala infantil. Eu não conseguiria reconhecê-los pela aparência, já que na foto que possuía eles eram recém-nascidos. Entretanto, era tudo o que eu tinha. Era minha única alternativa. 
A porta do banheiro se moveu do outro lado do pub e eu fechei a agenda, enfiando na bolsa e fechando o zíper para jogá-la aos pés da banqueta outra vez. Temi que meus dedos se atrapalhassem e eu derrubasse tudo ao chão, estranhamente, a sorte estava comigo.
Chegando ao balcão, Maya se debruçou sobre ele.
— Eu acho que preciso ir embora — constatou com a língua pesada.
Suspirei, mas conclui que não faria mal. Eu já tinha uma ideia de por onde começar.
— Eu dirijo pra você — me levantei e a apoiei em meu ombro.

Eu continuava repetindo na minha mente que aquela não era uma ideia ruim. Havia reivindicado para Hazel meu direito de folgar nesse sábado já que trabalhara no sábado passado, e pedido emprestado o carro de Caitlin com a desculpa de que precisava fazer algumas correrias para a galeria, então não podia voltar atrás no plano. Um plano meio merda? Sim. Mas era o único que eu tinha agora.
Esperava que Maya estivesse com uma ressaca terrível a ponto de não perceber que estava sendo seguida. Descobrir seu endereço quase compensava o fato de ter que pegar dois ônibus na noite anterior para voltar ao apartamento e receber um olhar de repreensão de Caitiln pelo horário.
Sem saber ao certo que hora ela sairia para trabalhar, me plantei na frente da sua casa às sete da manhã, o mau humor me cercando por ser obrigada a levantar tão cedo depois de dormir tão tarde. Minhas mãos seguravam o jornal do dia na frente dos meus olhos, no início era apenas para Maya não me perceber ali, mas depois de duas horas de espera, eu já havia lido cada palavrinha naquele maldito papel. As notícias não andavam muito boas, o nível de criminalidade havia subido, algumas pessoas desapareceram em plena luz do dia, os assaltos cada vez mais frequentes, assassinatos, muita coisa negativa para ler àquela hora da manhã. Em contrapartida, o mercado de trabalho se expandia para os desempregados e o preço dos imóveis havia caído. Me vi elencando os melhores até perceber que não era de muita utilidade. Eu não planejava ficar em Minneapolis, muito menos no estado de Minnesota. Depois de pegar Jazmyn e Jaxon, daríamos o fora dali, o mais longe possível para que não pudessem ser encontrados.  
Já começava a pensar que Maya saíra mais cedo e eu perdera a viagem quando seu portão branco eletrônico se abriu e o carro passou num jato, cantando pneus. Alguém estava atrasada. Liguei o motor sobressaltada, jogando o jornal de qualquer jeito no banco do carona. Procurei não estar muito próxima a ela, deixando sempre um carro entre nós. A segui por mais ou menos uns vinte minutos, vendo depois no final da rua um extenso campo verde conduzindo a uma espécie de Casa Branca. Digo, exatamente como a Casa Branca, até com a bandeira dos Estados Unidos no telhado. Se eu não estivesse no meu perfeito juízo, pensaria que estava em Washington. Excluindo o fato de que essa casa era menor, mas aparentemente tão bem protegida quanto. Pensei em duas alternativas, aquele prédio pertencia ao governo, ou de fato, a sede da Companhia.
Tive certeza de que Maya seguiria reto, mas repentinamente fez a curva a direita.
“Dê meia volta”
Meus batimentos aceleraram de susto e deleite em consequência a sua voz.
— Poderíamos combinar algum aviso para quando planeja chegar — coloquei a mão no peito, regularizando a respiração.
“Estou dizendo, Faith, dê meia volta”
Ele estava bravo outra vez, a irritação permeava seu timbre aveludado. Da última vez que o ouvira estava até que engraçadinho. E fazia tempo demais para o meu gosto. Pensei que o veria depois da festa de inauguração de Rafael, cheguei muito perto de entrar em um coma alcoólico para isso, mas ele não veio. Temi que meus miolos finalmente estivesse no lugar e ele se perdera.
— Demorou a aparecer dessa vez — reclamei.
