Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

One Life 23

Fui a sua direção rapidamente, apressada para que saísse da visão de Nicole.
– Bieber, bom revê-lo.
Eu não sabia que seria difícil olhá-lo nos olhos com o sonho tão fresco em minha mente, mas foi quase desnorteante.
– Querido, junte-se a nós! – Eleanor falou da sala, acabando com meus planos de escondê-lo da cobiça de Nicole.
Ele percebeu meu desconforto, mas mesmo assim se direcionou para a sala. Arrastei meus pés atrás dele.
– Estes são Nicole e Jean, filhos de Flê – ela apresentou com um, sorrisinho – Este é Justin Bieber.
Ambos se levantaram. Justin deu um beijo nas costas da mão direita de Nicole.
– É um prazer.
Era impossível ignorar o olhar satisfeito dela.
– É todo meu.
Sua voz sempre fora tão nojenta assim?
Ele apertou a mão de Jean em seguida.
– Estavam nos contando o seu ato heroico. Muito obrigada por salvar nossa irmãzinha – Nick se sentou, cruzando as pernas, os olhos audaciosos não se desviavam dele.
Cruzei os braços, contendo meu instinto homicida.
– Não fiz mais do que devia – ele dispensou os agradecimentos com modéstia.
– Eu mesma me sinto obrigada a te recompensar!
Hipócrita.
– Pra você ver, ele ainda recusou tudo o que oferecemos. Esperamos que a amizade de nossa filha seja o suficiente, então – Eleanor deu um sorrisinho e me olhou com uma ordem explícita, “seja agradável”.
– É muito mais do que mereço, senhora Evans – ele olhou pra mim ao dizer, esboçando um sorriso codificado, compartilhando nossos momentos secretos. Perdi-me ali por um momento até escutar a taquara rachada.
– Você é muito gentil! Aliás, deveríamos nós jovens fazermos alguma coisa juntos agora enquanto os adultos conversam. Que tal irmos à sorveteria ali na frente?
Era o sol que me faltava. Não, eu não queria sair com ela, queria falar com o Bieber e descobrir qual era a honra da visita.
Nossos pais forjaram uma expressão de ultraje pela distinção “jovens e adultos”. Mas eu sabia que Eleanor estava ofendida de verdade.
– É uma boa ideia Nick, assim conversam mais livremente – Bryan nos incentivou.
-–Você não se importa, não é JB? Ou tem alguma coisa importante para fazer?
JB??? EU DEMOREI ANOS PARA O CHAMAR PELO PRIMEIRO NOME E EM UM SEGUNDO ELA JÁ ARRUMAVA APELIDO?
Ele deu um sorrisinho de canto.
– Não, vim apenas checar o estado da senhorita Evans de qualquer forma. É uma honra poder acompanhar vocês.
O sorriso no rosto de Nick quase pulou para fora do rosto e vi sua vontade de emitir um suspiro de admiração.
Deus segure minhas mãos ou possivelmente estrangularão essa menina.
– Então vamos! – ela se pôs em pé num salto.
Respirei fundo enquanto virava as costas, indo com pesar para a porta.
– Não sabia que você tinha uma irmã – Justin cochichou, me seguindo. Percebi pelo tom de voz que ele sorria, tirando uma com a minha cara – Ela é bem... Interessante.
Olhei para ele, tentando compreender o motivo do adjetivo. Sua testa se franzia um pouco, então não deveria ser num bom sentido. Sendo assim, dei uma risadinha.
– Você ainda não viu nada.
Esperamos Nicole terminou de falar com Flê e saímos de casa os seis, juntamente com meu segurança e o de Caleb. - pelo amor de Deus, nem fãs eu tinha, me protegeria do que?
Nick sabiamente se colocou do outro lado de Justin.
– Ual, sua vida cada dia importa mais, não é Faith? Para precisar de seguranças – ela comentou com ceticismo, exagerando nas expressões.
– Coisas do Bryan – Caleb respondeu por mim, passando o braço tranquilamente nos ombros de Cassie enquanto caminhávamos até a sorveteria da esquina.
Deixei de prestar atenção nela quando senti o campo magnético entre mim e Justin, estávamos tão perto que poderíamos no tocar. Meu impulso era de encurtar a pequena distância e entrelaçar os dedos nos dele.
– Claro, nunca se sabe quando vamos precisar de um, não é mesmo? Esse mundo anda perigoso. Por isso seria bom uma companhia masculina para nos proteger. Já que não é o JB, Faith tem algum caso promissor?
