Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

One Love 4

Caminhei desnorteada até o homem de costas. Seu físico era do tamanho certo. O modo de se vestir era certo. Mas quando toquei seu ombro, incerta de que minha mão não atravessaria seu corpo — imaginando que seria mais um fruto de minha imaginação —, os traços do rosto não eram.
O homem aparentando uns trinta anos arqueou a sobrancelha para mim, me esperando falar alguma coisa útil. Entretanto, eu estava engasgada com frustração e a toxina que meu coração liberava a cada vez que sofria um ataque.
— Pois não? — ele me incentivou.
Me forcei a engolir tudo, sabendo da importância que era essa noite para Hazel. Consequentemente, para o meu emprego e o cumprimento da minha promessa.
Mentalizei um sorriso profissional e proferi minhas desculpas mais convincentes.
— Gostaríamos de saber se está aproveitando a noite. O que achou de Rafael Mendez?
Um ar de compreensão limpou sua expressão, deixando apenas alguns resquícios em seus olhos castanho escuros. Não claros.
— Ele é um grande pintor, vocês tiraram a sorte grande. Até me sinto inspirado a comprar um quadro.  
Suas palavras não fizeram o menor sentido ao passarem por meu ouvido, eu estava ocupada demais em listar as diferenças da simetria de sua boca e um coração.
— Claro. Se eu puder lhe ajudar me procure.
Me afastei sem muita cerimônia, encontrando uma taça de champanhe e tomando o conteúdo de uma vez para sobreviver ao menos até o fim da música idiota. Maldita seja Taylor Swift.


O tiquetaquear do relógio da galeria machucava meu cérebro. Qual era o problema de Hazel para manter aquela merda? Estávamos na era digital! Me senti totalmente confortável em odiá-la também por me obrigar a trabalhar de ressaca. Depois do sucesso do evento da noite anterior eu deveria ter uma folga, mas a sede daquela mulher por dinheiro não morria. A única coisa que aliviava seu lado era ter me proporcionado a oportunidade de sair com Maya. Empurrando champanhe o suficiente pra ela, consegui finalmente um “sim” para a noite de amigas de hoje. Isso e mais a árdua tarefa de conseguir-lhe um encontro com Rafael.
Meio segundo depois o próprio entrava na galeria, como se estivesse conectado com meus pensamentos. Ele levantou uma garrafa que segurava na mão direita e um sorriso ao receber meu olhar.
— A melhor vendedora de todas!
— O melhor surrealista de todos! — devolvi o elogio.
— Vladimir acaba de se revirar no túmulo — murmurou com uma expressão convencida.
Não me dei ao trabalho de levantar da cadeira assim que ele se aproximou do balcão, colocando a garrafa ali em cima.
— Trouxe para comemorar o sucesso de ontem com você.
Li o rótulo do Whisky Bourbon um pouco impressionada. Eu bebia raramente whisky já que custava o meu rim. Por que gastar tanto dinheiro em uma bebida se eu podia comprar dez de outra com qualidade inferior e o mesmo efeito?
— Caramba, acho que você quer minha demissão.
Ele riu, apresentando dois copos na mão escondida atrás das costas.
— Hazel está aqui?
— Não, mas se ela chegar e ver uma coisa dessas...
Ele já estava enchendo um dos copos.
— Se está comigo, está com Deus — me empurrou o líquido.
Não recusei, embora ainda sentisse o gosto amargo na boca de ressaca da noite anterior.
— Como sabia que eu bebia?
Brindamos assim que ele terminou de encher o seu, e recebi uma piscada de olho presunçosa antes que tomasse o primeiro gole.
— Uma suposição.
Comecei com uma dose generosa e aquilo desceu rasgando pela minha garganta. Um hábito, no momento, não muito conveniente. Eu não podia ficar bêbada no trabalho, muito menos com a noite importante que teria hoje.
— Qual é o fim do seu expediente? — Rafael perguntou, checando o relógio.