Maya acelerou, e eu fiz o mesmo. Maldizendo por não poder aproveitá-lo totalmente no momento.
“Mas que caralho, mulher, dá pra dar meia volta?!” Ele falou mais alto e grosso.
Eu dei uma risadinha, fazendo a analogia em minha cabeça. A outra única aparição que fizera em meu estado sóbrio eu estava prestes a pular de uma ponte. Então qual era o fator de semelhança? Ele aparecia em todas as vezes em que eu me arriscava?
Antes que eu pudesse concluir os pensamentos o conversível deu uma freada brusca. Freei imediatamente, sentindo gotículas de suor brotarem em minha testa, visualizando a cara de louca de Caitlin ao descobrir que bati seu carro. Por questão de centímetros, não houve colisão. A porta do motorista se abriu a minha frente.
“Dê a ré, Faith, agora! ” Justin ordenou, inquieto.
Prendi a respiração, vendo as pernas de Maya saírem para a rua.
No fim, ela não era tão burra quanto eu pensava.
Senti um gelo descer por minha espinha ao notar o calibre em sua mão apontado em minha direção enquanto ela se apoiava de costas na porta. Claro que ela sabia se defender. Quem a volta dos Biebers não saberia?
— Saia do carro e coloque as mãos acima da cabeça! — ordenou em bom som.
Engoli em seco, pensando. Se eu tentasse sair, ela atiraria nos pneus e pediria reforço para pegarem seu stalker. Todo meu esforço cairia por terra quando George colocasse os olhos em mim, e eu seria obrigada a confessar. Se assim fosse, eu já podia começar a planejar meu enterro. Por outro lado, encontraria Justin em breve. 
Um Justin decepcionado por eu ter falhado.
— Pela última vez eu aviso, saia do carro!  
“Merda, Faith, merda, saia daqui! ”
— Porra — xinguei baixo, ele esquecera que eu ainda estava viva e podia tomar um tiro e morrer. Nem todos os carros eram blindados. O de Caitlin pelo menos não.  
Abri a porta devagar, erguendo as mãos em rendição. Uma vez em pé, ela me analisou, franzindo a testa.
— Tira os óculos e abaixa essa touca!
Pensa Evans, pensa.
Empurrei a touca do moletom e tirei os óculos devagar, dando um sorrisinho nervoso a ela.
— Oi Maya.
“Meu Deus, você é burra mesmo” Justin agonizou.
“Cala a boca, Justin”
Ela levantou as mãos para o alto, em confusão.
— O que você está fazendo, menina, eu podia ter te matado!
Dei uma risadinha forçada, recebendo inspiração divina de última hora.
— Fiquei curiosa com nossa conversa de ontem, você sugeriu que sabia um modo de encontrar ação, pensei que não seria uma ideia ruim te seguir — não era uma desculpa tão ruim, era? Esperei o veredicto, lamentando não poder roer as unhas. 
Ela esfregou a testa, perturbada. Então respirou fundo.
— Você fuma alguma droga? Deveríamos conversar sobre isso antes, você não pode simplesmente sair seguindo as pessoas! E o que merda eu te disse?
Me permiti respirar.
— Você não se lembra de nada? — investiguei.
— Se eu lembrasse, não estaria perguntando!
Com certeza não era bom irritar uma pessoa com uma arma de fogo na mão.
— Alguma coisa a ver com seu emprego...? Não lembro direito — menti, jogando verde.
Se ela se lembrasse de não ter me dito nada em relação ao seu emprego, eu acabara de enfiar uma corda em volta do meu próprio pescoço.
Maya refletiu sobre o assunto, mas estava completamente confusa.
— Cacete, eu te disse que falo demais quando bebo — resmungou.
— Não tem problema, eu te disse que sou boa em guardar segredos — dei um sorriso digno de confiança, celebrando por dentro minha habilidade muito bem adquirida de mentir.
Ela passou uma mão no cabelo, olhando para os lados como se esperasse receber uma dica do que fazer agora.
— Olha, não fique preocupada, eu só quero conhecer seu local de trabalho, mais nada. Não estou a fim de te prejudicar.
Sua risada foi debochada.
— Quem corre mais perigo aqui é você. E eu não posso simplesmente te colocar lá dentro, quer dizer, você sabe o que é aquilo, não?
