Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

sábado, 23 de setembro de 2017

One Love 17

Hanna já me disse uma vez que só temos um amor verdadeiro em toda a vida. Podemos ter milhares de relacionamentos amorosos, mas apenas um foi feito exatamente para você. Não é o que vai dar certo, necessariamente, isso cabe aos dois decidir. Uma vez impregnada com as digitais dele, você nunca mais será a mesma. E todo aquele sentimento que te fez transbordar? Nunca existirá um tão forte quanto.
Eu partilhava dos mesmos pensamentos que Hanna, e acreditava, fielmente, ter encontrado esse amor exclusivo em Justin. Então, ele me foi roubado e eu soube que me mudaria para sempre. Minha única esperança era poder encontrá-lo depois de superar a morte. Justin não foi tão ruim a ponto de ir direto para o inferno, e eu não sou tão boa para merecer o Céu imediato, o que deixava nós dois esperando no purgatório. Por mais insano que pudesse parecer, essa era minha única chance de reencontrá-lo.
Nessa minha lógica totalmente questionável, eu quase podia experimentar o gosto do reencontro na minha língua. Quanto mais Annelise avançava, mais eu sentia os braços dele ao meu redor, me prometendo segurança e abrigo. Meus batimentos cardíacos se acalmavam com o eco em minhas veias de que tudo ficaria bem agora. Deixei-me acolher por essa letargia até parar de lutar contra a pessoa real que me mantinha imobilizada. O fundo do meu consciente suspeitava do fato de alguém ter me drogado devido ao meu emocional ser quase dominado por uma paz e felicidade desconhecida.
Quando Annelise parou à minha frente, minha tosse já cessara. Eu estava preparada. Sabia que aquele era exatamente o lugar onde eu deveria estar. Finalmente a loucura tomara conta do meu cérebro? Provavelmente.
Os olhos de Annelise estagnaram em chamas acima do meu ombro e sua mandíbula se contraiu, a mão fechada em punho se contorceu. Ela estava se controlando; como uma pessoa que tinha sérios problemas de autocontrole, eu podia reconhecer o sentimento. Identifiquei também que se obrigava àquela condição por uma força maior. Talvez por causa do sujeito atrás de mim.
Isso me levava a pergunta mais importante, uma que eu ignorara completamente. Quem me segurava pela cintura?
— O que você está esperando? — impeli-me a perguntar, desatinando mais uma sequência de tosse.
— Já terminou seu escândalo? Podemos ir? — questionou-me com a voz ácida — Não sou obrigada a aguentar esses surtos psicóticos e não quebrar nem um braço dela — completou, emburrada. Aquela frase podia ser sobre mim, mas não me era dirigida.
Eu estava certa, o ser humano incógnita era alguma espécie de autoridade à Annelise. O nervosismo infiltrou-se em minha calmaria estranha. Mesmo tendo noção de que não deveria, virei minha cabeça na tentativa de vê-lo. Foi inútil, seu traje completo de paintball o deixava indistinguível.
— Ok. Vamos indo — Annelise expirou, virando-se para Rafael — E o que fazemos com esse gatinho?
— Se você machucar ele, eu juro que te parto ao meio — eu estava fazendo muitas ameaças ao vento ultimamente. Contando ainda o fato de que ela já o havia machucado.
Rafael se colocou em pé, atravessando o choque e a dor, o braço ferido contra o peito, os olhos alarmados correndo entre nós três. Foi o que bastou para me despertar do meu instante de insanidade. Eu ainda não podia desistir. Haviam muitas pessoas contando comigo. Hanna deveria estar apavorada em Boston. Justin teria que me esperar mais um pouco.
— O que vocês querem? Nos deixem em paz! — ele avisou. Embora Rafael desse o dobro de mim em musculatura, o efeito fora o mesmo que o meu.
— Acho que podemos deixá-lo bem aqui. Ele não corre risco com a gente no controle — Annelise concluiu, esperando a aprovação superior.
