Leitoras com Swag

Hey garotas, beliebers ou não beliebers. Só estava faltando você aqui! Nesse blog, eu, Isabelle, faço IMAGINE BELIEBERS/ FANFICS. Desde o começo venho avisar que não terá partes hots nas Fics, em nenhuma. Repito, eu faço 'Imagine Belieber' não Imagine belieber Hot. A opinião da autora - Eu, Isabelle - não será mudada. Ficarei grata se vocês conversarem comigo e todas são bem vindas aqui no blog. Deixem o twitter pra eu poder seguir vocês e mais. Aqui a retardatice e a loucura é comum, então não liguem. Entrem e façam a festa.
" O amor não vem de beijos quentes. Nem de amassos apertados. Ele vem das pequenas e carinhosas atitudes."- Deixa Acontecer Naturalmente Facebook.
Lembrem-se disso. Boa leitura :)

Com amor, Isabelle.

domingo, 22 de julho de 2018

One Time - Prólogo

18 meses.

DEZOITO MESES.

D-E-Z-O-I-T-O A-B-E-N-Ç-A-D-OS M-E-S-E-S.

Não parecia justo para mim. Ele simplesmente jogaria todo esse tempo no lixo como se não fosse nada? Já nos preparávamos para a segunda festa de ação de graças, de natal e ano novo juntos. Eu dei meu sangue para que o clima fosse inteiramente familiar, missão esta complicada porque Bryan meio que o odiava. Mas Eleanor quase já não criticava Patricia. Jazmyn e Jaxon estavam mais apegados a mim do que nunca. Todos nós éramos uma família. Claro que não perfeita, a propósito, existe alguma família perfeita? Sei que ainda tínhamos muito a resolver, e só podíamos fazer aquilo juntos.

Chutei a neve acumulada aos meus pés no jardim da faculdade. Minhas meias já estavam úmidas e os pés congelados de ficar dando voltas infinitas no espaço descoberto. No momento, não me importava. Justin não podia terminar comigo agora. Mas o que mais justificaria seu comportamento estranho nas últimas semanas? Ele mal falava comigo, mal tinha tempo de me ver, e quando estávamos juntos, parecia distante. Está certo que minhas aulas serem de período integral não ajudava muito, e diversas vezes ele tinha que trabalhar à noite e viajar, mas nada justificava sua ausência quando estava presente. Provavelmente havia se cansado. É isso. Se cansou. Estava bom demais para ser verdade mesmo. Desde o começo eu soube que ele não era uma pessoa cômoda com as tradições sociais. Almoços aos domingos com a família reunida, preparar festas de aniversários para crianças, frequentar a igreja (o mais inacreditável) e estar preso a uma namorada não era do seu feitio. Enganosamente pensei que ele estava se adequando ao estilo familiar, e até mesmo gostando.

E então ele me disse: “precisamos conversar”. Por mensagem. Ao menos não terminou tudo pelo celular, isso lhe dava pontos no caráter. Não que isso fosse mudar alguma coisa quando as palavras enfim quebrassem meu coração em mil pedacinhos. Era uma péssima semana para tomar essa decisão, aliás. Dali a dois dias completaria dois anos de sua suposta morte. Ele não podia me abandonar de novo na mesma época, seria covardia. Para ajudar um pouco mais, minha agenda estava cheia de pontos vermelhos com os escritos “PROVAS FINAIS”.

O que eu faria? Me mudaria para um apartamento sozinha? Trancaria a faculdade e voltaria para os meus pais com o rabo entre as pernas? Eu não suportaria continuar nessas redondezas sem ele.

“Cheguei”, li em meu celular.

Farpas afiadas rasgaram minhas tripas. Choraminguei olhando para o céu cinza. O clima combinava com a ocasião. Apesar das minhas roupas, o frio parecia atravessar o tecido e gelar minha alma.

Tudo bem. É melhor enfrentar isso de uma vez, Faith. Esfreguei as mãos cobertas de luvas. Você deve se valorizar, mulher. Bati as mãos em minhas bochechas. Soltei o ar e caminhei para a saída. O carro estava parado bem em frente ao portão, à minha espera. Levantei a cabeça e entrei.

— Ei — saudou-me com um fantasma de sorriso.

Ah, a quem eu tentava enganar?! Eu não estava pronta para isso! Deus, eu o amo demais. O modo como deixava seu cabelo curto agora, levemente arrepiado na frente de modo natural, o rosto sempre depilado, os olhos notoriamente brilhantes na luz, sua elegância incontestável nos trajes de inverno. Cogitei implorar que não terminasse comigo, mas seria humilhante demais.

— Oi — respondi um pouco estrangulada.

Isso fez com que realmente me olhasse, provavelmente não queria que eu sujasse seu carro com vômito ou morte.

— Está tudo bem?