— Às dez — lamentei, finalizando o conteúdo do copo.
Ele me olhou com aprovação antes de me servir novamente.
— Parece que encontrei uma parceira que me acompanhe.
Rafael era do tipo de pessoa que pegava intimidade rápido, percebi. Mas eu não sabia dizer se era sua forma de agir naturalmente com todo mundo ou se eu acabara, enfim, me enfiando em um problema.
— Vamos explorar estes dotes quando sair? Aliás, será que não pode dar uma escapadinha mais cedo?
É, tinha cheiro de problema.
— Hazel me comeria viva — eu disse.
Ele passou a mão entre seus cachos como que para clarear suas ideias.
— Eu digo que te requisitei para uma reunião urgente.
Eu quase ri de seu esforço, intrigada.
— De qualquer forma, eu já tenho que encontrar alguém hoje. Quem sabe numa próxima vez?
Hoje eu precisava estar com Maya sozinha para que pudesse estudá-la um pouco mais. Essa disposição de Rafael poderia ser usada para encontrá-la mais uma vez.
Ele semicerrou os olhos, tentando ver através da minha superfície.
— Se eu fosse inseguro, pensaria que você está fugindo de mim.
Dei uma risadinha nervosa.
— Você só me pegou num dia ruim.
E se ele estivesse mesmo investindo em mim? Não pareceria que eu o estava incentivando?
Ele meneou a cabeça, enchendo nossos copos de novo.
— Então vou te fazer companhia até acabar seu expediente — ele baixou a garrafa do balcão à minha mesa, uma forma de esconder a bebida de possíveis clientes, pressupus.
O observei puxar a cadeira de Hazel para se sentar ao meu lado.
— Se eu ficar bêbada e não conseguir atender ninguém também será prejuízo para você — avisei.
Ele fez um muxoxo, se inclinando na cadeira e usando o atrito dos pés com o chão para que se balançasse de um lado para o outro.
— Confie em mim. Sua prioridade agora é me provar que acertei em designar a você o trabalho de vender minhas obras.
Rafael estava totalmente relaxado, a vontade, uma característica um tanto peculiar para alguém que acabara de entrar em um espaço novo. Se uma noite havia sido o suficiente para que a galeria o transmitisse segurança, imaginei em quantas eu o faria fugir aos gritos se ele persistisse na ideia de se tornar meu amigo.

— Você não está falando sério.
— Quem me dera eu não estivesse! Imagina a cena! Competição nacional de dança e minhas calças no chão! Como se não fosse o suficiente, Marina tropeçou nelas e caiu de cara. Tinha televisão e tudo. Dios mio, foi tão constrangedor! — seu rosto todo se enrugou numa repulsa à memória pintada em sua mente.
Houve apenas um instante de pausa, foi só seu olhar se esbarrar no meu que aconteceu o improvável, eu explodi em uma gargalhada genuína. Possivelmente a garrafa vazia de whisky tinha uma parcela grande de responsabilidade por isso. A cena toda dançava em minha cabeça, fazendo cócegas em meu estômago.
— Ei, do que você está achando tanta graça? — ele me repreendeu, brincando em meio aos seus próprios risos.
 E da mesma forma repentina que eu havia começado a rir, parei. Não exatamente por causa de suas palavras. Sua brincadeira fora apreendida por mim como uma seria cobrança da razão por eu me permitir rir. Eu não podia sair por aí dando risada quando era responsável por enterrar os meus melhores sorrisos. Felicidade não era uma coisa que estivesse ao meu alcance. Pelo menos não deveria estar.
— Faith? Tá tudo bem? — ele percebeu a mudança repentina em meu humor.
Assenti, endireitando minha postura.
— Só estou cansada — verifiquei o relógio mais uma vez. Faltavam dez minutos para que eu pudesse escapar.