Fui devolvida ao chão, minha cintura se viu livre. Em contrapartida, a mão grande coberta por uma luva agarrou meu braço com firmeza. Entendi muito bem o recado, eu não sairia enquanto eles não deixassem.
— Se você fizer alguma gracinha, eu volto e apago a existência maravilhosa dele da face da terra — Annelise se dava muito melhor com ameaças.
Criei um cenário perfeito em minha mente onde eu amarrava seu cabelo amarelo no pneu de uma moto e arrastava por quatrocentos quilômetros na velocidade da luz.
Agora que ela e Maya tinham o que queriam — a minha vulnerabilidade —, havia alguma chance de que deixassem Rafael em paz. Mas e Caitlin? Annelise sabia que ela estava aqui? Eram só eles três no jogo?  
Olhei para Rafael no intuito de transmitir calma, dizendo:
— Não fale com Maya, eu te explico mais tarde. Vai ficar tudo bem.
Passou-se um segundo de tensão, até que ele assentiu devagar. Pensei ter ouvido o superior de Maya bufar e nos viramos para o lado contrário do campo, mais para dentro das árvores. Se havia um momento certo para bolar um plano de última hora, aquele era o momento de inspiração.
Dois passos mais tarde, o som oco nos chamou atenção, e me deparei com Rafael caído ao chão atrás de mim. Annelise chacoalhava a mão direita com a testa franzida.
— RAFAEL! QUAL É O SEU PROBLEMA?! – gritei pra ela, me içando para atingir seu rosto hipócrita e socorrer Rafael ao mesmo tempo.
Seu amigo me segurou pelos dois braços, resistindo à minha força quase nula.
— Ele que me atacou primeiro — defendeu-se, revirando os olhos — É só um desmaio, seria um crime deixar o mundo sem esse colírio para os olhos — o canto da sua boca se esticou com veneno. Ela estava tentando provocar ciúmes em mim? Certamente não entendera nada sobre nós dois — Embora eu não me importe muito com crimes. Podemos seguir.
Como se fosse uma escoteira aplicada, tomou a liderança, dando passos largos. Incentivada pelo puxão em meu braço, segui atrás deles depois de dar uma última olhada em Rafael todo desajeitado em meio às folhas. Me odiei pela vigésima vez no dia. Eu era nociva para todos os que estavam à minha volta.
— Aonde estão me levando? O que querem? Quantos de vocês estão aqui? — exigi saber. Quanto mais detalhes eu tivesse, mais eficaz seria meu plano de fuga. Eu deixaria que nos afastássemos de Rafael, o que lhe daria algum tempo para acordar e depois correr comigo até seus pulmões explodirem.
— Relaxe, Faith Evans. Além da desmiolada da Maya, só nós dois. E se você se comportar, não vamos te fazer mal.
Eu não podia acreditar em Annelise. Nada nela me inspirava confiança, muito menos no senhor mascarado. Para que tivéssemos alguma chance, Caitlin deveria estar me esperando no carro, quando eu aparecesse com Rafael, iniciaríamos uma fuga automotiva. Talvez assim conseguíssemos sucesso.
O único problema seria escapar dos dois viva.
Annelise parecia confiar inteiramente em seu amigo na responsabilidade de me vigiar, deixando toda sua concentração no caminho. Pelo porte físico, eu supunha que fosse um homem por baixo de toda aquela roupa — um homem empenhado em não me deixar escapar. Ele estava atento a cada mínimo movimento que eu fazia. Minha melhor chance era nocauteá-lo, possibilidade esta tremendamente absurda. Mas eu não ia pagar para ver aonde me levavam. Havia prometido para Hanna que resolveria tudo; havia prometido para Caitlin que me sairia bem; havia prometido para Rafael que tudo daria certo. Todas promessas feitas no mesmo dia. E eu daria um jeito de cumpri-las. Não queria nem imaginar toda a culpa jogada em Caitlin caso voltasse para a cabana e Ryan visse que estava sozinha.
Você tem ótimos planos, Faith, mas péssimos desenvolvimentos.
