Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
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Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

One Time 6

Apeei um pouco desajeitada pela falta de prática e segurei as rédeas do cavalo, um alazão musculoso, direcionando-o para os estábulos. A claridade sucumbia gradualmente a chegada da noite, despedindo-se de uma tarde extremamente agradável de montaria. Justin organizara uma lista de lugares a me mostrar no decorrer do dia, pela manhã aproveitamos o parque para uma conversa tranquila, na qual fui desafiada a subir em árvores com ele — não caí dessa vez — banhados de olhares julgadores dos passantes. Almoçamos no Mc Donald's e ele mesmo pediu para acrescentar picles no meu lanche, e em seguida me levara a Sociedade Hípica da cidade, onde tive a oportunidade de conhecer Gideon, um animal muito simpático que me permitiu montá-lo durante horas. 
Eu havia dito a Justin que precisávamos de um tempo só nosso e ele o usara para resgatar nossas raízes. O modo como nossa sintonia estava ao fim do dia mostrara ser uma estratégia eficaz. Sentia que nossas células se comunicavam mesmo distantes, da forma que deveria ser para sempre. 
— E o Gideon já faz falta. — Lamentei, montando na moto atrás dele, portava orgulhosamente o capacete em minha cabeça. Sã o bastante para lutar por ele, não fora tão difícil assim conseguir. 
Bem humorado, tomado pelo mesmo espírito animador que uma relação sólida e segura trazia, ele emitiu um ruído grave na garganta. 
— Voltaremos mais vezes. — Garantiu, ignorando a crítica indireta ao seu veículo. — Aguenta mais uma parada? — Inclinou levemente o rosto na minha direção e eu pude ver um sorrisinho repuxar o canto da sua boca. 
A empolgação pipocando em sua face deixou meu estômago agitado de ansiedade — além do nervosismo por estar mais uma vez em cima do monstro dirigível. 
— Com você? Para qualquer lugar. — Agarrei feliz sua cintura, encostando o capacete nas suas costas e confiando-lhe, literalmente, meu futuro. 
A viagem fora extremamente longa, praticamente um teste para os meus nervos. Eu tinha a impressão de que passara horas com os músculos rijos a ponto de receber dores latejantes como retribuição dos mesmos. Sentia-me como uma criança irritante, perguntando diversas vezes se já estávamos chegando. Não estávamos mais em Toronto, passamos por uma ponte em Burlington e chegamos em Hamilton, seguindo pela estrada até nos distanciarmos da civilização, o trânsito diminuiu até estar praticamente nulo, e árvores nos ladeavam a cada esquina, não que houvessem muitas esquinas. Finalmente chegamos ao estacionamento, onde recebíamos uma folga da mãe natureza, abrindo espaço para o campo aberto enfeitado com algumas copas que precedia o rio imenso. Binbrook Tract Conservation Area, eu havia lido em uma placa. 
Justin mesmo se encarregou de domar meus fios rebeldes quando tirei o capacete, suspirando de prazer ao pisar em terra firme. Acariciou meu rosto com doçura ao passo que fitava concentrado meu rosto, uma ruguinha julgadora entre suas sobrancelhas. 
— Você sempre fica pálida. — Comentou, achando graça. Se eu não soubesse o quanto estimava aquele tipo de transporte, diria que insistia em me botar nele apenas por seu próprio divertimento. 
— Mal posso imaginar o motivo. — Disse, expressando o leve toque de irritação. Isso só o fez achar mais graça. 
A noite já predominava, sua presença intimidadora por todos os lados, tendo em vista a escassez de luz artificial, um poste ou outro ostentavam lâmpadas pequenas, deixando a maior parte do trabalho para o céu. A nossa volta esparsas árvores apresentavam seus galhos secos emaranhados semelhantes a garras em troncos gigantes. Parecia o local ideal de se gravar filmes de terror, ótimo para esconder corpos também. O arrepio que desceu por minha espinha se devia em parte ao frio que o ambiente proporcionava. 