— Bom, então agora você sabe porque larguei o tango e investi nos quadros — prosseguiu. Eu sabia que ele não havia caído na minha desculpa, mas sabiamente havia optado por desviar o assunto.
— É uma boa razão — concordei, começando a tamborilar os dedos na mesa. Quando faltasse cinco eu poderia fechar a galeria.
— E você? Tem algum hobby ou habilidade surpreendente?
Alucinações contavam como habilidade?
Neguei com um breve movimento da cabeça, decidindo ser benevolente comigo mesma. Eu podia me liberar agora da função de ficar de estátua dentro da galeria, assim Rafael teria que ir embora e eu estaria em paz novamente.
— Não dança? Ou toca algum instrumento? Já tentou pintar alguma tela?
— Não sirvo pra essas coisas — levantei da cadeira, peguei as chaves e minha bolsa — Obrigada pela companhia Rafael, pelo Whisky também, me diverti muito.
Ele levantou em seguida, me olhando um pouco confuso, tentando entender o que havia acontecido comigo em questão de segundos. Quando concluiu que eu estava mesmo o dispensando, pegou a garrafa e os copos.
— Tudo bem, também me diverti. Você não quer companhia pra casa? Está sóbria o suficiente?
— O que posso dizer? É preciso mais do que uma garrafa para me derrubar.
— Você é mesmo minha mais nova parceira de bebida.
Fingi um meio sorriso e apaguei as luzes as pressas, indo até a porta e enfiando as chaves nela. Esperei que ele saísse primeiro, e não olhei quando o fez.
— Boa noite, Faith — disse hesitante.  
— Até mais.
Me voltei totalmente para o trinco, demasiadamente concentrada na função de trancar a galeria. Enrolei até que ouvisse seus passos se distanciarem e respirei fundo. Que vida de merda.
— Pensei que havia desistido — identifiquei a voz de Maya num tom estranho bem ao meu lado.
Me dei apenas um segundo para forjar uma expressão agradável. Após insistir tanto com ela para que aceitasse meu convite, eu não podia estar com uma cara de merda. Vamos lá Faith, seja profissional.
Lhe dei o melhor sorriso que consegui.
— Claro que não! Fico feliz que esteja aqui! Está pronta para a melhor noite de sua vida?
Ela estava com os olhos semicerrados, eu podia sentir uma acusação vindo no ar. 
— A placa dizia que estava fechado, então fiquei pensando se deveria ir embora, e aí te vi com Rafael.
— Eu acabei de virar para fechado — argumentei, mas eu realmente não me lembrava de ter tocado na plaquinha pendurada na porta. 
— Não virou não, eu estava aqui, você que não me viu. Espero que todas aquelas risadas fossem sua forma de me arrumar um encontro com ele.
Se eu não havia virado, podia Rafael ter o feito, sem que eu percebesse, ao entrar? Isso explicaria a falta de clientes. Não que fosse um horário movimentado, mas geralmente pelo menos alguns gatos pingados. A questão era, por que ele faria aquilo?
— Ah sim, claro. Não havia percebido isso, mas eu estava mesmo arranjando o encontro pra você.
Eu apenas queria dar um soco na cara dela. Não estava satisfeita em atrapalhar o casamento de George? Não precisava arrumar confusão por causa de outro homem.
Ela não quis dar o braço a torcer da sua marra, mas pelo menos não discutiu mais.
Seria uma noite e tanto.
Entramos em seu conversível preto e Maya contou orgulhosa que seu chefe lhe havia comprado o veículo que desejasse, a única condição era a cor escura. Então fez o comentário do quanto aquela família tinha certa fissura pelas sombras pensando que eu não entenderia. Me fiz de inocente, mas se havia uma coisa que definia os Biebers era o caráter lúgubre. Só de olhar para seus rostos era possível supor que nada de bom poderia vir daquele ar de superioridade. E pior, não era tanto um ato de egocentrismo, e sim uma representação da realidade em si.