Justin me olhou, achando graça, esperando minha resposta.
– Não preciso de homem para me proteger, Nick, você precisa? – tentei não ser arrogante, mas pelas risadinhas disfarçadas, não havia funcionado.
– Até por que você saiu sozinha do quarto em chamas – ironizou, recebendo três olhares feios, o meu, de Caleb e Jean – Mas não se preocupe JB, eu sim dou valor ao que você fez – ela enlaçou o braço no dele com aparente compaixão.
Caleb levantou as sobrancelhas, me encarando para saber minha reação com tamanha ousadia. Eu não estava preparada para sentir o sangue pulsar em minhas veias. Nicole havia me proporcionado o limite de ódio. Quase pude me ver pulando em cima dela e socando seu rosto até o sangue espirrar pela calçada. Graças a Deus meu superego interviu, controlando o impulso.
Justin deu um sorriso para o chão, só para demonstrar que estava ouvindo.
Minha garganta emitiu uma risada estranha. Lembrou-me do som que eu vira uma vez psicopatas fazerem na TV.
– Claro Nick, você é um doce de pessoa – minha voz ácida pintou um clima pesado, mas pesada estava minha mão para rodar no rosto macio e descarado dela.
Nicole apertou os olhos para mim, não gostando do meu tom. Estava declarado, era guerra.
Entramos na sorveteria vintage – que em minha opinião era a coisa mais fofa do mundo. Cumprimentamos Clair que estava no balcão e fizemos nossos pedidos. Como não estava cheio, nos dirigimos para a mesa redonda com seis cadeiras no meio do estabelecimento.
– Parece que estamos saindo em casal, então para que eu não seja acusada de incesto, Faith, você senta ao lado de Jean.
Ela não me esperou responder, quase me atropelando para sentar do lado esquerdo de Justin, como Caleb já estava ao direito.
Respire, apenas respire.
Sorri para Jean e ele puxou a cadeira para mim, como a boa pessoa que era, AO CONTRÁRIO DA IRMÃ DEPRAVADA.
– Obrigada – agradeci e me sentei, invocando a paciência divina.
Justin captou meu olhar transtornado do outro lado da mesa, achando graça. Fiz uma careta para ele por rir da desgraça alheia.
– Me conte sobre você, quero conhecer o herói da família – Nicole chamou sua atenção, mais interessada nele do que no próprio sorvete de algodão.
– Bom, você escolheu meu sabor favorito – ele comentou, comparando o sorvete dos dois.
ERA LÓGICO QUE ELA HAVIA ESCOLHIDO ESSE POR VER QUE ERA O MESMO QUE ELE ESCOLHERA
– Serio? – ela fez uma falsa expressão de surpresa.
– E então, desde quando se apaixonou por ele? – ouvi a voz curiosa de Jean baixa e humorada.
Virei-me para ele com pesar por perder o próximo passo de Nicole, fingindo estar intrigada.
– O que? Isso não é verdade!
Jean ficou me olhando com um sorrisinho, esperando que eu admitisse. Eu era péssima em mentiras.
Relaxei os ombros com frustração.
– Quem conta quando se apaixona? – perguntei retoricamente e olhei para os dois de novo. Nick estava rindo. Do que ela estava rindo?
– E ele sente o mesmo?
– Boa pergunta – respondi insatisfeita.
– Mas já se beijaram?
Com essa pergunta foi obrigada a olhá-lo novamente.
– Ei, essa não é uma pergunta educada.
Jean riu, revirando os olhos.
– Isso é um sim – observou.
Bufei, irritada.
– Como as pessoas conseguem respostas minhas sem eu dizer uma palavra?
– Não sei se já percebeu Faith, mas você tem um temperamento forte. Não tem como querer esconder seus sentimentos – ele tomou um pouco de seu sorvete, tranquilamente.
– Quem me dera ele fosse assim também – desejei, dando mais uma espiada.
A camisa social cinza de Justin do braço esquerdo estava puxada até o cotovelo – e assim não estava antes – Nicole passava a mão em suas tatuagens, perplexa.
Eu só havia descoberto sobre essas tatuagens forçando um pouco a barra e ela o fez em um piscar de olhos???
– São tantas! E tão bonitas! Você precisa me levar no seu tatuador, quero fazer uma bem aqui – ela abaixou um pouco a camiseta, deixando a mostra o início de seu peito.