Ou é isso o que vamos ver.
— E aí, como foi que você conseguiu aquele cara bonitão, Faith? Subestimo mesmo suas habilidades com os caras — Annelise puxou assunto.
Fuzilei suas costas com os olhos. O carrasco viu minha intenção homicida e apertou com um pouco mais de força meu braço. Isso mesmo, melhor me segurar ou eu vou libertar a pantera.
— Você viu como ele te defendeu? Foi fofo.
— Isso se chama amizade, Annelise. Você saberia como é se tivesse um bom caráter.
Não era bom provocar quem me tinha na mão. Esse pensamento só foi tardio demais.
Ela deu uma risadinha irônica, fazendo sua cara feia de demônio pra mim. Pela cara ela não assustava, nunca tive medo de palhaços. E eu adoraria comprovar minha teoria em outro dia, agora precisava colocar meus objetivos em ação.
Entortei meu pé e soltei o peso do meu corpo, simulando uma torção. O braço que me segurava me firmou, me impedindo de cair.
— Ai! Ai, ai! — gemi, me inclinando para baixo.
Annelise me olhou exasperada.
— O que foi agora?
— Torci meu pé, me deixe sentar um pouco — resmunguei.
Ela revirou os olhos.
— Não temos tempo para isso — disse, fazendo um sinal de cabeça para meu capataz.
Meus pés foram tirados do chão outra vez, sem precisar de muito esforço, o mascarado me carregou como um recém-nascido. Alonguei meu pescoço o máximo para ficar distante dele.
Muito inteligente, Faith. Escape dessa agora.
Não gostei muito da minha próxima ideia, porém, não haviam alternativas. Esperei chegarmos perto do graveto grande na frente da árvore robusta, e, com um movimento brusco, rolei do colo do desconhecido. Caí de cara no chão. Sem tempo para ouvir a reclamação de todas as partes do meu corpo, agarrei o graveto e me voltei para cima, apontando o pedaço patético de madeira na direção dos dois.
— Nenhum passo! — ordenei a vista dos olhos incrédulos de Annelise.
Ela cruzou os braços, utilizando toda a sua expressão para me julgar.
Eu não sabia por quanto tempo eles apreciariam meu gesto inofensivo demais para ser ameaçador, então me coloquei em pé, ignorando até mesmo os fios caóticos do meu cabelo na frente dos meus olhos. Annelise desviou a cabeça com tedio para seu comparsa, e utilizei esse momento mínimo de distração para voar na direção oposta dos dois.
Você consegue correr mais rápido que eles, você consegue correr mais rápido que eles, você consegue correr mais rápido que eles...
Ultrapassei uma.... Duas... Três... Quatro árvores, pulei a pedra pequena, e deixei para trás mais uma... Duas árvores. Não tinha mais nenhum sentimento de paz em meu espírito, correndo desesperada e dolorida como estava, me lembrava do filme que assisti algumas vezes com Hanna, Jogos Vorazes. Pessoas largadas em uma floresta para matarem umas às outras. Se Katniss Everdeen conseguira, por que eu não? Faith Evans, a nova sobrevivente.
Só parecia muito mais legal no filme. Minha garganta seca e ressentida pelo mini enforcamento me implorava por água, cada músculo do meu corpo dava sinal de vida, ameaçando paralisar de exaustão, o estômago latejava pelo golpe de Maya. Destruíram minha alma, agora queriam fazer o mesmo com a carcaça. Muito bem, venham pegar.
Por ironia do destino, um puxão na parte de trás do meu macacão me fez perder o compasso. Qual era a técnica desses caras para correrem despercebidos em cima de folhas e mato?! Fiz força pra me soltar e me lancei para frente. Senti-me uma idiota tentando lutar contra um moinho. Um moinho que me jogou contra o tronco da árvore mais próxima.
Eu estava encurralada. Meu coração entalou na garganta.