Justin passou o braço sobre meus ombros, puxando-me para si ao perceber que estremeci.
— Impressão minha ou você está levemente assustada, Faith? — Perguntou, divertido. 
— Bem, nem todos nós somos invencíveis. Algumas pessoas são simplesmente humanas. 
Aconcheguei-me no calor de seu corpo, imaginando se ele tinha a mínima noção de como me sentia protegida em seus braços. Quase nem me importava mais onde estávamos.  
— Pode ser, mas não você.
— Eu não sou humana? — Olhei para seu rosto, intrigada. Não conseguia pensar em nenhuma característica minha que me tornasse diferente do que uma garotinha de dez anos com medo de escuro. 
— Você também é invencível. — Afirmou, convicto — Muito teimosa para morrer. — Franziu a face, como se me repreendesse por alguma travessura. 
— Obrigada? — Agradeci em tom de dúvida. Provocando sua risadinha. 
Seu rosto todo sorriu para mim. 
— Eu quem agradeço. — Piscou e se inclinou para me dar um beijo de leve. 
Parei de andar quando ele estagnou no meio daquela espécie de campina, a nossa frente a água tremeluzia escura como petróleo. 
— Não trouxe uma toalha, você se importa em deitar no chão?
Apenas olhei para ele e me sentei, Justin sabia que eu não tinha nenhum tipo de frescura, mas confesso que naquela ocasião eu gostaria de ter algum tecido além da minha roupa entre mim e a grama gelada. Esperei que ele se sentasse também antes de me deitar, para que me recostasse alegremente em seu peito. Quando o fiz, arquejei. 
— Justin..... — Gaguejei, boquiaberta. 
Eu não havia reparado no céu de forma direta desde que deixamos a Sociedade Hípica, ali ele se estendia escuro sim, mas salpicado de milhares de estrelas, mais aglomeradas em alguns cantos, a ponto de ser pintado em diferentes tons de azul, me despertava o desejo de alcançá-las para segurar em minha mão como se fossem pequenos cristais reluzentes. 
— Reparei que você não tem olhado muito as estrelas ultimamente, então pensei que seria importante resgatar essa parte de você. 
Era verdade, eu não tinha mais o costume de admirar os corpos celestes desde que... Bom, desde que eu pensei que ele havia morrido ano retrasado. A lembrança me devolveu os calafrios e eu agarrei a frente de sua camiseta para senti-lo fisicamente ali. 
— Sim... Elas são... perfeitas. Obrigada. — Minha voz saiu embargada e eu sabia que era a mistura de todas as emoções que transcorriam pelo meu sangue a responsável. 
— Consegue distinguir algumas das que nomeou?
Investiguei a fundo minhas velhas conhecidas, não que tivesse tirado meus olhos dali desde que vira aquela paisagem insigne. 
— Ah... Nunca vi tantas juntas assim, então pode ser que as confunda. Mas... Tenho a impressão de que aquela ali é uma bem especial. — Apontei. 
No entanto, não tinha como ele saber de qual eu estava falando, eram muitas e tão unidas como se fossem melhores amigas. Senti outra coisa despertar no fundo do meu âmago, a vontade de eternizar aquela visão em um quadro. Peguei meu celular para capturar um registro além da minha memória. 
— Sei. Qual é o nome?
— Faithin. Se lembra? — Olhei de esguelha para seu rosto e recebi a resposta em seus olhos sorridentes, sim, ele se lembrava. 
— Como poderia esquecer? — sua mão subiu pelas minhas costas para minha nuca, onde enterrou os dedos em meus cabelos, puxando minha cabeça ligeiramente para trás a fim de fitar meu rosto. Suspirou, ficando sério de repente. — É curioso, Faith, nenhuma paisagem que eu coloquei meus olhos conseguiu superar sua magnificência. São tantas características... — o dedo indicador de sua mão esquerda trilhou um caminho por meu rosto, delineando minhas formas — tantos detalhes que se completam com perfeição.