Justin não desviou os olhos dos dela, reservado.  De qualquer forma, isso era o cúmulo!
Senti Jean segurar meu braço, e só assim percebi que o movia para dar um tapa nela.
– Faith, relaxa – pediu com calma – Eu vou falar com ela.
Olhei pra ele com olhos quase loucos.
– E essa no seu rosto? – a cobrinha disse.
– Qual? A cruz? – Justin perguntou ingênuo.
– Não, a que está no centro mesmo, de deus grego.
Dei uma risada sarcástica e a encarei. Nicole me olhou com desprezo. Não consegui segurar minha língua:
– Você é tão engraçada Nicole, os meninos da sua cidade caem nessa?
– E os meninos daqui, caem nessa sua cara de santinha? – ela devolveu, distorcendo a última palavra. Eu queria distorcer a face dela.
– Gera mais resultado do que essa sua expressãozinha de oferecida – sorri com falsidade. Minha mão já estava coçando.
Ela arqueou a sobrancelha, me medindo com os olhos.
– É minha impressão ou você está irritadinha por que estou conversando com seu amigo?
Ótimo, agora ela queria me fazer parecer louca. Se era isso que ela achava, eu faria jus. Como queria tanto que Justin olhasse para seus peitos, eu poderia lhe dar uma ajuda amiga.
Era um desperdício com o sorvete, mas joguei a casquinha em seu busto com uma enorme satisfação. A massa escorreu para dentro do vestido.
Nicole deu um grito histérico, eu não a culpava, era meio grudento e gelado.
Levantei da cadeira e dei dois tapinhas leves em cima da sua cabeça.
– Faça bom proveito, meu bem, é bom te ter de volta.
Virei as costas, deixando a sorveteria com toda minha dignidade, embora alguns pares de olhos me declarassem como louca.
Willian tentou disfarçar a expressão de surpresa quando passei na porta, me acompanhando sem pestanejar.
– Acho que estamos prontos para voltar pra casa – disse para ele, dando um aceno rápido para Adrian, o segurança de Caleb.
Mal havia chegado ao meio da rua e ouvi os passos apressados atrás de mim. Pensei ser Nicole, e imaginei alegremente a cena dela tentando me atacar e Willian impedindo, fazendo com que passasse apenas mais vergonha no meio da rua. Flê teria que me perdoar, mas ela havia me testado demais.
– Faith! – o chamado era claramente de Justin.
Olhei por sobre o ombro, vendo sua expressão confusa e cômica.
– Veio se queixar por meu comportamento deselegante com sua nova amiga?
Ele franziu a testa, me alcançando.
– Não, embora eu não tenha entendido a intensidade da reação – ele deu uma risadinha, se divertindo.
– Não entendeu? Claro.
Jean dizia que eu era bem expressiva, e Justin – que já deveria saber de muito a essa altura – não conseguia interpretar um simples ataque?
Ele ficou mais confuso com o meu tom de irritação.
– Não, se quiser me explicar ficarei grato.
Ri com ironia.
– Peço desculpas se te atrapalhei no meio de um flerte – virei o rosto, andando mais rápido.
Faith, você está sendo ridícula, pare.
– Ok, agora estou realmente intrigado.
Olhei seria para aquela carinha ingênua esculpida por anjos.
– Eu sou apenas uma louca em surto, Justin Bieber, não se preocupe, já ligaram para o manicômio.
Fiz menção de andar de novo, mas ele segurou meu braço, fazendo com que eu o olhasse.
– Você pode, por favor, me explicar o que está acontecendo? Por que está descontando em mim? – sua fisionomia se desdobrava em persuasão.
Ele estava se fazendo de burro, com certeza, ou tinha prazer em ver as pessoas se humilhando. Se era o caso, eu não lhe negaria mais alguns minutinhos de diversão.
Puxei meu braço de volta.