Usei minhas palmas para empurrar seu peito pra longe, o que, previsivelmente, foi inútil. Fiz, então, o que eu fazia de melhor:
— Ajuda! Ajuda! Ajuda! — berrei.
Aonde estavam os jogadores idiotas de Paintball quando se precisava deles?!
Com a mão direita, o carrasco segurou meus pulsos. Possivelmente, viera mais rápido que Annelise para me preparar para o abate. Depois de outra fuga, ela deveria ter reconsiderado a ideia de me ferir. Se essa fosse sua intenção, e supondo que seu amigo fosse um homem mesmo, ele sentiria o poder de uma joelhada minha. Tomei impulso, mas antes que a concretizasse, ele usou a mão esquerda para puxar sua máscara.
Meu primeiro pensamento foi de cuspir na sua cara nojenta, independentemente de quem fosse. E depois, eu vi seus olhos.
A cor líquida do mel teve o efeito planejado, me prendendo a ele por segundos intermináveis irreais — a avaliação do restante do rosto foi terrivelmente rápida devido a essa necessidade. Alguns pelinhos determinados cresciam em seu queixo e acima de sua boca, aquela boca pequena e fina tão chamativa com uma pinta a dois dedos de seus lábios no canto direito. Já em sua cabeça, diferentemente dos fios longos até a nuca, se encontrava uma sombra castanha rala. 
Minha mente quebrada havia se superado. Eu nunca o enxergara em outras pessoas, e muito menos de forma tão real e diferente assim. A ilusão foi suficiente para amolecer meus ossos, eu tinha certeza de que desabaria no chão caso ele não estivesse me segurando, o que não o fazia apenas com seu corpo, mas com o olhar. Seu olhar intenso dentro do meu dizia milhares de coisas, e eu não podia diferenciar uma sequer, beirando como estava a loucura. O ar se preenchia com a tensão, tamanha era a influência que aquilo estava tendo sobre mim. Todo o meu ser se derretia, ameaçando me desfazer em líquidos lacrimais, e a dor da carne que eu sentia há pouco nada se comparava com a tortura da alma. Annelise nunca poderia fazer nada que me doesse tanto assim, ninguém poderia, aquela era a forma personificação de sofrimento para mim.
A lógica me lembrava de que aquele não era Justin, o qual eu nunca mais poderia ver nessa terra, e por isso me doía tanto.    Contudo, as minhas emoções já começavam a banhar meu rosto, descendo por meus olhos nos intervalos longos de piscadas que eu dava, não querendo perder ao menos um segundo daquela fantasia bonita. Até mesmo não estando presente em carne e osso, Justin Bieber conseguia ser mais fascinante do que todos os homens que eu já conhecera em minha vida. E, droga, como eu sentia sua falta. Sentia falta dos seus mistérios, da sua elegância, do seu sorriso, das suas brincadeiras e manias; sentia falta de sua competitividade, de seus talentos musicais e de sua disposição; sentia falta dos seus beijos, seus abraços; sentia falta dele por inteiro.
Não parei para pensar o que o real ser humano à minha frente estaria achando de toda aquela cena que eu estava fazendo, na realidade, pouco me importava. Eu queria ficar ali para sempre, perdida no limbo da minha existência.
— Faith? — uma Caitlin receosa adentrou minha fantasia e tive noção de que ela se aproximava. Agora era a hora de fugir. Numa reviravolta surpreendente, entretanto, eu não queria ser resgatada.
— Cait — choraminguei, um pedido camuflado de socorro, eu estava incapaz de desviar os olhos da minha visão particular. Haviam grandes probabilidades de perdê-lo se eu quebrasse aquele instante construído pela minha maior idealização.
Meu carrasco — e esse apelido nunca fizera tanto sentido como naquele momento — passou a língua sobre a boca, numa representação de nervosismo explicito, e lhe dirigiu a palavra ainda com os olhos em mim:
— Olá, Caitlin.
O trabalho estava completo, minha criatividade estava de parabéns. A voz aveludada acariciou meus ouvidos, aquele era o timbre de Justin. 

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