Preferi não usar a voz dessa vez, assenti. E ele deixou pra lá. Esse era outro péssimo sinal, Justin sabia quando eu mentia, o que quer dizer que não se importou. Ligou o rádio em sua estação de rock preferida, e quase ri de nervoso. Eu sempre soube que o mundo conspirava contra mim, mas já era demais tocar I Don’t Wanna Miss a Thing – Aerosmith num momento desses. “Eu não quero sentir falta de um sorriso, não quero sentir falta de um beijo, eu apenas quero estar com você”.

O carro foi estacionado em frente à sua casa. Uma vez que seria um jantar de término, imaginei que ele fosse me levar para comer fora, algo como um burrito da esquina, não que se daria ao trabalho de cozinhar. Ignorei a chama de esperança, ele podia ter feito apenas pão com ovo, ou não me ofereceria mais do que um copo d’água.

— Você pode... vir comigo aqui em cima um pouco?

Eu já estava ali, não estava? O acompanhei, imaginando a forma inusitada que preparara de anunciar o término. Talvez tivesse comprado uma passagem só de ida para os Estados Unidos, por que não?

Paramos em frente a um quarto de hóspedes no segundo andar.

— Eu preciso da... sua opinião para uma coisa. Promete pensar com calma? Essa pode ser a última promessa que me faz.

Retesei-me. Passaram-se minutos até que eu me obrigasse a assentir. Para isso, precisei reunir todas as minhas forças, deixando minhas pernas bambas. O segui cambaleante para dentro, o cômodo estava praticamente vazio, apenas um lençol cobria algum objeto grande no fundo. Justin seguiu exatamente até ele, e pareceu pensar muitas vezes antes de puxá-lo. Eu estava nervosa o bastante para conseguir criar hipóteses que justificassem aquilo.

Quis cobrir o rosto quando ele saiu da frente para que eu me aproximasse. Em contrapartida, dei dois passos em direção ao meu fim e automaticamente reconheci um cavalete. Esqueci-me um pouco do meu dilema quando visualizei a pintura que este sustentava, nada melhor para distrair um amante de arte do que a própria arte. Era isso que ele queria? Me amaciar antes do matadouro?

— Hm, de quem é essa pintura? — meu primeiro instinto foi procurar uma assinatura, localizada no canto inferior esquerdo — Você... você quem fez? — surpreendi-me.

— Sim.

Acompanhei os detalhes muito bem feitos da técnica de pintura a óleo sobre tela para identificar o desenho. A cama colossal de lençol azul abrigava um corpo adormecido. Com os cabelos ondulados jogados para trás, era possível visualizar os traços do rosto relaxado.

— Sou... eu? — balbuciei.

— Sim.

Fitei-o impressionada. Perfeccionista como só ele sabia ser, sua pintura parecia um retrato estupendo.

— Justin... desde quando você pinta? Quanto tempo gastou pra fazer isso?

Esse seria o término mais bonito da história. Ele de fato se esforçara para me deixar o mais confortável possível. Se perdera seu tempo precioso aprimorando suas habilidades com um pincel, ainda devia me considerar com carinho. Hanna me contara que várias de suas amigas mantinham uma amizade com os ex namorados, mesmo que ela não entendesse como isso era possível. Talvez eu pudesse me conformar em ser sua amiga.

Toquei na tela receosa de que ainda estivesse molhada. A ponta do meu dedo indicador permanecia seca, então delineei as formas transpostas com tanto cuidado ali, visualizando um Justin sentado em um banco com a postura impecável — como sempre —, concentrado em aplicar um pouco mais de força ali e delicadeza aqui.

Eu nunca poderia ser apenas amiga desse homem.

— Não chega nem perto do quanto pretendo dedicar a você.

— Hein? — voltei-me a ele, sobressaltada.

Justin passou a língua sobre os lábios, e agora eu via o quanto ele estava nervoso, a respiração tão pesada quanto a minha. Confirmei o veredicto assim que tomou minhas mãos — já livre de luvas — nas suas, geladas o bastante para que eu me preocupasse em aquecê-las.

— Quero que todo o meu tempo seja seu, Faith. Quero estar atado a você de todas as formas possíveis. Quero que nós sejamos um só, de forma que seus traços sejam visíveis em mim. Quero respirar o seu ar. Quero que seu rosto seja o primeiro e o último que vejo no dia. Quero firmar sob o Céu e a terra que você me tem por inteiro, que eu te pertenço. Eu quero... — a essa altura, eu parecia sentir o bombear frenético do seu coração na ponta dos dedos — te dar meu sobrenome. — Com os olhos cravados em mim, Justin se abaixou, entendi então que ele se ajoelhava e perplexa o vi estender uma caixinha de veludo aberta para mim — Por isso, eu te pergunto, Faith. Você aceita se casar comigo?

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