Fiquei presa em seus olhos, eu mesma entendia muito bem o que ele dizia quando se tratava de seus próprios traços e quis devolver o elogio, mas estava engasgada com sentimentos. Não aguentei esperar muito mais e me inclinei para sua boca macia e receptiva, movendo meus lábios sobre os dele devagar, encontrando o encaixe perfeito que tinham. Ele passou a mão por baixo do meu blusão, puxando-me mais para cima do seu corpo, e eu me arrepiei com o contato de seus dedos gelados na minha pele, não podendo culpar a temperatura por isso. Empolgada, abri espaço, sem dificuldade, para minha língua em sua boca e tive certeza que uma cascavel se contorcia em minhas tripas ao passo que ele subia a mão até o meio das minhas costas. Mordisquei seu lábio enquanto acariciava seu cabelo, tomando cuidado para  não machucá-lo. 
Repreendi-me quando Justin paralisou, já formulando desculpas pela força da mordida. Porém, antes que eu pudesse fazer alguma coisa, tornei-me uma boneca de trapos em suas mãos fortes, no próximo segundo, e sem saber como aquilo ocorrera, eu estava em pé e atrás do seu corpo, virada de costas para o lago com o coração aos pulos. Ele segurava minha cintura para garantir que eu não me moveria, com o braço estendido atrás de si. 
— Vocês podem sair agora ou eu irei buscá-los. — Disse em voz alta para um montinho de árvores isoladas, firme e muito calmo.
— O que você... — Comecei a perguntar, aos sussurros, perplexa, antes que apertasse minha cintura, interrompendo-me. 
Apertei os olhos para ver o que ele via, mas mal conseguia distinguir os galhos nos troncos. Por outro lado, ouvi um breve farfalhar atrás de mim. Estávamos no meio de um circulo de árvores esparsas, montinhos isolados que formavam as pontas de uma estrela. Do canto superior direito saiu uma forma escura, adentrando nossa campina. Apertei o braço de Justin que eu segurava sem perceber como um alerta e ele mal inclinou a cabeça naquela direção, também havia ouvido. Lentamente, mudou nossa disposição no espaço, para que tivesse visão dos dois lados sem dar as costas para algum deles. 
Percebi que das sombras que Justin conversava também saía mais alguém. Depois, da árvore à nossa frente mais um, e atrás de mim outro, um cerco perfeito. Ele teria que ficar de costas para alguém. Deu uma pequena volta, sempre comigo em seu encalço, para analisar a situação. Quatro homens, dois provavelmente estavam acima do peso, levando em conta os tamanhos, os outros dois gastavam algum tempo se exercitando. Todos altos, e de nenhum eu tinha visão do rosto, eu não sabia se isso me deixava mais tensa. Justin escolheu deixar as costas para um dos sobrepeso, decidido a encarar o primeiro a se anunciar em nosso ponto de paz, o qual movia-se com tamanha elegância e parou a uma distância maior de nós do que os outros. 
— Bieber, não havia necessidade disso agora, eu esperaria com todo o prazer que terminasse seus assuntos. — A voz grave soara diplomática, simpática, mas os músculos de Justin se endureceram de ódio como se ele tivesse lhe insultado. 
— Brown, não precisava se dar ao trabalho de facilitar meu trabalho, eu mesmo poderia ir até você. — Justin respondeu, igualmente cordial. 
Trabalho? Então aquele era um de seus alvos, provavelmente. Estava demorando muito mesmo para aquilo acontecer, eu sabia que uma hora ou outra eu ou sua família nos tornaríamos dano colateral, e acho que alguma parte dele também sabia daquilo. Não era a toa que o mesmo se encarregara de me treinar com defesa pessoal e até algumas aulas de tiro. Ryan e Caitlin substituíam seu posto quando ele se ausentava. Mas aula e prática são coisas totalmente diferentes, eu sabia por experiência própria. Supondo que eu estivesse a mesma altura que aqueles homens em habilidade, eles ainda estavam em número maior. Dois para cada. 