A levei ao Lyon’s Pub, um lugar que eu costumava frequentar quando estava acompanhada de Caitlin e Ryan. Pensei que talvez eu pudesse assustá-la se a levasse às minhas baladas costumeiras. Se bem que se convivia com assassinos, o que mais poderia lhe causar repulsa? Depois de deixarmos a fachada de paredes vermelhas e janelas quadradas para trás — e Maya fazer um comentário do quanto era engraçado colocar a figura de um leão fumando cachimbo e tomando cerveja como apresentação do espaço —, fomos recebidas por uma onda de marrom, já que quase tudo o que podíamos ver era de madeira, desde o chão, as mesas, cadeiras e nosso atendente de cara quadrada.
Como de costume, estava lotado até mesmo no segundo andar, então não tivemos escolha a não ser as cadeiras de frente para o balcão, com aquele tanto de copo pendurado a frente e algumas televisões espalhadas transmitindo um jogo de baseball, embora as caixinhas de som bem escondidas reproduzissem músicas de alguma banda de rock. Bandeiras e garrafas se espalhavam por todo canto como parte da decoração. Era quase informação demais para os meus olhos.
— Não que eu já tenha estado em uma taverna, mas me lembra muito uma — Maya analisou ao se acomodar na cadeira.
Dois cardápios foram baixados a nossa frente e corremos os olhos por eles.
— Hm, eu gosto, não gostou? — eu precisava que ela gostasse para ficar tempo o suficiente de esgotar minhas perguntas. Eu já havia perdido tempo demais. Estava na hora de agir.
Maya agitou os cabelos ondulados, jogando para um lado enquanto cruzava a perna, uma posição clara de atrai-macho. Seu vestido preto tinha uma abertura na perna esquerda e o decote deixava que seus seios dissessem um “olá” para o mundo. Exatamente o tipo de pessoa que eu preferia manter a trezentos metros de distância. Ela já estava atraindo a atenção de quase todos os homens num raio de dois metros quadrados.
— Preciso analisar. O que costuma comer aqui?
— Bacon e frango suíço em pão de cebola torrado.
Ela deu um sorriso animado.
— Adorei! E o que acha dessas batatas fritas cortadas a mão?
— Não como batata frita.
Percebi seu olhar de assombro direcionado a mim.
— Você é mais estranha do que eu pensava. Então vou ter que comer sozinha essa porção.
É claro que ela tinha que pedir batata frita. Não era, de fato, uma peculiaridade, mas isso fez com que eu criasse um pouco mais de desgosto pela sua pessoa.
Fizemos nossos pedidos para o homem com a caneta atrás da orelha suando como um condenado, e em um instante recebemos nossas cervejas. Eu não era muito fã de cerveja. Para receber o efeito desejado eu precisava de altas doses, e aquele gosto não era nada agradável. Parecia urina gelada. Não que eu já tivesse bebido urina.
— Tudo bem, hora da análise — Maya correu os olhos por todo o espaço, e não tive ao menos tempo de pensar que valorava a decoração, eu podia muito bem perceber que perscrutava as mesas, ou seja, as pessoas nas mesas. Ela recebeu alguns olhares de volta e chegou a dar uma piscada para o cara de jaqueta de couro — Gostei — concluiu, me dando um sorriso de conspiração.
Engoli a vontade de vomitar e arquei as sobrancelhas duas vezes.
— Eu disse.
Ela bebeu sua cerveja satisfeita e ajeitou sua postura, propositalmente de um jeito mais sensual. Maya adorava atenção, anotei.
— E então, qual é a sua? — me perguntou, deitando a cabeça na mão sustentada pelo cotovelo no balcão.
— Como?
— Tipo, o que você quer de mim?
Fiquei paralisada, sem esboçar reação alguma.