– Quantas vezes e de quantas formas mais vou precisar te dizer que eu gosto de você? Se não caiu a ficha ainda, trate de digerir isso de uma vez! Eu gosto de você, e não gosto de gostar de você porque você não me da certeza. Nicole estava apenas no direito dela de dar em cima de um homem desimpedido, porque não sei se você sente o mesmo, ou se gosta apenas de me beijar quando te dá na telha, mas isso não quer dizer que as coisas vão mudar pra mim. Pelo amor de Deus, eu até sonhei que você dizia que gostava de mim! Eu estou louca sim, e o responsável é você. Então a culpa é sua por eu jogar sorvete no busto daquela desmiolada. A culpa é sua porque, querendo ou não, você fez o favor de entrar no meu coração com todas as palavras que me disse, com as atitudes pra se aproximar de mim, com aquela história estúpida de outono e inverno, embora aquela folha tenha queimado nas chamas do meu quarto, e, meu Deus, eu chorei por perder aquela lembrança. E eu tenho vontade de chorar todas as vezes que você olha pra mim, porque eu não sei dizer se algum dia vai poder ser sempre você, porque uma hora você está perto e em outra longe, mesmo que esteja ao meu lado. E é tão injusto que eu também tenha que me conter sempre. É isso o que está acontecendo – tomei o ar que meu corpo exigia, tendo dito todas as palavras quase ao mesmo tempo, rápido demais para que eu pudesse passa-las pelo filtro da decência, talvez rápido demais para que ele entendesse.
Justin estava serio, assimilando devagar tudo o que eu dissera. O silêncio ecoava, a não ser pelos mínimos pingos de chuva que começavam a cair do céu, entrando em contato com o chão.
Ele parecia estar petrificado, e como eu dissera em meu discurso, distante, indecifrável. Conforme a adrenalina baixava, tomei noção do que eu havia acabado de fazer e desejei que caísse um meteoro na minha cabeça. Era pior porque ele estava mudo, pior porque isso não podia significar boa coisa, pior porque eu podia ouvir meu coração rachando diante a possibilidade de ele não sentir o mesmo.
Limpei meu rosto quando senti um pingo de chuva escorrer por minha bochecha direita, mas em seguida tive que repetir o movimento na esquerda. Não, me diga que eu não estou chorando.
– Senhorita, podemos ir para a calçada para que possam conversar melhor?  Algum carro pode passar a qualquer momento? – Willian disse receoso, me lembrando de sua presença, tornando minha humilhação pública.
Ótimo.
– Não tem conversa para continuar, nós podemos seguir, Will – respondi e minha voz tremeu. Porcaria.
Não olhei para Justin enquanto retomava meu caminho, subindo na calçada, me xingando por ser tão burra, tão impulsiva, tão sentimental, tão ingênua, tão...
– Linda – a voz grave e apressada de Justin me pegou desprevenida, me fazendo parar de andar.
Ele andou rápido até ficar na minha frente, vendo que eu não tinha intenção de me voltar pra ele novamente.
Seu rosto estava afetado, uma tempestade de emoções o consumia, e eu podia ver que tomava um caminho desconhecido dentro dele mesmo. Era possível que os pingos de chuva cada vez mais frequentes descendo por seu cabelo, sua roupa, seu rosto, exaltassem toda aquela fascinação que ele tinha?
– Você é linda, Faith. E não só por fora, por dentro também. Isso que me prende a você, isso que me faz querer te ver todos os dias, que me faz mudar todas as minhas decisões, que me faz contrariar meus princípios e... – ele se aproximou mais de mim, ficando a um passo de distancia – Me surpreende que possa enxergar e despertar o melhor de mim, quando eu mesmo já desisti. Eu não penso que seja digno de despertar todos esses sentimentos puros dentro de você, mas não consigo jogar isso fora. É só eu te ver que... Cada fibra do meu corpo grita tão alto por você que... – sua mão se direcionou lentamente para o meu rosto, tocando minha bochecha com as pontas dos dedos – submerge a razão. E para sua informação, isso não foi sonho, eu estive ontem no seu quarto, então já te disse que... Eu também gosto de você – eu nunca o vira lutar tanto para escolher as palavras, indeciso se gostaria de me revelar uma parte tão bem escondida dele, mas também uma das mais bonitas.
Meu coração parecia ser o único órgão funcionando normalmente em meu corpo, batendo tão forte que me deixava trêmula. Eu não conseguia dizer nada, encarando seus olhos com tamanha comoção que parecia ser o suficiente para aquele momento.
Mesmo estando no maior caos que eu já o tinha visto, Justin sabia o que fazer, como em todas as ocasiões. Ele retribuiu meu olhar por um instante, depois me puxou pela cintura, me dando o melhor beijo que eu já havia experimentado, superando até os que me dera antes, porque nesse não havia apenas reciprocidade da carne, mas de sentimento. Nós dois – eu agora lúcida – havíamos despejado o fundo de nossos corações um para o outro, a chuva lavava nossa insegurança, figurando naquele ponto o melhor dos meus contos, por um momento, eu era dele, e ele era meu.

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