Engoli em seco. Contanto que eu não ficasse com os dois armários talvez sobrevivesse. Se implorasse como um gatinho assustado.
— Eu não poderia perder a oportunidade de conhecer a Senhorita Evans. Olá! — Tive a impressão de que ele sorria e desejei que saísse das sombras para que pudesse vê-lo direito. Ou se afundasse nelas e fosse embora. Justin apertou minha cintura possessivamente ao ouvir meu nome.
Percebi que eu me encolhia como se pudesse ficar invisível para que não me vissem, e o reconhecimento de que não estava funcionando me deixou um pouco mais abalada.
Tudo bem, Faith, não é como se você nunca tivesse estado em uma dessas antes. Me acalmei. 
As palavras tiveram efeito reverso, nenhuma das minhas experiências trazia boas lembranças, embora ainda estivéssemos vivos. 
— Pelo contrário Brown, você deveria ter perdido a oportunidade. — A raiva transpareceu nas bordas da educação forçada.
Respirei fundo, tentando afastar o pânico para pensar direito. "Sem ataques óbvios." Derrubá-los com a perna por trás não seria ideal, eles eram muito maiores e fortes do que eu.
"Tente evitar o primeiro contato." Certo, em fugir eu era boa.
"Atinja queixo, garganta, testículos ou olhos, as áreas mais sensíveis." Ótimo, eu andava praticando meus socos. 
"Tenha algum objeto em mão para potencializar seu golpe". 
Apalpei meus bolsos disfarçadamente, eu não tinha nada além do celular. Precisava pegar a chave da moto. Justin a enganchara no cós da calça.
— O senhor está me ameaçando, Bieber, não me deu outra escolha. — Eu podia sentir a conversa chegando ao fim, os homens se aproximaram um pouco mais, quase imperceptivelmente. 
Devagar, desci a mão para a cintura de Justin e avancei para chegar ao cós da calça, ele se retesou, mas não fez nada para me impedir. Sem querer chamar a atenção porém, movi meus dedos como uma lesma. 
— Não é nada pessoal, Brown, o senhor deve entender como funcionam os negócios. 
Só mais um pouquinho....
Afastei o pensamento de que o esforço seria inútil se eles resolvessem lidar com armas. Justin não andava completamente desarmado, mas eu tinha uma vaga noção de que sua arma de estimação devia estar na moto, provavelmente ele estava com algum canivete escondido na jaqueta. 
— Espero que você também entenda. — Ponto final, aquela frase tinha uma entonação de ponto final!
Depressa desenganchei a chave — com alguma dificuldade — da sua calça e a coloquei agilmente entre meus dedos. Pensar em furar a carne de alguém com aquilo me dava náuseas. 
— Sim. — Justin levantou a mão, pedindo um tempo — Mas creio que você tem escrúpulos o suficiente para termos essa conversa depois que ela sair. — Gesticulou com a cabeça para mim, encantador e convincente como uma serpente. — Faith, por que não vai dar uma volta?
Nosso interlocutor forçou uma risada. 
— Ela fica. — murmurou com uma alegria psicopata. 
— Você vai se arrepender disso, Brown. — Justin avisou. 
Eu tive certeza de que não haveria mais papo, então virei-me de costas para ele, encarando as duas ameaças que ficavam por minha conta, ao que parece. Pelo menos eles não apontavam armas para mim, mas avançavam rapidamente na minha direção.
— Faith, eu vou derrubá-los, você corra até a moto e vá embora. — Justin sibilou. 