— Uma Companhia de assassinos? — chutei.
Ela deu um gemido, finalmente jogando o calibre de volta no carro.
— Claro que na minha primeira amizade já a coloco em risco — então me olhou seria — Ninguém vai poder fazer nada sobre se você nos denunciar. A polícia não está nem aí.
Eu queria sair dando pulos de comemoração pelo meu êxito, pronta para receber meu prêmio de melhor atuação do ano. 
Neguei. 
— Eu nem pensaria em fazer isso, só estou curiosa. Por favor, May?
Por favor, todos recebam Faith Evans, a grande atriz homenageada do ano. 
Seu grunhido foi acompanhado da batida de pé no chão, transbordando de indecisão.
Fiz minha melhor expressão de inocência, juntando as mãos para implorar.
Ela bateu a mão na testa seguidas vezes, até expirar.
— Tudo bem. George não está aí ainda, acho que posso te levar pra fazer uma visita — concluiu, embora não dissesse com firmeza — Mas uma visita rápida! — acrescentou.
Assenti freneticamente, contente comigo mesma.
“Viu, Justin?” Me gabei. Uma visita. Uma visita poderia nos levar a ala infantil e eu poderia ver se Jazmyn e Jaxon se encontravam mesmo lá. Como tirá-los seria o real problema. Primeiro eu estudaria todo o lugar e seus pontos cegos, depois partiria para a ação.
Maya preferiu que eu deixasse o carro de Caitlin estacionado ali mesmo e fosse junto com ela para que passássemos pela segurança. No portão, ela precisou mostrar sua identificação, e depois o brutamonte de expressão de poucos amigos fez uma vistoria em todo o carro rapidamente, parando seus olhos de águia em mim.
— Me dá seu rg — mandou em voz baixa para mim.
Peguei minha carteira dentro da minha bolsa, sentindo o estômago revirar.
“Não é uma boa ideia, se te reconhecerem você estará em sérios problemas” Justin avisou.
“Desde quando você se tornou tão óbvio? ”
Passei o documento pra ela, ignorando o suor nas mãos.
— É uma cliente que esqueci de anotar na agenda, você não vai encontrar no sistema.
O segurança repreendeu Maya com os olhos.
Ela devia ser extremamente solitária para estar fazendo aquilo somente para me agradar. Viva a vida solitária de Maya!
— Você sabe o procedimento, seguramos o rg até ela sair.
Ela assentiu e eu apertei minhas mãos no colo. Imaginei George entrando e conversando com o segurança e então pegando meu documento e ah!
Nossa passagem foi liberada e atravessamos todo o gramado, estacionando na faixa ao lado dos outros carros. Antes que eu pudesse abrir a porta Maya segurou minha mão.
— Escute, isso aqui não é brincadeira, então não saia do meu lado, não encare as pessoas, só fale com quem falar com você. Eles são bastante irritadiços.
“É melhor você não entrar, Faith. Estou te avisando”
Concordei com a cabeça.
— Dou minha palavra.
Maya sacudiu a cabeça.
— Eu não deveria lidar com uma coisa dessas de ressaca — reclamou, colocando seus óculos escuros.
Desci atrás dela, achando cômico o fato de pensar que eu era tão vulnerável assim. Não era como se eu já não tivesse sido perseguida e torturada por eles. Eu sabia bem o quanto podiam ser doentes, e com algumas exceções, capazes de amar também.
Os dois seguranças da porta principal me fitaram como uma ameaça, revistando meu corpo minuciosamente, me lembrando do mesmo caso ano passado. Eu não podia me sentir nostálgica com esse fato antes de entrar na cova dos lobos, precisava estar em sã consciência para sobreviver. Se é que a essa altura eu podia ter sã consciência. Meus instintos estavam todos aguçados, preparados para uma luta iminente. Sendo o resultado o mesmo, eu não me importava do meu plano não ter saído como o planejado. Na verdade, saíra até melhor. Se não fosse com Maya, eu provavelmente demoraria uma vida para conseguir entrar na sede.
“Porra, porra, porra, porra, porra, não, Faith, não! ”
“Já é tarde, Justin. Vamos conhecer o lugar que você cresceu”.

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