— Com tamanha insistência para sair comigo só pode querer alguma coisa — eu podia sentir todo meu plano escapulindo das minhas mãos e em um segundo cogitei inúmeras maneiras de fugir antes que me fizesse revelar minhas verdadeiras intenções, como apagá-la e jogar em um beco qualquer — Num geral, as pessoas não gostam da minha companhia. Digo, não mulheres. Nem homem sem interesse nesse corpinho — sua mão indicou o corpo como se fosse um produto da TV — Como foi que consegui alguém que queira ser minha amiga? — ela deu uma risadinha amarga.
Quase me senti mal por estar aliviada que aquilo fosse apenas uma exteriorização de sua baixa autoestima e não indícios de que havia me descoberto. Algo no fundo do meu estômago me avisava que eu não deveria encontrar conforto na dor de alguém. Por outro lado, se ela não tinha amigos, a culpa não era minha. O que ela esperava? Com as companhias e atitudes que tinha, não era nada surpreendente.
— Você parece ser alguém legal. Me identifiquei com você.
Quando foi que eu havia me tornado uma ótima mentirosa?
Para não testar mais minha habilidade nova, tomei um gole de cerveja quando ela me olhou para averiguar minha veracidade. Sua insegurança era tão grande que ela pensava ser uma piada.
— Você já está meio bêbada, não? — falou risonha.
Sendo mais uma forma sua de se menosprezar ou uma verdadeira constatação do meu estado, assenti.
— Confesso que bebi enquanto te esperava com Rafael. Mas não se preocupe, são só negócios.
Ela suspirou dando de ombros.
— Quer saber? Se o quiser para você também, não me importo em dividir, só garanta que vou ter minha chance.
Dei uma risada nervosa.
— Ah não, você pode tê-lo inteiramente, acredite. Agora me conte, sempre te vejo tão perturbada com seu trabalho que fico intrigada. O que você disse que seu chefe vende mesmo? — eu já havia cuidado do seu ego ao afirmar que ela era agradável, agora era sua vez de me pagar.
Sua cabeça balançou de um lado para o outro, inquieta.
— Se tem uma coisa que preciso me focar é na perfeição. Você não tem ideia de como cada detalhe importa.
Beberiquei um pouco mais o copo enquanto ela já terminava o seu. Eu já estava alta, se não fosse devagar seria bem capaz de esquecer alguns detalhes importantes no dia seguinte, e todo aquele meu esforço teria sido em vão.
— Ou eu estou com muita sede ou você é uma péssima companheira de bar — me julgou, ao pedir mais cerveja e perceber meu copo praticamente cheio.
— Você tem que estar no mesmo nível que eu primeiro, já estou com umas doses a mais. Mas voltando ao assunto, por que tem que ser tudo perfeito? Ele vende vacinas ou algo assim?
Ela quase gargalhou.
— Vacinas salvam vidas. George salvando vidas seria uma coisa engraçada de se ver.
Então ela percebeu o que havia dito e me olhou para dimensionar o nível do estrago. Permaneci com a expressão leve. Na verdade, não era mesmo uma novidade para mim, e eu poderia até estar rindo com ela.
— Mas isso não importa, não queremos falar de trabalho agora. Hoje é dia de relaxar — ela chacoalhou os ombros, dando um sorriso quando seu copo chegou cheio novamente, batendo palminhas. Em seguida me olhou de testa franzida — Ah meu Deus, eu não sei puxar assunto, sobre o que as pessoas conversam para serem amigas?
Maya estava realmente empolgada com a aparente chance do universo para acabar com o possível vazio que a vida fútil lhe dava. Solitária e carente entraram para as notas. Ela já estava aberta a uma manipulação. Fora quase impossível conseguir com que saísse comigo, mas depois desse êxito, eu não duvidava que estava apenas a um passo de me tornar um dos números mais importantes de seus contatos, e assim conquistar sua confiança. E se para isso eu precisava adquirir alta concentração de falsidade, não me preocupava nem um pouco.  
Era uma promessa, eu não sairia daquele pub sem ter alguma pista. 

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