Planejei retrucar, mas em seguida ele já estava agindo, com uma velocidade inumana e um número de golpes limitado, conseguiu repelir quatro pessoas: três dos nossos agressores e eu. Fui empurrada na direção inversa da que estava e percebi que Brown ainda estava em seu lugar de privilégio, assistindo ao combate. Por uma fração de segundos tive noção de que ele não me deixaria escapar, mas eu tentaria chegar a moto para pegar a arma de Justin. Então corri para a diagonal, apenas para ouvi-lo dizer:
— Não, querida, se eu fosse você não tentaria esse movimento. — A forma astuta que moldou sua voz me fez congelar, eu sentia na minha espinha antes de ver o cano mortal apontado em minha direção. Meu coração bombeou duas fornadas de sangue gelado e eu ouvi Justin praguejar acima do som de carne se chocando. 
Não sabia explicar como, mas um objeto borrado voou como boomerang no ar e atingiu sua mão, fazendo com que derrubasse a arma no chão. Essa era a minha deixa e num surto de adrenalina decidi mergulhar em direção à arma, aproveitando-me da perplexidade de Brown. A vantagem não foi tanta, e chegamos quase ao mesmo tempo a ela, levantei o cotovelo e mirei em seu nariz e ele se desviou por pouco. Num gesto desesperado para que não pusesse as mãos no utensílio maldito, joguei todo o meu corpo contra o dele, e por não esperar tamanha idiotice, caímos os dois feito manga maduram numa confusão de braços e pernas. 
"Tente evitar o primeiro contato". 
O braço dele envolveu meu pescoço enquanto a perna tentava imobilizar a minha, senti a garganta fechar e meus olhos imediatamente lacrimejaram. Sem perder tempo, fechei a mão em punho e dei um soco com toda força em seus testículos, ele tinha sorte que eu havia perdido a chave da moto com todo aquele caos, mas seu gemido de dor angustiante indicava que no momento não se daria conta de privilégio algum. Aproveitei a ocasião para rolar longe do seu corpo, em direção à arma, arquejando tateava pela grama úmida a sua procura às cegas — precisava estar tão escuro assim? —. Meus esforços foram interrompidos quando algo pesado se chocou contra a minha cabeça com brutalidade, eu vi estrelas mesmo tendo certeza de que os olhos estavam fechados e caí de costas. 
Ponderei sinceramente em ficar ali mesmo quando o local atingido começou a berrar, alastrando o latejar por todo o meu cérebro. Molenga, levante-se! Afastei com certo esforço a vertigem e me içei ainda cega em direção aos resmungos constantes de alguém. Quando recobrei os sentidos, notei Justin próximo de mim agachado, o tronco movendo-se repetidamente para baixo, e aquele som....
Engoli a náusea e estremeci com o "clec" final provocado por seus braços puxando os ombros e o queixo de Brown em direções opostas. Ao seu lado, o objeto que usara para repelir a arma da direção: o sapato de alguém. Olhei em volta para procurar pelos outros três, encontrando-os retorcidos no mesmo local que os vira da última vez, agora não tão valentes assim. 
 — Amadores. — Justin murmurou com repúdio, o ódio palpável em sua voz como se ainda pudessem ouvir. 
Levantou-se com elegância, pairando acima de Brown com superioridade por um instante antes de voltar a atenção para mim. Talvez fosse toda a ação ainda fresca, pensei, deparando-me com seu rosto impassível e um olhar duro. Aproximou-me devagar de mim como se eu fosse um bicho imprevisível. 
— Você está bem, Faith? — Indagou com a voz distante, ainda que verificasse por si mesmo, fazendo um inventário do meu corpo. 
Ele me estendeu a mão hesitante quando fiz menção de levantar e a aceitei de bom grado, notando seus nós inchados e vermelhos. A adrenalina começava a baixar e sentia algumas dores pelo corpo: cotovelos, garganta, quadril e o principal: cabeça.
Assenti, sem ter certeza de que conseguiria falar. 
— Vamos embora. — Soltou minha mão assim que me firmei, pegando a chave da moto esquecida bem ao lado de onde meus pés estavam agora. 
Justin deu as costas aos corpos e marchou decidido para longe do que fora ao mesmo tempo nosso refúgio e desgraça em questão de minutos.

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